CENA FINAL
Dr. Drimêncio é agarrado e posto em uma camisa de força, relutante demonstra total insanidade, em segundo plano há um círculo de pessoas vestidas de toga, que apontam acintosamente, gritam em coro... (CULPADO) para a doutora que é condenada pelo ocorrido aos pacientes tratados por Drimêncio, ela enlouquece sendo levada para o mesmo hospital que seu paciente Drimêncio.
DRIMÊNCIO
(Alienado) A doutora acha mesmo que sou louco?
A MÉDICA
Eu não acho!! está completamente louco! o que fez não prova que o é....
DRIMÊNCIO
Fiz o que fiz, mas não houve maldade!
A MÉDICA
Consegue fugir de um sanatório, e qual a primeira coisa que faz? Vai ao consultório de um psiquiatra. O meu... ao meu consultório... doido, maluco, insano completamente!
DRIMÊNCIO
Eu apenas quis uma segunda opinião... só os iguais podem se julgar. Mas aí pediram a minha...
A MÉDICA
(Alucinada) Mais é louco mesmo, doido varrido... loco, loco, loco.
DRIMÊNCIO
(Sorri tranquilo) E a senhora Doutora? Tens ou não tens...
A MÉDICA
Eu? O que tem eu?
DRIMÊNCIO
Cansou de fugir? Ou parou de se esconder? Enfim doutora, chegamos à única verdade...
A MÉDICA
E qual seria? Vamos me diga, qual? Qual é a grande, a única verdade?
DRIMÊNCIO
Que da senhora e de mim, somos todos, doutor, quem é o protagonista! Um pouco interim...
A MÉDICA
Eu quero, exijo uma segunda opinião, eu não sou louca, me tira daqui, aqui só tem doido... (ela encara o horizonte de forma totalmente débil, como se olhasse nos olhos de alguém) ...seus loucos...
DRIMÊNCIO
(Em gargalhos) Doidos, malucos, birutas, loucos, débeis, pacientes... (gargalha e volta a repetir as mesmas palavras) ... Doidos, malucos, birutas, loucos, débeis, pacientes...
Os dois enfermeiros voltam e leva Drimêncio que já não luta mais, repete continuamente as mesmas palavras.
DRIMÊNCIO
Doidos, malucos, birutas, débeis, loucos, lelé da cuca, piradinhos na batata, tantas,
NORMAIS... NORMAIS... NORMAISSS!!!
A cena se passa no plano imaginário, as luzes começam a piscar, ouve-se muitos gritos, entre gritos de dor sempre ouve-se a voz gritar "NORMAIS", o paciente está em um de suas seções de tratamento de eletrochoque.
Fim.
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Huma II° Opinião
RomanceHá muitas coisas de que o homem precisa um cigarro, um porre, uma noite de solidão de vez em quando, um pouco de sexo estar de mau humor ou ser introspectivo monossilábico ter um vício uma mulher um ou dois amigos um deles quadrúpede. e uma música...