My queen

𝐏𝐫𝐨́𝐥𝐨𝐠𝐨

Muitos anos no passado, na grande era de ouro, existia um casal, uma bela jovem, com o sangue real percorrendo em suas veias por debaixo da pele branca,  de cabelos prateados, os olhos azuis claros que brilhavam com o reflexo das estrelas. O  homem, era um simples andarilho viajante, com origem desconhecida e sem qualquer senso de responsabilidade, no qual resolveu descansar por alguns anos naquelas terras por conta de seus motivos obscuros. O homem atraiu a atenção completa da mulher, no qual não hesitou em conhecer o rapaz.

Com o passar das estações, a amizade foi se tornando algo a mais, e esse algo mais, resultou na espera de uma vida, na qual tinha se mantido em segredo,  todos sabiam do amor incondicional que ambos sentiam um pelo outro e a mulher mal esperava hora para revelar da pequena vida em seu ventre, mas o imperador, pai da bela mulher, não aprovara tal relacionamento, por conta disso, o mesmo fez um derramamento de sangue inocente em busca de informações do andarilho, não conseguindo o que queria, o homem acusou sua própria filha de traição contra o império.

Sem negações da provas bem planejadas, a mulher foi levada sob custodia e teve, como punição, uma morte rápida feita pelo carrasco e sua corda. Ao testemunhar a morte da mulher amada e, consequentemente, de seu amado e tão esperado filho, o homem se rebelou, demonstrando uma terrível carranca, outros dois olhos surgiam em sua face e dois braços surgiam de seu tronco, as unhas compridas, eram fortes contra as armas brancas que foram usadas contra o ser.

Guerreiros e feiticeiros tentaram mata-lo, mas tudo havia sido em vão. Cego pelo ódio e pela tristeza, aniquilou grande parte do império. Alguns feiticeiros experientes, reconheceram a divindade temível perante eles e condenavam a alma da mulher que foi morta e ainda diria ama-lo, chamando-a de bruxa, esposa do rei amaldiçoado ou de mulher de satã.

O ser não hesitava em matar quaisquer um que se pusesse em sua frente, matando mulheres e crianças inculpados. Seus olhos traziam a morte, ele buscava o imperador no qual matou sua amada família, queria vingança e era isso que iria ter, os olhos hostis traziam desolação e removendo a esperança de qualquer homem.

Mas, um feiticeiro, selou o demônio, no qual apelidou de Rei das Maldições, mesmo após ter derrotado o mesmo, o feiticeiro removeu os vinte dedos do corpo estirado no chão.

Com o tempo, os dedos se perderam ao redor do antigo império e as almas do casal vagavam livres, porém separadas e em sofrimento. A mulher encontrou um corpo, no qual já estava morto antes mesmo de nascer e o possuiu, mas, durante esse processo, se esqueceu do tempo com seu amado, tais lembranças ficaram soterradas no fundo de sua alma, já a alma do Rei Amaldiçoado vagava em busca de um ser que fosse tolo o suficiente para usufruir de seus dedos e que pudesse trazer sua vingança àqueles que o tiraram de sua amada.

Não levou tempo para que um tolo aparecesse e em um momento de desespero, o possuísse.

O despertar de Ryomen Sukuna havia sido feito no corpo de Yuji Itadori, no qual havia ingerido um dos dedos da maldição. Como o rapaz era compatível com suas habilidades, Ryomen possuiu parcialmente o corpo do rapaz.

Por algum motivo, seu despertar não havia sido como imaginava, sonhou que acordaria ao lado de uma mulher, nada parecida com seu antigo amor, mas ele poderia mata-la e vagar pela terra, em busca da mulher que ele escolheu como esposa. O ser acordou em meio a uma batalha contra um ser irritantemente asqueroso, derrotando-o com facilidade, soltou uma risada.

- Ah! Eu sabia! Essa luz é muito melhor direto no corpo, não é mesmo, quer... - O ser parou antes mesmo de completar a frase, se lembrando de que ela não estava ali. - A carne daquele dedo é tão sem graça. Cadê as pessoas? Cadê as crianças e aquele desgraçado? 

O ser esticou os braços para receber a luz do luar e se direcionou à uma grade de ferro, olhando as luzes da cidade.

- Que era maravilhosa é essa em que estamos? Mulheres e crianças rastejando por aí, como vermes. Que maravilha! Vai ser um massacre! - A risada saia alta.