Capítulo 2: Mentiras

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Valentina

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Valentina

TINHA ALGO que minha avó sempre me dizia, que agora pude ver a prova. Em questão de segundos tudo na sua vida pode mudar, para melhor ou para pior. Basta apenas um piscar de olhos para mudar tudo que você sabe sobre o que é amor ou amizade, e como essas duas coisas podem muito bem machucar. Fazendo você chegar ao fundo do poço, questionando em quem se deve confiar.

— Você ainda não me respondeu Tina. - Nádia segura firme o teste na mão, me olhando com aquele olhar assustado — Isso é seu?

Eu não sabia como responder. Comecei a gaguejar, até que senti as lágrimas caindo, então sai do banheiro e me sentei na cama, deixando em fim o choro vir.

Ela vem atrás de mim e se senta ao meu lado.

— Pode confiar em mim Tina, eu sou sua melhor amiga, não? -ela põe a mão no meu ombro.

Limpo minhas lágrimas e finalmente a olho, e pelo meu olhar ela já sabe a resposta, pois solta meu ombro com um expressão chocada.

— Meu Deus... -ela desvia o olhar para o chão. Vejo ela engolir em seco. — Você já contou ao Tyler? -pergunta olhando para mim.

Nego como a cabeça. Não conseguia dizer nada ainda, pois sentia o nó ainda forte em minha garganta.

— Mas, você vai contar?

Coloco a mão na barriga e respiro fundo.

— N-não sei Nádia, eu só... -o choro vem novamente eu não consegui conter. — Eu não sei o que fazer...

Ela me olha triste e pega minha mão.

— Ah, minha amiga -ela aperta minha mão — Não fica assim, é uma situação complicada sim, mas você tem pessoas incríveis que amam você ao seu lado.

Sorrio em meio as lágrimas.

— Tem eu e Amelia, que te amamos mais do que tudo. Pois somos irmãs, lembra? - sorrio ao lembrar dos nossos momentos no terceiro ano do ensino médio. — Tem um pai que é louco por você, que te apoia em tudo. -ela ri — E arrisco de dizer que nenhum pai que conheço é igual ao seu, nem mesmo o da Amelia.

Eu rio. É impressionante, mesmo estando em pânico, caindo em lágrimas Nádia ainda consegue me fazer rir. Ela é mesmo família, alguém que posso confiar sempre.

— E o Tyler...- ela diz. Paro de rir e suspiro.

Por incrível que pareça não era da reação do meu pai que tinha medo, e sim a de Tyler. Eu sei que ele me ama, como eu o amo. Porém, um filho é uma responsabilidade imensa, ele pode muito bem não querer esse bebê, tão cedo.

— Não faça essa cara, o Tyler te ama. Você lembra quando eu falava que nunca ia querer ser mãe? -eu assinto — E lembra também o que ele me dizia? Que queria uma grande família, e que ia amar ser pai?

MEU NOME É VINGANÇA - livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora