Frágil.

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Chuuya estava cansado. Suas bochechas estavam vermelhas de cansaço e seus olhos já pesavam, queria ir para casa. Quando ouviu estar liberado, um alívio percorreu pelo seu corpo, "Finalmente". Pisou firme até chegar na rua, pegando seu carro e indo em direção a sua casa.

Talvez ele estivesse muito esgotado para perceber, mas a casa que ele foi em direção durante todo o caminho da estrada, era a de Dazai. Suspirou ao ver o que fez, "Devo estar louco mesmo". Desistiu de tentar contrariar o próprio corpo e adentrou a casa, com a chave que sabia que tinha embaixo do tapete.

— Chuu? - Dazai olhou surpreso para a porta.

— Acabei dirigindo até aqui sem querer - disse baixo.

— Chibi precisa de um abraço?

— Não.

O moreno sabia que não era verdade, não quando os olhos do ruivo estavam marejados. Se aproximou devagar e embrulhou o corpo trêmulo com os braços, fornecendo carinho nas costas tapadas pelo sobretudo. O mais alto foi guiando o mais baixo até o quarto, os colocando sentados sobre a cama macia.

— Estamos seguros agora.

O moreno disse convicto e Nakahara entendeu o que ele queria dizer. Se permitiu chorar, precisava disso a dias. Os soluços eram abafados pelo corpo de Osamu, que ainda o acariciava com ternura. As lágrimas escorreram por longos minutos, até que se tornaram só suspiros.

Desde quando quebrava sua barreira emocional tão facilmente? O que o deixara assim? Será que foi a constante postura de cara mau que se obrigava a fazer? Ou estar cansado de ter que matar pessoas todos os dias?

— O que acha de um banho, Chibi-chan?

— Hm.

Os braços com bandagens engancharam-se nas pernas fracas e começou a caminhar, indo até à banheira. Ainda com o pequeno no colo, ligou a torneira com água morna e deixou que ela enchesse. Os sais de banho foram postos com cuidado e logo após posicionou Chuuya em cima da privada.

— Consegue se despir, Chibi? - perguntou com certo receio.

— Sim...

— Certo, então te esperarei lá fora para quando estiver pronto - pensou um pouco para continuar a fala - As toalhas estão na última gaveta, vou deixar uma roupa limpa em cima da cama lá no quarto. Até daqui um pouco, Chuu!

Os músculos do ruivo finalmente relaxaram quando a porta foi fechada, podia deixar de ser o mafioso e apenas ser Chuuya Nakahara. Sua roupa foi tirada com calma e posta dobrada sobre a pia, para então entrar na banheira convidativa. Os pés pisaram no móvel quente e logo seu corpo foi derretendo em direção a água, "Isso é bom".

Fechou os olhos com calma e apenas apreciou o calor, não quis pensar em nada por una minutos. Sua mente vagava por um espaço totalmente em branco, trazendo conforto de dentro para fora. Conseguia respirar novamente, respirar ar puro sem cheiro de sangue e morte. "Que alívio".

Ensaboou-se preguiçosamente e lavou os cabelos, estava limpo. Sentia-se consideravelmente melhor, deveria agradecer a Dazai por isso. Saiu da banheira e pegou a toalha na última gaveta, como havia sido avisado. Seco, colocou a roupa de Dazai, sentindo-se pequeno demais sob aquelas vestes. Foi andando até onde Osamu estava.

— Chuu? Está melhor?

— Hm - acenou com a cabeça e se sentou na cadeira da cozinha.

— Está com sono?

— Não, não estou com sono.

Sua voz saía firme, não choraria mais. Por que Dazai o desestabilizava tanto assim? Era só chegar perto dele e seu verdadeiro "eu" aparecia, mostrando as caras sem vergonha nenhuma. Chorava, soluçava e esperneava sem nem pensar duas vezes, se encolhendo nos braços do moreno. Era um inconsequente quando estava com ele.

O de bandagens se aproximou vagaroso e se ajoelhou ao lado do ruivo, pegando suas mãos. Se aproximou e beijou-as. Os olhos se conectaram e o mais alto assentiu com a cabeça, apertando os dedos pequenos em sua palma. Chuuya retribuiu, beijou a mão coberta de curativos, a textura áspera tocando seus lábios.

Sorriram. Não eram mais assassinos, não eram mais inimigos, não eram mais homens com vidas corridas e cheias de afazeres. Não era o Chuuya cansado, raivoso e sem paciência. Não era o Dazai suicida, machucado e sem ânimo. Eram apenas dois bobos apaixonados. Dois amantes felizes.

— Certeza que não tem sono?

— Não, mas quero ir para cama com você.

O ruivo foi guido pela mão e deitou-se na cama macia, puxando o moreno para si. Osamu ficou em cima do corpo pequeno e distribuiu beijos delicados no rosto, o que fez Nakahara se sentir importante.

— Obrigado... - Chuuya disse.

— Pelo que, Chibi?

— Por cuidar do meu lado frágil.

O moreno sorriu com tristeza e conectou os lábios num selinho casto, se colocando ao seu lado na cama. Os dedos se entrelaçaram enquanto olhavam para o teto, suspiraram com o contato.

— Eu não cuido do seu lado frágil, Chuu... Eu cuido do seu lado verdadeiro, o lado que eu amo.


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O que acharam meus anjinhos? 

Demorei um pouco para escrever essa, acabei ficando meio sem criatividade... 

Mas enfim, me digam o que vocês acharam e deem a estrelinha se quiserem :)

Amo muito vcssss! 

Apenas ser verdadeiroOnde histórias criam vida. Descubra agora