Acordo com dois corpos minúsculos sobre o meu e abro os olhos um tanto assustado. Nunca dormi com ninguém antes, mas olhando para os lados, vejo que não se trata de qualquer pessoa. Ou melhor dizendo, pessoas.
Ontem depois de horas pensando, tomei um banho, coloquei o pijama e voltei para a cama onde me deitei entre os dois. Foi estranho pois sempre dormi sozinho e pelado. Tive que colocar uma roupa e ainda ter que tomar cuidado para não os machucar.
O sol que entra pela fresta da cortina diz que o dia já amanheceu, então, com cuidado tento me levantar sem acordá-los, mas eles acabam acordando mesmo assim.
— Bom dia. — Digo sentando-me na beirada da cama olhando os dois.
— Bom dia papai. — Eles falam e colocam a mão na boca ao mesmo tempo.
PORRA! Papai. Caralho eu sou pai. Será que um dia vou me acostumar com isso!?
— Tudo bem crianças. É isso que eu sou não é mesmo? — Eles balançam a cabeça, mas permanecem calados. — Ótimo. Agora que tal levantar e ir ao banheiro. Alguém aqui quer... fazer número 1?
— Fazer xixi, papai.
— Ah, foi mal. Alguém aqui quer fazer xixi?
Os dois fazem que sim é se sentam.
— Quem vai primeiro, Thomas ou o Theodore? — Fico de olho no que está de costas para mim calçando o chinelo.
— Eu vou primeiro, o Thedy vai depois.
Sorriu para mim mesmo pois agora já sei quem é quem. Theodore é quem tem o sinal atrás do pescoço, os cabelos quase cobrem, mais ainda consigo ver.
— Vamos organizar tudo aqui e depois descemos para fazer o nosso café. — Digo me alongando e depois começo a arrumar a cama com a ajuda do Theodore, que puxa de um lado, depois do outro e quando o irmão termina de usar o banheiro ele vai.
Termino de arrumar os travesseiros e deixo tudo no lugar. Quando Theodore sai é minha vez.
Vestidos ainda de pijama descemos nós três para o andar de baixo e vejo que pelo menos o pessoal juntou a bagunça antes de irem embora. Caio com certeza colocou todo mundo na linha.
Sento os dois meninos nas cadeiras que tem perto da bancada enquanto procuro o que fazer de café da manhã.
— Preciso da ajuda de vocês. — Digo para eles enquanto olho para dentro da geladeira. — O que vocês gostam de comer pela manhã?
— Panquecas, ovos, bacon, cereal com leite, torrada fruta mais ou menos...
Ok barriguinhas sem fundo.
Eles vão falando e vou pegando o que encontro na geladeira. Tiro uma caixa de suco de laranja e sirvo em dois copos para os dois enquanto preparo uma caneca de café para mim terminar de acordar.
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De Repente Pai (Degustação)
RomanceSinopse De Repente Pai é uma história de aprendizado, amor, superação e entrega. Veremos o quanto a vida de um homem pode mudar, quando ele se torna pai. Como o amor pode transformar e as bênçãos que essa transformação nos traz, quando deixamos para...