Se você perguntasse a Draco como exatamente aquilo havia acontecido ele não saberia dizer, mas mais precisamente havia sido no fim do quinto ano, quando ele encontrará, seu inimigo jurado, Harry Potter, totalmente sozinho sentado no chão do corredor.
Foi quando ele percebeu que havia algo de diferente, ele se aproximou e viu que o garoto chorava, o garoto chorava como se tivesse acabado de receber a pior noticia de todas, as mãos dele tremiam tanto que Draco quase achou que o garoto teria um treco bem ali na sua frente, e havia ainda o fato deque o garoto hiperventilada como se todo o ar do mundo tivesse ido embora. Parte de Draco queria ter ido embora, pode parecer algo horrível de se pensar e talvez fosse, mas aquele era Harry Potter, Draco o odiava, e aquele garoto odiava a Draco na mesma medida, ele não tinha nem um obrigação de ajuda-lo, mas mesmo assim Draco se aproximou, porque se ele estava certo, oque provavelmente estava mesmo, então ele sabia o quanto era angustiante passar por um ataque de ansiedade e não ter ninguém lá por você.
Então foi pensando nisso que Draco respirou fundo - maldito senso e empatia que hora ou outra resolvia dar as caras - ele então começou a se aproximar com calma.
-Potter? - Draco chamou se ajoelhando perto do garoto contra a parede.
Draco observou Harry o encarar de forma apática, tentando em vão segurar o choro de puro pânico.
-Ei! - Draco o chamou de novo - olhe para mim.
Era como se Potter estivesse em outra realidade, ele simplesmente abaixa ainda mais a cabeça como se quisesse virar uma bola até desaparecer. Draco sabia como era a sensação.
-Potter! - Draco o chama novamente, dessa vez tomando a liberdade de segurar nas bochechas do mesmo para que este o encarasse - vamos, escute minha voz, respire.
Harry encara Draco tentando se concentrar no que a voz dele dizia, nem ao menos tendo consciência de que quem segurava seu rosto era o garoto loiro detestável.
-Respire 1, 2, 3 - Draco dizia ao passo de que Harry tentava obedecer - espire 1, 2, 3.
Harry com o seu tempo foi fazendo oque lhe era ordenado.
Respire 1, 2, 3.
Espire 1, 2, 3.
Respire 1, 2, 3.
Espire 1, 2, 3.
-Me diga oque você vê - a voz de Malfoy ecoa, mandona e meio severa, mas com um toque de gentileza, que mais tarde deixaria Harry consternado.
Potter uma umedece os lábios antes de falar em um tom rouco.
-Ham... eu vejo... ham vejo minhas mãos, o quadro do cavalheiro branco...
Ele faz uma pausa olhando ao redor como se despertasse de um sonho estranho, seus olhos pairavam pelo lugar como se ele se perguntasse como foi parar naquele corredor.
-Hum... vejo um vaso de flores.... vejo as escadas... eu vejo você.
-Ok... - Draco disse dessa vez se sentando ao lado de Harry, o garoto abre a mochila e tira de lá uma garrafinha da água - tome um pouco.
Sem pensar muito Harry pega a garrafa, e Draco o observa levar o líquido aos lábios com as mãos trêmulas.
-Obrigado - Harry fala depois de um tempo.
-De nada - Draco responde, então se levanta e vai embora.
Aquele evento não saia da cabeça de Harry, e durante, uma semana ele pensou porque, porque Draco o ajudara? Aquela era uma equação que não fazia o menor sentido.
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Todo ar do mundo (Drarry)
FanfictionA onde Draco não pode evitar sentir uma certa simpatia pelo garoto que sobreviveu. Ou Draco encontra Harry sozinho tendo uma crise de ansiedade e decide ajudar.