Promises

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Oi gente! Tudo bem ?
Um ótimo dia a todos! (postei de manhã mas caso leiam de noite, uma boa noite!)
Andei sumida porque tive uma crise de falta de criatividade, mas agora, TÔ DE VOLTA!
Senti falta de todos vocês!
Uma boa leitura e beijo no coração! 💚

Oi gente! Tudo bem ? Um ótimo dia a todos! (postei de manhã mas caso leiam de noite, uma boa noite!)Andei sumida porque tive uma crise de falta de criatividade, mas agora, TÔ DE VOLTA! Senti falta de todos vocês! Uma boa leitura e beijo no coração...

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Jason Todd pov.

Quando alguém falar que família é algo que você não escolhe, acredite. Mesmo que seja adotado, apenas confie que família definitivamente não pode ser escolhida. Até mesmo quando você expulsa a família da sua vida, uma hora ou outra, você está socado no meio daquilo novamente.
- Por que mesmo eu escolhi vir com vocês ? — perguntei mais uma vez para Damian.
- Éramos nós ou ter uma conversa sentimental com Bruce e Grayson sobre como somos mais fortes juntos. — responde ele enquanto ouvimos mais uma vez Tim gritar o refrão de 'Careless Whisper' do George Michael. – E infelizmente, tive um problema com o jato, por isso estamos neste carro. D
- E por que mesmo é você quem está dirigindo ? — pergunto a ele.
- Porque estamos no MEU carro. — alisa o volante do Audi R8. – E você corre demais, e o Tim Michael ali atrás é um idiota.
- Sabem que eu ainda estou aqui, não sabem ? — pergunta Tim apoiando os cotovelos entre nossos bancos. – E ouço o que falam.
- É por isso mesmo que falamos. — responde Damian. – Onde deixo você ? — pergunta ele.
- Dormitório da Universidade. — respondo e vejo Tim lançar-me um sorriso malicioso.
- Vai dormir com sua ruiva ? — pergunta ele.
- Ela já está dormindo, eu só quero checar.
- Checar o que ? — pergunta Tim.
- Isso não interessa. — corto assunto.
Deus, como eu odiava muitas perguntas.
- Certo, vamos com você. — diz Tim.
- Vamos ? — perguntamos eu e Damian em uníssono.
- Você só vai checar, o que é melhor do que uma checagem de três Robins !? — pergunta e eu bufo.
- Não quero vocês lá.
- Ouviu ? Ele não nos quer lá. — ajuda-me Damian.
- Não nos quer lá ou está com medo de que sua preciosa ruiva se apaixone por um de nós ? — sorri malicioso. – Sabem como é, sou um imã de homens e mulheres.
- Tim, se ele cortar o seu pau...vou ficar do lado dele. — diz Damian estacionando frente ao prédio do dormitório de Frank.
- Vamos todos juntos, estou curioso. — diz descendo do carro.
- Juro que posso matar ele agora mesmo. — rosno e Damian ri.
- Eu te ajudo. — diz ele desligando o carro e descendo.
Vou até a lateral do prédio, destrancando o portão da escada de incêndio.
- Então você visita ela clandestinamente ? — pergunta Damian.
- Toda noite. — respondo subindo as escadas.
Vejo os dois garotos me seguirem e logo estamos pendurados próximo a enorme janela de vidro. Pego a pequena chave roubada e destranco a janela de Frank. Em passos leves pulo a janela, entrando em seu quarto.
O quarto espaçoso em que Frank morava agora sozinha.
Sua metade do quarto era expressivamente a cara dela, era cômico de se ver.
Em sua parede, haviam pôsteres da banda Aerosmith, bandeiras do time de futebol em que seu irmão jogava, e diversas fotos de sua família coladas.
Meu Romã dormia tranquila, com o pequeno corpo encolhido na cama e os cabelos ruivos esparramados pelo travesseiro. Merda, como eu gostaria de ter ficado naquela noite, antes de ser convocado, eu apenas observava-a, serena e tranquila.
Ouço o rangido da janela e Damian pula emburrado, seguido por Tim.
- Wow. — cochicha ele e eu arregalo os olhos. – Ela é mais bonita pessoalmente, sei a obsessão da Batcaverna toda por essa garota agora.
