Que sorte ter encontrado você

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Era só mais uma tarde típica no Acampamento Meio-Sangue, Nico e Will estavam saindo de um turno na enfermaria quando sentiram os raios solares do entardecer lhes atingirem no rosto.

Will parecia brilhar e para Nico aquela era a melhor visão que ele poderia ter pelo resto da vida. O filho de Apolo era realmente lindo, principalmente aos olhos do filho de Hades.

– Você 'tá encarando. – Will disse puxando o menor para seus braços enquanto depositava um beijinho na bochecha suavemente corada de Nico.

– Não 'tô, não. – Disse tentandosoar emburrado, mas havia um resquício de sorriso em seus lábios.

– Ok, Di Ângelo, se não quer falar não fala! – Will deu de ombros e sentou-se na grama puxando Nico para o meio de suas pernas.

O menor corou, mas acomodou-se no peitoral de Will, descansando ali. Will sorriu e segurou as pequenas mãos de Nico e passou a brincar com seus dedos.

Depois da guerra contra Gaia e da confusão com Apolo, o acampamento mergulhou numa paz quase irreal e os semideuses estavam muito gratos por isso.

Will fechou os olhos e se encostou contra o tronco da árvore relaxando. Era comum os dois virem assistir ao pôr do sol depois do turno de trabalho, pois esse era o melhor horário do dia para Will e quando a noite chegasse seria o melhor horário do dia para Nico. O crepúsculo era o momento deles, onde dia e noite se misturavam, onde não havia nem sol e nem lua, era tudo um só.

– Eu só estava pensando no quanto eu tenho sorte de ter encontrado você. – A voz de Nico saiu um pouco mais alto que um sussurro.

Will abriu os olhos e sorriu ao ver o moreno com o rosto contra o seu peito, as bochechas coradas e os cabelos caindo-lhe sobre os olhos. De maneira muito suave o filho de Apolo tocou o queixo de Nico e ergueu seu rosto até que os pares de olhos se encontrassem. Azul no preto.

– O que você disse, anjo? – Se Nico pudesse teria ficado ainda mais corado naquele momento, no entanto o rosto do garoto já estava escarlate.

– E-eu... Will. – Engoliu em seco e mordeu o lábio inferior.

– Já disse pra não morder o lábio assim... – Sussurrou o filho de Apolo pressionando um dedo na boca de Nico e libertando o lábio vermelho daquele aperto. – Dá vontade de te beijar e nunca mais me afastar.

– Will, você não pode dizer essas coisas... – Nico sussurrou e sim, ele estava mais, muito mais corado agora.

– Por que não se é exatamente o que sinto? – Questionou o curandeiro com um sorriso de lado.

Nico amava essa proximidade com Will, dali ele podia ver cada sarda, cada marca, cada ruguinha, cada expressão, cada detalhe, cada imperfeição que tornava o filho de Apolo ainda mais lindo e encantador.

– Que sorte ter encontrado você. – Nico repetiu a frase de forma clara.

Seus olhos não deixaram os de Will um segundo sequer, pois tudo que Nico mais desejava era continuar observando o namorado.

– Ah, meu amor, digamos que essa sorte é toda minha. – Respondeu Will sorrindo enquanto seus dedos tocavam o rosto do menor e o puxavam para mais perto.

Quando Nico ergueu o queixo e fechou os olhos, Will colou seus lábios aos dele e ofegou com o contato. Nico gemeu ao abrir a boca e receber a língua de Will, fazendo o loiro também gemer ao sentir a língua de Nico corresponder ao carinho.

Os dois não viram o sol se pôr naquela tarde, pois quando abriram os olhos ja era crepúsculo. 

Coletânea Nico di AngeloOnde histórias criam vida. Descubra agora