Companheiras destinadas

Capítulo 18

O lobo de Kara se enfureceu, querendo matar o homem à sua frente e, ao mesmo tempo, não querendo lutar. Sua natureza submissa nunca tinha sido de tal justaposição, mas não se importava. Ela lutaria para proteger sua companheira, sua família, e o filhote em forma humana nos braços de Leo. Não importava que ela fosse contra tudo o que seu lobo queria muito abaixo da superfície. A única coisa que importava era a sua casa.
Lex e Shannon haviam acumulado pelo menos oitenta lobos para derrubar o bando inteiro. Kara não entendia como os dois achavam que iriam ganhar, além do fato de que Lena e os outros não permitiriam que o filhote fosse ferido. Portanto, uma vez que elas salvassem o menino, elas seriam capazes de ir todos fora.
Isso era, a menos que, os outros dois não tivessem algo a mais na manga. Kara tinha a sensação de que havia algo muito pior guardado para sua família, e ela não tinha ideia do que
poderia ser.
_ É simples, sobrinha. – Lex gritou. – Libere o bando para mim, e eu não vou matar esse filhote.
_ James! – Uma mulher, a mãe do filhote gritou atrás de Lena e ela amaldiçoou. Os pais de James devem ter chegado. Ela não iria deixá-los passar pela dor de ver seu filho morrer.
O menino em questão uivou e choramingou, tentando mexer a distância. Lex apertou seu braço, e o menino acalmou. Kara rosnou, suas garras ameaçando sair.
Lena nem sequer olhou para a criança, e ela sabia que isso tinha que estar matando-a. Não havia nenhuma maneira que ela desistiria da segurança do bando para uma pessoa, mas também não iria permitir que o filhote morresse.

Elas iriam lutar.
Bom, porque Lex e Shannon precisavam morrer.
Assim como os outros lobos que lutaram com eles.
Zelena veio por trás dela e se inclinou a frente, sua voz baixa o suficiente apenas para
seus ouvidos.

_ Apenas cinco desses lobos são nossos. – Uma pausa. – Se nossos. O resto são lobos solitários. Isso explicaria as lutas que Lena teve de lidar nas últimas semanas.
Ela assentiu com a cabeça, mantendo seu olho em Shannon. A mulher parecia muito satisfeita com o rumo dos acontecimentos. Os Talons poderiam rasgar esses lobos em pedaços, mas Lex e Shannon pareciam que eram os únicos com a mão superior.
Deve haver alguma coisa que estavam perdendo.
_ Você não pode vencer essa. – Lena chamou, sua voz puro Alfa. O poder de sua companheira caiu sobre ela, dando-lhe uma força que não sabia que poderia possuir.
_ Que assim seja.
Lex jogou o filhote em direção Shannon e apertou um receptor que Kara não tinha visto em sua outra mão.
_ Câmeras. – Clarck retrucou. – Ele vai nos filmar lutando.
Kara respirou. Ela tinha razão. O que Lex estava fazendo ia contra todos os limites que ela poderia pensar.

_ O que vamos fazer? – Eles não podiam mudar na câmera, nem poderiam tecnicamente lutar. Caramba.
_ Nós salvaremos o nosso bando. – Disse Lena suavemente. – Não mudem. Nem mesmo parcialmente.
_ Se é uma transmissão ao vivo, estamos fodidos com as autoridades. – Zelena disse.
_ Eu tenho contatos com a polícia local e outros. – Disse Regina, não surpreendeu Kara, no mínimo. Cada bando teve a ajuda de seres humanos que sabiam sobre eles e podiam ser
confiáveis. Era como se tivesse ficado nas sombras por tanto tempo. – Enquanto nós não matarmos ou mudarmos na câmera, vamos ficar bem.

_ Então, temos o filhote e as câmeras... – Lena rosnou. –... e nós tiraremos o resto.
_ Esteja segura. – Ela sussurrou para sua companheira, querendo abraçá-la, mas sabendo que não podia. Elas podem estar dentro das alas, mas não estariam por muito tempo.
_ Sempre. – Disse ela de volta.
Lex gritou para seus lobos avançar. Eles não podiam ir além das alas, não com Lena lá para cortar os laços daqueles que uma vez tinham sido Talons. Mas com esse filhote lá fora, alguns dos Talons não teriam escolha a não ser ir lá e lutar.
Lena deu um passo adiante, e Kara não se surpreendeu. Sua companheira não deixava ninguém lutar quando ela poderia fazer isso sozinha. Ela não seria Alfa do contrário.
Ela seguiu sua companheira apenas quando algo explodiu fora das alas. O chão tremeu, e Lena agarrou a mão dela, mantendo-a estável.
_ Vão! – Gritou, e o resto dos lobos se moveu.
Eles mantiveram a sua forma humana, suas mãos nem mesmo indo para as garras, mas lutaram pelo bando. Eles precisavam sair das alas para fazê-lo, mas, neste caso, era mais
importante conter a ameaça do que ter relativa segurança dentro de um invólucro mágico.
Uma pequena mulher veio para ela, e Lena deixou-a ir para lutar contra um homem maior. Kara bloqueou o chute no rosto dela e socou a mulher no rosto. A outra mulher tentou
mordê-la, com o rosto alongando um pouco para que suas presas saíssem. Deusa, Kara orou
para que as câmeras não tivessem pego isso. Kara bateu a outra mulher, mas não a matou. Ela
ainda podia ouvir as câmeras sobre eles. Clarck e Helena tinham ido encontrá-las e eliminá-las, mas até que fizessem isso, todo mundo tinha que ter cuidado. Não haveria a dizer o que aconteceria, se a palavra saísse sobre as coisas que deram colisão na noite.
_ Tenho uma! – Clarck gritou sobre a luta, e Kara aplaudiu dentro, mesmo enquanto ela lutava contra outro lobo. Ela estava tentando chegar ao filhote e colocá-lo atrás das alas, a maioria deles estavam, mas Shannon mesmo havia circulado com tantos outros lobos, era difícil. A fodida mais velha parecia que era um gato que tinha terminado o creme de leite, segurando o menino perto enquanto se esquivou de outros lobos que tentavam atacá-la. Os lobos do lado da mais velha na batalha estavam jogando seus corpos na frente dela, protegendo-a com as suas vidas.
Todos eles morreriam, embora.
Tinha que ser assim.
Kara só esperava que eles não arriscassem seu futuro para que isso acontecesse.
Kara rolou para o chão, quando alguém tentou saltar sobre ela, em seguida, chutou os pés da pessoa de debaixo deles. Ele rosnou, e ela o chutou no rosto. Eles passaram, e ela seguiu em frente. Ela odiava lutar, mas tinha sido ensinada com a melhor forma de proteger a si mesma, em qualquer forma.
Shannon sorriu para ela novamente, e Kara queria agarrar e rasgar o rosto da puta.