Ouvimos a movimentação do enorme edredom roxo que cobria Frank e sinto meu coração acelerado.
Ela me acharia um louco, e pior, um louco com outros dois idiotas como companhia.
Todas as noites haviam sido um sucesso, apenas trazer Tim era como um aviso prévio de que os planos não seriam cumpridos da forma ideal. Ele tinha sua própria forma de resolver e fazer as coisas.
Aquilo me deixava puto.
A garota permaneceu em um sono tranquilo e sinto minha respiração voltar a seu curso natural, sem surpresas.
Me aproximo da garota e delicadamente empurro seu edredom para baixo, expondo seu braço pálido.
Nas noites em que vinha aqui, eu apenas checava as bolhas agora quase completamente cicatrizadas de Frank e ia embora. Eu gostava de garantir que ela estava segura, longe de qualquer droga de chuva ou de qualquer um que pudesse machuca-lá.
As vezes, apenas gostava de tocar seu rosto delicado e sentir que um pouco da paz que assolava seu universo, fosse dividido.
Ao voltar a cobri-la ouvimos o celular de Tim despertar com um toque alto. Merda.
Quem em sã consciência, deixa o celular com som !?
Frank abre os olhos assustada e puxa um canivete de seu travesseiro, apontando para mim.
Wow, desde quando aquilo estava lá ?
Aquilo de certa forma, me encheu de orgulho. Não queria Frank como uma boneca de porcelana, como um animal indefeso, eu a queria como uma dama de ferra, pronta para enfrentar e atropelar qualquer merda que pudesse cruzar seu caminho.
Ergo minhas mãos em rendição e sorrio. Ao ver aquele canivete, eu tinha muitas perguntas a ela.
E mataria Tim depois, definitivamente.
- Jazz, o que está fazendo aqui ? — pergunta com a voz rouca. Sexy. Caralho, eu deveria ter apenas ficado aquele dia.
Não, uma promessa havia sido feita. Mas caralho, aquela mulher me faria descumpri-la, sinto muito, Dick.
- Pode abaixar isso. — sorrio tirando o canivete de sua mão. – Voltei de viagem agora e queria te ver.
Digamos que eu apenas fui quase arrastado no meio da noite e reapareci alguns dias depois no quarto dela no meio da madrugada, com outros desconhecidos.
- Como entrou aqui ? — pergunta ela e eu aponto para a janela. — Colocarei uma cortina urgentemente naquilo. — resmunga ela e sorri se levantando da cama e agarrando meu pescoço em um abraço.
Isso era surprendente.
Frank fazia algo que a maioria das pessoas não fazia.
Ela me tocava. E eu odiava ser tocado.
Odiava o simples toque em minha pele, me dava repulsa e raiva. Muita raiva.
Mas isso não se aplicava a Frank, ela poderia fazer o que quisesse.
Deus, eu já disse o quanto amo o cheiro dela ?
Não, essa palavra não existe. Amor, isso não existe.
Gosto do cheiro dela.
Abraço sua cintura e afundo meu nariz em seu pescoço. Depois de alguns dias longe, eu só queria me afundar em sua cama e ouvi-la tagarelar sobre como haviam sido os dias dela.
Ouço um coçar de garganta e sinto o corpo de Frank endurecer-se e ela me solta com os olhos arregalados.
- Oi, Ruiva! — saúda Tim encarando-a por inteiro. Deus, eu ia acabar com a merda daquela promessa e ia matá-lo. – Eu sou, Tim Drake. — sorri malicioso olhando para baixo.
Vejo as pernas torneadas de Frank apertadas em um short curto com estampa de aliens e rapidamente me coloco a sua frente.
Merda, Frank, belas pernas.
- Quem são esses ? — pergunta ela confusa e me empurrando delicadamente.
- Somos os irmãos dele e de Grayson. — sorri Tim. – Esse é Damian. — aponta para o garoto ao lado.
- Eu sou Frank! — acena ela levantando sua mão por cima de meu ombro.
- Qual é, Todd !? — diz Tim. — Deixe a garota se apresentar. — se aproxima.
- Um passo a mais, e eu juro que jogo você pela janela. — rosno.
Não era difícil entender que aproximação não era uma boa ideia. Mas eu acreditaria que Tim poderia ser burro a ponto de não entender, e isso geraria uma briga.
