I- Nuovo inizio

27 3 0
                                    


Quem é Emillye?

Essa é uma pergunta que pode ter várias respostas, mas para mim só existe uma: eu não sei quem eu sou. Eu sei que me chamo Emillye Lancellotti tenho 20 anos, e estou prestes a me mudar para Itália com meu pai, ele pensa que vai me fazer bem viver em um novo ambiente, rever meu familiares fazer novos amigos, novas experiências e deixar as antigas no passado com aquela Emillye que não sei quem é. Por isso sempre me pergunto "Quem eu era".

Meu pai me disse que sofri um acidente muito grave quando tinha cerca de 17 anos, estava em um carro com alguém, não era um amigo qualquer, ele era meu melhor amigo, seu nome era Lucca.

Toda vez que escuto alguém falando esse nome, sinto um aperto no peito e uma grande vontade de chorar que não sei explicar, minha psicóloga diz que isso se chama saudades; como que isso pode se saudades sendo que não lembro da sua fisionomia, o timbre da sua voz ou até mesmo a cor dos olhos? Eu não consigo me lembrar daquele que sinto saudades. O impacto da batida foi tanto que voei pelo para-brisa. Só me lembro de acordar em uma cama de hospital chamando por aquele que sinto saudades, meu pai não me falou nada sobre ele.

Meu pai estava do meu lado diariamente que estive naquele hospital, somente ele e Bill ficaram do meu lado, ninguém da minha família sabe do meu acidente, Joseph supôs que seria melhor ninguém ficar sabendo sobre acidente porque ele acreditou que seria algo momentâneo, mas não foi, minha família vai ficar sabendo sobre o que aconteceu comigo, só agora já que estamos voltando para ficar.

Principessa vamos perder o voo se você continuar demorando tanto, e ainda temos que passar para pegar o Guillermo na república.

— Já estou aqui, senhor Joseph. — Respondo já descendo as escadas e o encontrando na porta me esperando para sairmos, dou uma última olhada na sala, sentirei falta do único lugar que conheço com lar. — Vamos aqui estou.

Entramos no carro em silêncio ele sabe como está sendo difícil deixar tudo para trás, ele tenta ser um bom pai sempre cuidando de mim, tentando me dar o máximo de atenção que consegue, mas ainda sinto falta de algo que não sei explicar, mas eu sei o que é, na verdade, sinto falta de várias coisas, uma delas é o amor de uma mãe presente.

Dona Sophia Carter só pensa nela, dá para contar quantas vezes que conversamos desde tudo que me aconteceu, ela não se importou de vir para Nova Iorque depois de tudo que me aconteceu, de me visitar ou de me ligar. Meu pai sempre foi mais presente cuidando de mim, tentando falar coisas sobre mim; Joseph Lancellotti é o melhor pai que poderia ter em todas as minhas vidas.

Eu não posso me esquecer do Bill e Connor, eles são os homens da minha vida, eu os amo.

Quando chegamos na república onde Guilhermo Di Luca vulgo Bill mora, tivemos uma grande surpresa, ele estava aos beijos com um menino, menino esse que se chama Connor Lins.

Quando Bill falou que iria voltar para Itália comigo, eles brigaram porque ele não poderia ir conosco, pois estava prestes a começar seu último período na universidade de Direito. Bill acabou de se formar, porém, foi em arquitetura e irá voltar para Itália para trabalhar em uma empresa da família, o sonho dele é um dia chegar na presidência junto de seu primo.

— Já podemos ir ou vocês vão continuar se pegando? — pergunto com mau-humor. Connor e eu brigamos na última vez que nos vimos, ele está me culpando por Bill estar voltando para Itália, mas é mentira Bill não faria isso.

Eles dão um último beijo e Bill vem em direção ao carro, Connor olha-me, mas finjo que não estou vendo, estou chateada com ele ainda, por isso nem retribui seu olhar.

— Oi! Minha linda, razão do meu viver. — Bill diz assim que entra no carro, com um sorriso brilhante e animado.

— Tentando me bajular por quê? Vai lá ficar com o Connor. — Digo desviando se sua tentativa de me beijar

— Sério isso? Eu não tenho nada a ver com essa briga de vocês dois, nós conversamos sobre tudo e fizemos um acordo que, quando ele acabar o último período, ele vai passar um tempo na Itália conosco, mas vocês precisam se acertar logo. Eu não vou suportar saber que as pessoas que mais amo nesse mundo estão brigados, você é nossa base Mczita. — Disse me dando vários beijos na bochecha para me fazer rir, o que acabou funcionando.

Ficamos abraçados em silêncio no carro a caminho do aeroporto, meu pai não abriu a boca sobre o que Bill falou, mas tenho certeza que está esperando ele sair de perto para falar comigo sozinha, ele gosta de parecer descolado do lado do Bill.

— Eu nunca vou entender essa relação de vocês três. — Fala assim que estamos despachando nossas malas.

— Ah pai, a única coisa que tem que entender é que nós amamos, e eles me fazem bem. — confesso olhando para ele. Bill e Connor são tudo para mim, eles ficaram comigo em cada crise e em cada momento feliz, momentos que Bill sempre confessa que sou a base deles, e eles são minha pilastra, eu não sei o que seria de mim sem eles.

Assim que embarcamos tratei logo de tirar um cochilo, pois voo era de 7 horas direto para Milão e de lá ainda tínhamos uma viagem de carro que duraria cerca de 2 horas para a república que irei ficar, os pais do Bill iriam nos buscar no aeroporto.

A viagem foi bem tranquila, pegamos nossas malas e fomos encontrar os pais de Bill na saída do aeroporto.

— Oi! Que saudades de vocês! — Flora diz assim que nos vê, abraça Bill primeiro, em seguida meu pai, me deixando por último.

— Oi! Flor, quanto tempo. — Digo já a abraçando. — Dominic — o cumprimento, apertando sua mão firme.

Pense em uma mulher animada, alegre e jovem, todas as vezes que ela ia nos visitar em Nova Iorque nos divertimos muito. Flora é uma mulher de 50 anos, mas com carinha de 30, ela com certeza é a mulher mais bem humorada que já conheci na minha vida. Dominic já é um pouco diferente da Flor, ele é mais na dele, não é muito de demonstrar suas emoções, mas sei que está muito feliz por seu filho e seu melhor amigo vulgo meu pai estarem de volta, ainda mais na empresa que ele é vice-presidente. Meu pai disse que ele quer realizar seu sonho de trabalhar novamente com o melhor amigo e ainda passar todo seu conhecimento para seu filho, para se aposentar e passar sua cadeira para Bill.

O caminho até a república foi de muitas conversas e risos. Meu pai estava feliz de voltar para a empresa onde começou sua carreira como advogado e estava muito animado com a ideia da sua única filha seguir seus passos. Irei cursar direito na mesma universidade em que meu pai se formou, a melhor universidade de Florença. Ainda não estou acreditando que irei ficar em uma casa com várias pessoas que nunca vi, ainda bem que vai ter pelo menos dois conhecidos que são minha madrinha Val e meu Padrinho Augusto. Estou animada para ver eles pessoalmente, enfim poder criar memórias novas.

Assim que observo a república prevejo que um novo capítulo da minha vida está prestes a começar.

Quem sou eu ?Onde histórias criam vida. Descubra agora