Capítulo 1

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— Por quê? — Taiju falou enquanto caminhavam pela calçada com neve.

— Por quê, o quê? — perguntou.

— Por que me chamou pra ir ao seu apartamento? e como soube onde eu estava?

— Ah, isso. — O garoto menor olhou para o céu escuro pensando. — Por nenhum motivo especial, só achei que você iria querer ficar em um lugar diferente hoje, afinal acho que você não vai voltar mais para onde morava. E como eu soube que você estava naquela igreja, é simples.

O jovem de cabelos bagunçados puxou seu celular do bolso e mostrou a tela que continha um contato de uma menina ao mais velho dos Shiba, respondendo sua pergunta.

— Yuzuha.

— Sim. — Confirma colocando o celular de volta onde estava anteriormente. — Ela disse que era melhor eu ficar de olho em você, para não fazer nada de estupido, coisa que eu acho que você faz todos os dias.

— Você não parar por um minuto, não é?

— Oh, vai ter que me aguentar. — O rapaz disse com deboche. — Ninguém mandou você ir fazer merda, não. E essas são as consequências das suas ações.

Os dois permaneceram em silêncio, apenas caminhando até o lugar que pretendiam chegar.

— Ah, eu queria te perguntar. — O garoto falou, quebrando a quietude. — Quem foi a pessoa maravilhosa que te espancou?

— Não te interessa.

— Qualé, Tijuquinha, me ajudar menor. — O tom brincalhão na voz do garoto era óbvio. — Só tô curioso, mano.

— Pare de falar assim. — Taiju disse, seus olhos encarando o jovem ao seu lado. — Você sabe muito bem que eu não entendo a maioria dessas "gírias" do Brasil que você fala. E não me chame de Tijuquinha, esse não é meu nome.

— É um apelido carinhoso. — O jovem argumenta. — Você que é muito grosseiro, zangado. Mas vou admitir que vou parar com as gírias por você não entender, o que faz eu pensar que você é burro, mas tudo bem, isso só é um detalhe.

Taiju respirou forte, tentando não dar um soco no rosto de um certo garoto que agora estava assobiando ao seu lado. Às vezes tinha que fazer algum tipo de prova de resistência perto do seu primo para aguentar cada palavra que saísse da sua boca.

— Mas falando sério... quem foi?

O jovem mais alto olhou para seu primo, pensando consigo mesmo, mas pelo tom que o tal falou percebeu que realmente estava falando sério.

— Um cara chamado Mikey.

O garoto de olhos verdes olhou para o céu, refletido sobre o nome, antes de falar:

— O Mickey mouse? Poxa, Taiju, tu apanhou de um rato.


Quebra de tempo.


Eric é um garoto calmo, até certo ponto, que passaria despercebido se não fosse pelo seu carisma e jeito de ser. Afinal, em um país estrangeiro como ele não iria chamar atenção, sendo que em média a sua altura é de 1,89, juntamente de sua beleza ser de outra nação, uma ótima musculatura para sua idade, cabelos castanhos bagunçados e olhos verdes que marcavam presença. O que ele estava querendo era difícil de se conseguir, uma parcela de culpa vai para sua personalidade de não levar muito desaforo para casa, aprendeu a ser assim por a convivência que teve com sua tia e prima mais nova, as duas pessoas que ama e admira e que ensinaram o próprio a ser quem é hoje em dia.

O primo dos ShibaOnde histórias criam vida. Descubra agora