Eu jamais descumpriria a promessa feita de não matar nenhum deles, tínhamos um tratado de paz , e manter o tratado motivou Tim a se afastar, voltando para o lado de Damian.
- Posso saber por que vocês estão aqui ? — pergunta Frank. – Não quero ser uma anfitriã ruim, mas invadiram meu quarto e estou um pouco assustada.
- Jason está obcecado, Tim é um tarado com o pau solto e eu fui coagido. — diz Damian. – E sinto muito pelo susto.
- É um prazer conhecer todos vocês. — diz ela saindo de minhas costas e parando ao meu lado. – E eu espero que possamos nos encontrar em situações mais normais.
Tensiono meu corpo e aperto meus punhos.
A regata cinza justa na cintura fina e o short apertado e curto em suas coxas eram uma soma perigosa para meu colapso mental.
Eu poderia apenas jogar os dois pela janela e ter Frank só para mim, o que era uma ótima ideia.
Frank era quase como uma obra de arte. Quase não. Frank Jones era uma obra de arte.
E Tim era um caçador, sua vida amorosa era uma confusão e ele jamais perderia a oportunidade de testar meu controle.
E eu, estava entregando uma presa e meu bom senso de bandeja a ele.
Ruiva, linda e perigosamente gentil, Frank era o tipo de qualquer homem que gosta de mulher.
Posso matar Tim Drake e me livrar do corpo, seria menos um caçador no mundo.
Não, eu fiz uma promessa e manterei isso, por enquanto.
- Eu tenho um frigobar com refrigerantes e alguns pacotes de salgadinhos, imagino que estejam com fome. — sorri simpática. – A cama ao lado está vazia, fiquem a vontade para ocupá-la.
- Vou aceitar tudo. — sorri Tim.Não, porra, não sorria para ela assim.
Sinto a mão pequena de Frank cobrir meu punho fechado e acariciar-me delicadamente. Lentamente, solto meu maxilar e encaro-a.
Ela sorri e ao abrir minha mão, entrelaça nossos dedos.
Eu sinto raiva a todo tempo.
Mas Frank é como uma luz no fim do túnel para isso. Com ela, tenho uma leve pausa.
- Podem ligar a televisão também. — diz ela encarando os garotos.
Damian pega o controle e se joga na cama vazia, deitando-se preguiçosamente. Folgado.
Frank solta minha mão e vai até o frigobar, abaixando-se para alcançar os refrigerantes, seu short contrai-se levemente, deixando um pouco mais de pele exposta.
Vejo Tim aproximar-se de minha garota e sinto que vou matá-lo nesse exato momento.
Não.
Frank está aqui, ela não me perdoaria.
- Posso te ajudar, Ruiva. — diz ele tentando ser discreto ao acompanhar cada movimento de minha garota.
- Não precisa. — agradece ela. – Jaz vai me ajudar, não é Jason !? — pergunta me encarando. – Pode se sentar, por favor. — diz ela a Tim que automaticamente fecha o sorriso cafajeste e senta-se ao lado de Damian.
Isso, Romã.
Marque seu território, não seja uma presa e se precisar, jogue a lata na cabeça daquele idiota.
Me aproximo de Frank e me abaixo ao seu lado no frigobar.
- Você podia ter avisado. — diz ela. – Visitas na madrugada não é exatamente algo que eu aprecio.
- Desculpe por isso e por Tim.
- São seus irmãos ? — pergunta ela e eu confirmo com a cabeça. – Como Dick ?
Explicar minha estranha e complexa relação com os garotos era algo que eu evitava a todo custo, as coisas eram como eram, e para encurtar a história, apenas disse para Frank, que moramos juntos um tempo.
- Algo assim. — dou de ombros e pego as latas de refrigerantes de suas mãos, entregando para Damian e Tim.
Volto ao encontro de Frank que agora está apoiada no frigobar, encarando os dois garotos enquanto bebe o líquido de um energético de lata roxa.
Me apoio ao seu lado e delicadamente puxo-a para que seu corpo fique frente ao meu, ela deita sua cabeça em meu peito.
Ela era a única pessoa que de fato, eu gostava que ficasse perto e próxima.
- Como está Dick ? — pergunta.
- Ainda precisa de tempo. — respondo a ela.
- Entendo. — vejo seu olhar baixo.
