• vinte e cinco •

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CAPÍTULO VINTE E CINCO
the winner takes it all

— Eu juro, Black, se nos pegarem eu mato você.

— Não vai me matar, quem você iria beijar se eu partisse?

— Sei lá, Remus? Ele é um partidão.

— Ah, cale a boca.

Os dois estavam de joelhos escondidos atrás de um pilar alto da Torre do Relógio, contando os minutos para que as provas dos alunos do quinto ano começassem. Pobres aqueles que tiveram que aturar os dois agindo feito crianças pelo resto da vida, mas naquele instante, provavelmente todos adoraram a situação. Pandora olhou para o chão e sorriu timidamente ao ver que seus tênis brancos combinavam com os de Sirius, poderia ser apenas uma coincidência, mas era melhor saber que ele os comprou por desejar ter algo dela com ele... por mais que fossem simples sapatos. O fato de que ela vestia uma jaqueta preta de couro falso que ficava apenas um pouco larga também demonstrava que ela queria algo dele.

De certa forma, relacionamentos eram sempre trocas... tempo, carinho e até mesmo as roupas que eles usavam.

— Por quê não me conta o que planejou? — ela perguntou.

— Vai ser mais legal se for uma surpresa.

Sirius se virou para ela, os olhos na mesma altura, rostos próximos o suficiente para um beijo que não seria dado e as mãos quase unidas pelo calor que irradiavam. Ele olhou mais uma vez em seu relógio de bolso que possivelmente era uma herança cara de sua família maluca e o guardou, finalmente segurou a mão quente e avermelhada de Pandora, puxando-a para longe e sorriu.

— Vamos! — ele exclamou. — Vai começar.

Eles correram tão rápido que nem repararam quando passaram ao lado de James, que tinha uma cara marota que praticamente estava tatuada em seu rosto jovial, claramente sabendo do plano que Sirius havia montado, ele estava tão animado que praticamente conseguiam ver estrelinhas girando ao redor de sua cabeça.

— Sirius?

O fim do corredor estava tão próximo que eles escorregaram no chão e quase bateram na janela lá disposta, mas Sirius impediu a colisão, segurando Pandora pela cintura e se segurando para não gargalhar. Por uns instantes, ela se perguntou quem mais sabia o que estava acontecendo e suas respostas vieram segundos depois quando Remus passou de fininho ao lado dos dois, enfeitiçando alguma coisa que ela não sabia o que era e sumindo logo em seguida. Morgana também parecia saber o que estava acontecendo, já que foi ela quem puxou James para longe e deu algumas risadinhas.

— Sirius, me diga...

Ele tampou a boca dela, levando uma mordida em sua palma.

— Ai, Pandora! — reclamou.

Ela sabia muito bem que ele estava fazendo aquilo como uma forma de vingança boa depois do que ela fez naquele dia, como se sua linguagem do amor fosse as pegadinhas. Foi no instante que ela começou a ouvir algo que parecia um pavio de dinamite começar a queimar que ela teve certeza que algo estava por vir em segundos, sua teoria foi confirmada quando primeiro jato avermelhado de fogos coloridos apareceu em uma parte do corredor ao lado da porta de uma sala.

Rapidamente muitos desses de várias cores foram surgindo, sempre causando algum barulho alto como uma explosão e aparentemente formando um caminho que levava até a Torre do Relógio. Não demorou muito para que os alunos e professores saíssem de seus lugares para ver o que estava acontecendo, mas o desespero dos mais velhos só foi acometido quando os barulhos ficaram cada vez mais próximos do pêndulo do relógio.

UNTAMED • sirius blackOnde histórias criam vida. Descubra agora