Drunk

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Oi amados! Como estão ?
Bem vindos a mais um capítulo!
Sei que disse que ia sair segunda feira, mas estou em um mini surto criativo e não me aguentei.
Mas agora eu juro, vou esperar mais um tico pra escrever!
Uma ótima leitura e beijo no coração! 💚



Dick Grayson pov.

Controlar um incêndio pós explosão era algo fácil e corriqueiro em minha vida.
O que era anormal era olhar as câmeras de vigilância e ver Frank e Jason colados um ao outro. Isso sim era de matar. Descolo os olhos por uma manhã e Jason surge mostrando as garras e me desafinado. Aquele cara me dá nos nervos.
- O que vai fazer ? — pergunta Conner enquanto pousávamos o jato silenciosamente em um subterrâneo atrás de sua garagem.
- Levá-la de volta para casa, eu acho. — resmungo. – Eu me pergunto por que se eu tiro os olhos dela por cinco minutos, ele aparece ?.
- Já pensou que talvez ele goste dela ? — pergunta M'gann e eu a encaro sério. – Existe uma grande possibilidade.
- Jason só gosta dele mesmo. — retruco.
- Isso está me cheirando a ciúmes. — diz Conner rindo e eu resmungo um palavrão. – Deveria chamá-la pra sair.
- Somos só amigos. — bufo descendo da nave.
- Nós também éramos só amigos. — diz M'gann dando de ombros.
- Mas eu não tinha um rival como Jason. — provoca Conner.
- Ele não é um rival. — respondo.
- Diz isso para sua preciosa ruiva sendo abraçada por ele. — retruca.
- Idiota. — resmungo baixinho e ele ri.
- Não seja tão duro com ele, Conner. — sorri M'gann.
- Pelo menos um de vocês pode ser considerado meu amigo. — provoco Conner que apenas ri em resposta.
Ao entrarmos na casa de meus amigos, encontramos Frank com os longos cabelos presos e com um avental com o símbolo do Superman.
- Me desculpem a invasão mas vocês demoraram no mercado e eu resolvi fazer uma torta. — sorri timidamente. – Imaginei que poderiam estar com fome!
- Imaginou muito certo, querida. — diz M'gann colocando as sacolas de mercado que após o controle de danos da explosão, pegamos para justificar nossa ausência a Frank. – Obrigada!
- Magina, é o mínimo. — sorri ela. – Vocês viram a explosão no laboratório ?
- Vimos sim, ainda bem que não houveram feridos. — diz M'gann.
- A parte mais estranha, é que fiz um tour na mesma área da explosão, fiquei com medo. — comenta Frank e eu me sento na mesa encarando-a.
Sim, nós sabemos que estava lá, até vimos você e seu namoradinho, penso irritado e sinto meu maxilar doer com pressão colocada nele.
- Que bom que nada aconteceu enquanto você estava lá. — diz Conner. – Estava sozinha ?
- Um amigo me levou, Jason. — diz mordendo os lábios. Ela estava nervosa em falar sobre isso. – Ele estava na cidade também.
Nós já havíamos descoberto os responsável pela explosão, era óbvio. A câmera de vigilância do prédio apenas confirmava a suspeita.
Aquele tipo de trabalho era muito comum, cada amostra roubada valia alguns milhões de dólares a laboratórios clandestinos que tinham interesses em clonagem de DNA extraterrestre.
O resultado das clonagem e suas consequências em maioria, pertenciam aos negócios da Liga da justiça, ainda que, seria um prazer apenas esmurrar todos os ossos de Jason Todd, mas ainda não era o momento, quando chegasse, nós dois sabíamos que seria muito pior do que imaginávamos.
- Hummm...um amigo...— me distraio de meus pensamentos com o tom malicioso de M'gann.
Frank apenas sorri e desconversa, explicando sobre sua torta. Conner e eu ficamos responsáveis por deixar a mesa pronta para receber a torta de Frank e após a garota depositar a belíssima comida, ela sorri e coloca uma mão sobre meu ombro.