Odiava isso.
Quando ela se culpava ou se entristecia com algo que não estava em seu controle.
- Por que eles vieram ? — pergunta sussurrando.
- Tim está com a síndrome do pau precoce. — digo alto para que o garoto escute. – E Damian me deu uma carona.
Tim levanta-se e caminha até nós apoiando-se no frigobar.
- Não seja um cuzão. — confronta ele.
- Você veio me provocando, lembra !? — retruco e encaro Frank. – Ele falou muito de você. — digo a Frank.
Eu estava sendo um cuzão. Mas sinceramente...que se foda Tim e qualquer garoto que se aproxime.
- Desculpe, mas nós nos conhecemos ? — pergunta confusa.
- Achei seu Instagram, sinto muito por isso. — responde ele e vejo Frank corar. Merda Frank, está chamando a atenção do predador de novo. – Suas fotos são lindas. — elogia ele.
Tim Drake mudou a abordagem.
Ele estava fazendo isso como uma brincadeira, não é !?
Apenas para me irritar.
Vou apenas respirar fundo e tentar não arrancar seus bagos.
- Muito obrigada, faz um tempo que não posto nada. — responde ela. – Gosta de fotografia ?
- Muito, me sinto um pouco detetive.
- Então você é o Robin vermelho ? — pergunta ela simples e eu arregalo os olhos. – Não me olhe assim, você me contou tudo e depois sumiu por uns dias, tive que fazer minhas pesquisas.
- E como sabe disso ? — pergunto.
- Não foi difícil, foi só avaliar por cortes de cabelo. — começou a dizer ela e naquele momento, até Damian havia desligado a televisão e nos encarava atônito. – Depois que Jason confessou a vida dupla, foi fácil achar as inúmeras capas de jornais em que Capuz vermelho e Asa noturna, que misteriosamente tem o mesmo cabelo que Dick Grayson, estão brigando. — diz ela. – Agora olhando para o degradê em seu cabelo, posso comparar com o Robin vermelho. — aponta para Tim. – Mas e você, Damian, qual deles é você ?.
- Sou o único que vai manter a identidade secreta...secreta! — responde o garoto e me encara. – Você ficou maluco ?.
- Ele não me contou. — diz Frank. – Mas por favor, sou a primeira colocada no programa de bolsas da universidade de Gotham. — diz ela, óbvia. – Acharam que ninguém nunca relacionaria os cabelos ?
- Então ela também é inteligente ? — encara-me Tim. – Onde encontro uma dessas para mim ? Você está solteira ? — pergunta a ela.
- Estou. — Frank me encara. – Até o momento. — dá de ombros.
Então esses eram um daqueles momentos em que as mulheres soltam indiretas e que nós, homens, apenas concordamos e rezamos para que elas esqueçam do assunto.
- Não consigo mudar o canal. — reclama Damian e Frank vai até ele para, consertar o controle da televisão, fazendo com que eu e Tim fiquemos sozinhos próximos ao frigobar.
- É Jason...estou colocando meu cavalo para competição. — diz Tim sorrindo.
- Você não é louco. — ameaço.
- Não, o louco da família é você. — retruca ele. — Está com medo, Todd ?.
- Tim, meu caro Tim Drake. — sorrio ameaçador. – Aposto que você gostaria de manter seus dois olhos e suas bolas, porque honestamente, eles podem facilmente virar comida para meu cachorro.
- Você não...— interrompo-o.
- Sim, eu faria, portanto, não meta-se com o que é meu. — encaro Damian. – Vocês podem ir agora. — digo simples e vejo Frank me encarar em repreensão. – Obrigado pela ajuda na invasão.
- Você vai ficar ? — pergunta Damian e eu confirmo com a cabeça. – Até mais, Frank, obrigado! — despede-se educado.
- Obrigado, Ruiva. — diz Tim aproximando-se da garota e deixando um beijo estralado em sua bochecha. Eu só queria espanca-lo. Tim me lança um sorriso maldoso e segue Damian para fora do apartamento.
Frank me encara confusa e juntos, começamos a juntas as latas de refrigerante.
- Por que parece bravo ? — pergunta ela segurando uma sacola.
- Não estou bravo.
- Sei. — diz ela desconfiada. – Seus irmãos são legais.
