Lust | Tomarry.

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- E então, como foi com o Riddle? - Adrian perguntou, sentando ao seu lado.

- Ah... normal. - Harry murmurou, abrindo sua bolsa para pegar os cadernos.

- Normal?

- Sim, ele não falou muita coisa. - deu de ombros, olhando para trás e notando que Tom ainda não havia chegado. - E você e o Rodolfo?

- Nada, eu não vou fazer nada, e ele parece não se importar também. - Pucey mudou sua expressão, cruzando os braços.

- Você deveria fazer o trabalho sozinho então, fala que ele não quis ajudar. - abriu seu caderno. - Assim você ganha nota e ele não.

- O problema é que eu nem perguntei se ele quer ajudar, e não vou perguntar.

Harry estava preparado para lhe dar um sermão sobre como a nota de ciências era importante para a sua média que estava baixa, mas a presença de alguém o fez parar.

Tom Riddle acabava de passar pela porta, com seus passos calmos e sua face séria, ele não olhou para os lados, apenas seguindo até sua mesa, Potter o observou durante todo o caminho, sentindo seu coração acelerar ao se lembrar da última vez que se encontraram.

Ele viu o garoto colocar sua bolsa em cima da mesa e se sentar, mas jamais esperou que olhos azuis fossem subir e parar justamente nos seus.

Harry sentiu sua respiração engatar quando Tom o encarou fixamente, sem demonstrar nenhuma emoção, o que fez Potter se sentir intimidado e desviar o olhar.

- Cheguei, já podem parar de chorar. - Draco se jogou ao lado dos amigos.

- Agora que começarei a chorar. - Adrian brincou, recebendo um tapa na cabeça.

- Oi Cedric. - Draco piscou para o loirinho, que ficou corado e abaixou o rosto.

- Dando em cima do nerd, Draco? Que feio.

- Vocês não tiveram a chance de conhece-lo de verdade. - cruzou os braços. - Ele é adorável.

- Conhece-lo de verdade? O que quer dizer com isso? - Potter franziu o cenho.

- Conversar com ele, vocês já conversaram com ele? Iam se surpreender.

- Bom dia! - Andrômeda entrou na sala de maneira desajeitada, o que fez alguns alunos rirem. - Calem a boca, eu quase caí quando saí do carro.

- Tá bom o que foi isso. - Adrian murmurou. - A voz dela está rouca.

- E então, como estão os trabalhos? -  perguntou, não recebendo resposta. - Espero que todas as duplas estejam fazendo.

- Não a minha. - Rodolfo comentou no fundo.

- Sr Pucey, por que não está fazendo o trabalho com seu colega? - a professora cruzou os braços.

- Porque não dá pra conversar com ele sem vomitar. - Adrian respondeu.

- Você irá vomitar de verdade quando olhar sua nota. - retrucou, se sentando. - Façam o trabalho de alguma maneira ou os dois irão tirar zero.

- Prefiro tirar zero. - Pucey murmurou.

- Mais alguma dupla que esteja com problemas?

Harry pensou e repensou por alguns segundos, então levantou sua mão para Andrômeda, porém se arrependeu no momento em que o fez.

- O que houve, Sr. Potter?

- Uh...

- O Sr. Riddle não está colaborando? - ergueu uma sobrancelha.

- Ele... quer dizer, ele d-disse que fará o nosso trabalho sozinho. - Harry fechou os olhos por um momento, imaginando a expressão de Tom naquele momento.

- Riddle, isso é muita gentileza da sua parte, mas o trabalho é em dupla, então Harry tem que participar. - falou, mas como sempre Tom não disse nada, e Harry não se atreveu a olhar para trás. - Ele precisa gravar sua parte no vídeo, então nada de fazer sozinho.

A aula continuou depois que mais nenhum aluno reclamou de sua dupla, em nenhum momento Potter olhou para trás, ele não sabia se depois das aulas deveria falar com ele, talvez ele nem o respondesse mais.

Mas Harry só estava preocupado com o trabalho, apenas isso.

[...]

- Até amanhã, Harryzinho. - Draco e Adrian se despediram do garoto, pois eles voltavam de ônibus para casa e Harry ia a pé.

- Até. - acenou enquanto eles se afastavam.

- Ei Potter. - ouviu a voz de Rodolfo. - Tudo bem?

- Sim, por que? - franziu o cenho, pois o mesmo nunca falava consigo.

- Porque tem minhocas na sua bolsa. - Rabastan riu e Harry arregalou os olhos. Ele sabia que deveria ter levado sua bolsa na hora do intervalo.

- Não, não tem. - uma terceira voz foi ouvida, e logo Tom também saiu da sala.

- Não? - Rodolfo o olhou confuso.

- Não, eu as tirei e coloquei nas suas. - falou e Rodolfo jogou sua bolsa no chão.

Harry ignorou os garotos desesperados enquanto jogavam todo o material com minhocas no chão e focou em Tom, que estava com a mão apoiada no batente da porta.

- Obrig-

- Vai fazer o que agora? - Riddle o cortou. - Quando sair daqui?

- Uh... nada...

- Então vamos para a minha casa. - disse, se virando para sair.

- O que?

- Já que está tão ansioso para fazer o trabalho, então vamos. - ele saiu andando e Harry entreabriu os lábios, porém nada saiu, então ele apenas o seguiu pelo corredor.