Jungkook lentamente abriu os olhos. Estava sentado em uma cadeira desconfortável de madeira clara, seu tronco despendido para frente e sua cabeça caída em direção ao chão. Recuperando a consciência, endireitou-se, permanecendo sentado, e observou ao seu redor. Não havia nada. Tudo estava um breu. Não estava escuro como quando ainda se vê uma insinuação de luz, era mais como se não houvesse matéria ao seu redor, apenas o Nada. Ali, enxergava apenas a si mesmo e a cadeira, ambos emitindo uma luz fraca, que não iluminava, apenas brilhava fracamente.
Tentou levantar-se, mas estava preso à cadeira, mas no entanto, não havia nenhuma amarra além do próprio peso de seu corpo. Tentou novamente, mas falhou.
De repente, muito ao longe, viu uma figura se aproximando, ao mesmo tempo que ouvia seu nome ser chamado, como se tentasse o acordar. Era uma mulher, e, assim como Jungkook, parecia irradiar uma luz própria, mas muito mais brilhante.
Paulatinamente, ficava mais próxima dele.
Estando perto o suficiente, o arroxeado notou se tratar da Senhora Destino. Agora ele compreendia o estranho local em que estava e o súbito desmaio. Havia sido invocado por ela.
Fez uma mesura, mas ela apenas ergueu a mão, dispensando o ato, ficando parada a sua frente, com um semblante sereno.
- Jeon Jungkook, finalmente pudemos nos encontrar - respondeu com um ar de sabedoria, implicando que aquele encontro era inevitável. - Sabia que viria. Só não sabia qual seria sua sanção. Punição ou congratulação?
A mulher imponente à sua frente passou a andar de uma direção a outra, com as mãos cruzadas em frente ao corpo, pensativa.
- O que quer dizer? - O tom premonístico e lacônico da Senhora Destino sempre o deixava confuso.
- Toda sua história até aqui, eu a conheço. Plenamente.
Jungkook inquietou-se na cadeira. Ela já sabia sobre a poção e a relação que tivera com Jimin. Agora iria puni-lo? Por isso estava preso à cadeira?
- Serei preso então? - perguntou, mas sua voz estava calma, ele já estava completamente conformado. Não resistiria à sua punição, seja ela qual fosse. Apenas exigiria que Jimin e Yoongi fossem isentos, afinal a culpa era totalmente sua.
- Acredito que não. - Sorriu fechando os olhos.
Ele apenas a encarou, sem entender. Reparando que ela não lhe daria uma resposta clara àquela questão, fez outra pergunta:
- Onde estão Jimin e Yoongi?
- Eles estão bem, não se preocupe com isso - respondeu somente, mas sorrindo, movendo a cabeça como se olhasse um horizonte atrás de si. Por via das dúvidas, Jungkook olhou para trás. Mas não viu nada além da escuridão. Voltando a olhá-la, suplicou:
- Eu imploro, por favor, poupe eles de qualquer punição. Eu sou o motivo de tudo dar errado. Jimin apenas desenvolveu sentimentos por mim porque eu o atingi com o Amore. E o Yoongi apenas fez o que fez por ser um grande amigo e uma ótima pessoa. E no fim, decidimos que não usaríamos a poção Anaphróditos. As únicas infrações cometidas foram me apaixonar e me relacionar com o Jimin, e obrigar o Yoongi a criar a poção banida.
- Você sabe o motivo pelo qual essa poção fora banida?
Ela apenas o ignorou e mudou de assunto. Jungkook acenou negativamente com a cabeça.
- Os Cupidos não conseguem viver sem amor. Todos que a utilizaram, sem exceção, cometeram suicídio. Seu pai foi um deles.
Jungkook ficou atônito. Nunca tinha ouvido falar dessa história.
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Jikook/Kookmin: A Culpa é do Cupido
Fiksi PenggemarEm um Mundo em que o amor e o destino são gerenciados por entidades sobrenaturais, o humano Park Jimin se vê perdidamente apaixonado por seu próprio Cupido, Jeon Jungkook, filho da fria e super exigente líder do Conselho Amoroso. Agora, para evitar...