- Tim te achou especialmente legal também. — digo amassando uma lata brutalmente com uma mão. – Merda, ele vai ficar te rondando agora.
- Você se preocupa demais. — diz ela jogando a sacola no lixo. – Tim foi apenas gentil.
- Tim nunca é apenas gentil. — resmungo e vejo a garota se aproximar e levar suas mãos até minha nuca.
Adoro as sardas de Frank.
Porra, só o sorriso no rosto dela já me faz quase gozar nas calças.
- Eu senti sua falta. — diz ela me encarando.
Honestamente, eu mataria por Frank e os enormes olhos verdes que carregava em seu rosto.
- Obrigado. — digo a ela.
- Por que ? — pergunta confusa.
- Ter recebido os dois aqui e por toda a paciência.
- Então Jason Todd está mesmo me agradecendo !? — pergunta provocativa.
- Jason Todd está quase agarrando você. — colo nossas testas. – Posso ?.
- Deve. — diz ela.
Rapidamente colo nossos lábios, eu estava desesperado por eles.
Durante os dias no abrigo, o esforço era máximo, o sono mínimo, dormir dividindo uma parede com Damian era como estar de volta a liga dos assassinos. Em síntese, eu estive na merda e era bom ter o mínimo de luxo de volta.
- Vou ter o direito de dormir com você ou a cama vazia me espera ? — pergunto sorrindo ao nos separarmos.
- Para um vigilante, você é bem sensível. — provoca ela.
- Entenda, meu Romã, eu adoraria gerar um pouquinho de dor para você, e acredite, você ia gostar. — sussurro próximo a sua orelha e noto os pelos de sua nuca arrepiarem-se. – Mas me contento com a cama reserva por agora. — digo me afastando e notando o rosto corado da garota. Era muito bom deixá-la assim.
A inocente e ingênua Frank estava excitada e só de pensar isso, sangue em excesso foi bombeado para meu pau. Sinto muito campeão, ela é boa demais para nós dois.
- Você ganhará o benefício de dormir na minha cama. — diz ela. – Mas com roupas e...vai me levar em tour em Gotham no fim de semana, já que amanhã retorno às aulas.
- Aceito o trato. — digo tirando meus sapatos e me jogando na cama da ruiva.
Vejo a garota tirar as pantufas e deitar-se ao meu lado.
Tomar a iniciativa de abraçá-la e dormir como se fôssemos um casal não estava nos planos. Não éramos um casal, eu não prestava, e só estava aproveitando um tempo de "férias" com Frank. Era apenas isso, um curto tempo de férias do Capuz.
- Boa noite, Jazz. — diz ela e logo molda seu pequeno corpo em meus braços.
Aparentemente, nenhum plano era mantido com Frank, ela apenas tinha seu próprio jeito de lidar com as coisas, eu podia aceitar isso, já que enquanto eu tentava me afastar e fugir dos tentáculos emocionais, Frank estava apenas pronta para fazer com que eu me aproximasse.
Minha mente todo tempo era uma constante lembrança de dor, raiva, confusão e muito barulho.
Dor, de cada memória da dor e tortura que Coringa havia me feito passar. Dor da merda de vida e família em que eu havia crescido.
Raiva, de Gotham, de um dia ter sido Robin, de tanta dor.
Confusão, de minha mente que perdurava confusa, ainda com a intensidade e emoções de um dia ter ido ao poço de Lázaro.
E o barulho que motiva Jason Todd, ser o Capuz Vermelho.
Frank Jones quebrava todas essas barreiras. Com o corpo parecendo um mini croissant, ela afundava-se em meu peito e eu apenas podia sentir sua respiração serena e já adormecida e assim, eu podia sentir um pouco da experiência do silêncio. Silêncio de todo o caos que havia em mim. Silêncio da sede de sangue que me perseguia.
Mas eu sabia de algo muito claramente.
O caos voltaria, eu seria Capuz vermelho, haveria sangue e todo o barulho torturaria minha mente novamente.
E se eu tivesse fé, se acreditasse em um ser divino superior, eu apenas clamaria todas as noites para que Frank saísse disso ilesa. Como não existe salvação em meu mundo, eu garantiria que ela estaria ilesa, e mataria e cortaria em pedaços qualquer um que ousasse toca-lá.
E isso era uma promessa.

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