Capítulo 45 - Sophia

5 0 0
                                    

Após cerca de 30 minutos caminhando do Port Authorities até a Basílica de São Marcos, finalmente chegamos naquele lugar. Santos deuses, como a Basílica é grande e esplêndida! Toda aquela arquitetura dela era tão... Tão incrível. Ok, eu tô parecendo uma filha de Atena, mas realmente aquelas artes daquela Basílica era impressionante.

Cas: esse lugar é imenso...

Entramos nela e parecia que era ainda maior, havia muitas e muitas coisas ali dentro, inúmeros adornos de ouro pelas paredes e as pinturas no teto eram lindíssimas e enormes. Mas... Por que está tão vazio?

Alex: eu fico embaixo. Vocês vão pelo segundo andar, Cas pela direita e Soph pela esquerda
Soph: por mim tudo bem
Cas: tanto faz
Alex: Soph, não se distraia encarando as pinturas

Soph: sim sim... Mas... Vocês não estão achando estranho?
Cas: estar tão vazio assim?
Soph: é... Tá silencioso e vazio demais. Está em horário de funcionamento... Deveria ter mais gente aqui dentro.

Alex: também não sei... Mas é melhor aproveitar que está vazio, assim não chamamos atenção se encontrarmos a faca.
Cas: algum sinal, inclusive?
Alex: *pego a faca do Leão de dentro da bolsa* nenhum... Vamos logo com isso.

Começamos a andar ali dentro, cada uma para seu respectivo local designado. Tentei ao máximo focar em achar a tal faça, mas vira e mexe eu me distrai olhando a obra de arte que era aquele local.

Havia muitas pinturas ali, a maioria eram artes de anjos... Da raça da Kaayra. Ainda não acredito que ela mentiu para nós... E acredito menos ainda de como Jafari consegue ficar perto dela sem querer vingança. Não acho certo isso, mas no fundo do meu ser eu sinto a necessidade enorme de me vingar de seres antigos.

Respirei fundo e voltei a me focar nas coisas, até que algo chamou minha atenção. Uma lâmina parecia tentar se mostrar em uma pintura, como se o cimento houvesse prendido uma espada ali e o pintor usasse aquilo para fazer a pintura, o que deu certo já que era a pintura de um anjo guerreiro comandando outros. Fui até a grade de proteção para ninguém cair do segundo andar, que inclusive é alto pra carambola, e gritei para as meninas.

Soph: acho que achei a faca!
Alex: estamos indo aí

Alguns minutos depois, as duas chegaram até mim e mostrei a elas a lâmina presa na parede. Alex pegou a faca do Leão, a aproximou do metal preso e ela brilhou, melhor dizendo, as pedras laranjas no que seria a juba do leão brilharam forte e um brilho rosado manchou a lâmina da parede. Alex guardou a faca na mochila novamente.

Cas: bom... A parte fácil conseguimos.
Soph: agora vem a difícil... Como vamos tirar ela daí sem destruir a parede?
Cas: não tem como não destruir a parede
Alex: podemos esculpir o local e depois a Soph pinta... Ninguém vai notar a diferença. Aqui não pega luz, então ninguém deve ter notado a lâmina aqui.
Soph: tudo bem, não custa nada tentar.

Tirei minha bolsa das costas e a abri, pegando meus materiais de fazer esculturas.

Cas: você carrega isso na bolsa?
Soph: nunca se sabe quando teremos tempo para esculpir. Também deve ter algumas tintas e pincel...

Peguei também uma câmera portátil e tirei uma foto rápida do desenho envolta da lâmina, assim seria mais simples para pintar depois. Peguei um pouco de água do meu cantil, umideci o local e então coloquei as luvas e peguei o martelinho e o cinzél. Comecei o trabalho de esculpir, enquanto Cas e Alex ficavam observando o local para caso alguém entrasse eu parasse e déssemos um jeito de esconder aquilo.

As Sete Pecadoras e o Deus do MarOnde histórias criam vida. Descubra agora