- Está tudo bem ? — pergunta gentil. Não, não está.
- Está. — respondo frio e vejo a garota franzir o cenho confusa. Não estava interessado em desculpas, eu precisava foder.
Nos sentamos e M'gann dividiu a torta entre nós. Observei em silêncio a conversa despretenciosa de Conner, M'gann e Frank em silêncio.
- E vocês precisavam ver o laboratório de mecânica, é lindo! — dizia a ruiva. – Eu juro, até as ruas ao redor são lindas.
- Sempre que passamos por lá, Conner insiste em pararmos na sorveteria do outro lado da rua. — diz M'gann bem humorada.
- Sou um homem doce. — brinca Conner e ouço as duas garotas rirem de sua piada idiota.
- Como foi seu dia, Dick ? — pergunta Frank doce.
Será que ela apenas não podia entender que eu não estava com vontade de ouvir sua voz !?
- Bom. — disse mais uma vez de forma fria.
Me arrependi no mesmo momento ao ver a garota abaixar a cabeça. Eu não era um completo idiota, mas estava cansado de me sentir como um idiota frouxo para Frank.
Me arrependi de diversas coisas no caminho, de ter me aproximado, de não ter encarado como apenas uma missão, de ter passado todos aqueles dias no hospital. Afinal, por que eu fiz aquilo ?
Eu mal a conhecia, Frank não passava de uma ilusão infantil e de peso em minha consciência.
Parte de mim, só pensava que eu só fiz tudo aquilo porque ela parecia com ela...
Sim, talvez essa fosse a grande verdade.
Mas existia uma outra parte, que estava completamente despedaçada apenas por usar o tom de voz errado com Frank, que era sempre doce e gentil. Esta parte, seria meu martírio mais tarde, algo pelo qual eu sofreria, mas agora, eu só precisava de alívio e afastamento dos pensamentos sobre Frank e sobre ela...
Só de pensar na mulher que fazia todos os meus sentidos falharem e meu coração errar as batidas descompensadas, senti o sufoco, a falta de ar e a necessidade de fugir.
Me levantei abruptamente e corri para fora da casa de Conner e M'gann, eu precisava de ar e talvez de um whisky forte. Ouvi Frank chamar por meu nome e apenas peguei minhas chaves me jogando no banco de meu carro, ligando-o e acelerando rapidamente para fora dali.
A vantagem do sonho americano estadunidense é que simplesmente em qualquer esquina, você pode encontrar um bar. Eu nem ao menos tive muito trabalho dirigindo para encontrar um.
Desci do carro entrando no estabelecimento que estava mais para um casarão velho e cheio de homem de meia idade, aquilo serviria.
Me sentei no balcão e encarei a garrafa de Bourbon a minha frente.
- O que vai querer ? — perguntou uma voz feminina arrastada.
Fui subindo lentamente meu olhar até o rosto da garota.
Loira, alta, com uma blusa apertada e parcialmente com os peitos grudados em meu rosto.
- Depende. — sorri malicioso. – O que tem a me oferecer ?
Vi o sorriso malicioso também brotar nos lábios pintados de vermelho da garota.
- O que você quiser, baby. — disse se apoiando no balcão e colocando as mãos em meu peito. Ela mordia os lábios e estava um pouco fácil demais, eu poderia brincar mais um pouco. – Uma garrafa de bourbon, por favor. — sorri acariciando uma de suas mãos ainda posicionada em meu peito.
Vi a garota se empinar para buscar a garrafa de vidro na prateleira atrás o balcão e propositalmente pude ver a calcinha rosa.
Ela sorriu e me entregou a garrafa, voltando a se debruçar sobre o balcão e me dando a visão completa de seu colo.
Tê-la ali tão fácil, aliviava minha mente. Ela era completamente diferente de tudo o que perturbava a minha mente, seria um jogo interessante onde eu só ganharia.
E era tudo o que eu precisava.

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