Capítulo 5: Cara a tapa
Não venha me comparar com ninguém, não escondo meu talento, mas sou extremamente subestimada.
Esta é a minha realidade, muitos vão me chamar de vitimista, muitos vão falar asneiras e veneno, pouco me importo, não nasci para agrada-los. Aliás, todos são oportunidade, até o mais imbecil é uma oportunidade para mim.
Nasci assim e assim não quero ficar, não tenho incentivo, não tenho dinheiro e não quero ser compara com quem tem dinheiro e incentivo, a comparação me deixa doente à ponto de querer vomitar.
Sem exageros, é um tal de "correr atrás e consegue", certamente, mas e o resto, que tenta a vida toda e morre na mísera? Não existe essa de "força de vontade", quando você nasce em um país onde se você quer ir para área da cultura, não há investimentos adequados, se quer ir para o esporte, os investimentos são quase nulos, se quer ir para a educação...Piorou! É quase zerado.
Nosso país não evolui pelo próprio povo que o habita, sim, eu também tenho uma parcela de culpa, todo mundo têm culpa, pouca ou muita, todos somos culpados, pois esta é a nossa casa, este é o nosso lugar. Muitos dizem "A melhora do Brasil é a saida do aeroporto", olhe dentro dos meus olhos e me diga em que lugar do mundo caberá 200 milhões de pessoas( aliás mais que isso), qual nação vai aceitar 200 milhões de brasileiros? O mundo não gira em torno de você, só porque você conseguiu coisas na sua vida, não quer dizer que o mundo inteiro melhorou, assim, como isso serve para mim e para qualquer um que vá nascer. O mundo não gira em torno da nossa bolha, a solução do Brasil não está na covardia de fugir e viver seu belo sonho americano e sim, em uma coletividade onde todos os lados se ajudam para melhorar o que dizem "não ter mais jeito".
Pois, eu digo e profetizo, enquanto vida eu tiver, tentarei melhorar meu país, pois ele está em meu sangue e estarão no sangue de todos os filhos e filhas que nascerem nessa mãe vitimada.
Não nasci no lugar errado, nem na família errada, nem na cor errada, com o cabelo errado ou com o corpo errado. Eu nasci para ser o que sou, embora, minha própria família abomine meus sonhos, eu não vou aceitar disserem quê por ela, eu conseguir ou não conseguir. Todos temos vida e se não quisermos viver, ninguém mudará isso.
Sabe por que o título do capítulo é esse? Porque foram essas palavras que eu falei quando questionaram a minha consciência e mentalidade sobre o que eu queria para minha vida:"Eu dou a minha cara à tapa e depois viro o outro lado".
Nasci pobre e tudo que eu construir, vai ser das cinzas, pois nem limão a vida me ofereceu, nem ajuda e nem oportunidade ela me deu, mas acima de tudo, motivos para desistir, estes mesmos motivos que todo santo dia eu recebo e todo santo ignoro.
Eu pessoalmente tenho um problema com o tempo, hoje em dia, temos a maior ferramenta já criada no mundo: A internet. Nela, é possível aprender tudo( ou quase, se não saber aonde aprender), nela, tudo é visto com apenas um "click", vai comprar livros? Para quê? Existe e-book gratuitos, vai fazer uma receita? Para quê pergunta a vovó se tem tudo em blog culinários? E por aí vai. Na internet, o maior problema é a farsa que ela é, houve um caso recente, de um homem de uns 50 anos fingindo ser uma garota, também me lembro da
Eu farei coisas grandes, tão grandes que eu me perguntarei o que é real e o que é "fake"?
Sabendo quê, irão me comparar e eu irei contra isso, então, provarei mil e uma vezes, que das lágrimas no barro, pode-se tornar uma linda estátua.
Crescer é uma parte difícil da minha vida, em vez de fingir que não envelheço( como muitos fazem), eu sinto o peso de me sentir velha desde jovem. É verdade, trabalhar não é legal, mas é o caminho da independência, assim como agir com maturidade. Sair da zona de conforto é difícil, porém, é mais difícil ainda decidi aprodecer quando eu tenho a opção de fazer algo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sinceridade
Non-FictionAutobiografia de Amanda Guilherme. Visão de mundo, sonhos, pensamentos, filosofias, caminhos e vida de alguém que é intitulada de ninguém, porém acredita na sua própria capacidade.