𝑪𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐 𝑽𝒊𝒏𝒕𝒆

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Lorella


EU ARREGALO OS OLHOS, COM A RESPIRAÇÃO PRESA NA GARGANTA E TÃO IMÓVEL QUANTO UMA ESTÁTUA.

— E-eu? — gaguejei, apontando para mim mesma.

— Mas é claro que não sozinha — Darrow informa de imediato, acenando com a mão. — Não vamos permitir que uma fedelha iniciante tome a dianteira em uma caçada tão importante quanto essa.

— Ela é habilidosa — Aelin o contesta. — E tem capacidade o suficiente para realizar a missão.

— Mas não vamos arriscar — Sellene a contradiz, olhando para a Rainha de Terrasen com olhos significativos. — Lorella é importante, e pode ser capaz de encontrar a comandante sozinha. Mas há muitas questões a serem levadas em consideração com a ida solitária dela nessa jornada.

— Além de que eu já deixei claro o meu ponto de vista sobre isso — Manon se introduz na conversa, olhando diretamente para Aelin, do outro lado da mesa. — Você sabe minha opinião sobre isso, Aelin.

— Sim, Manon, você deixou tudo bem claro — Aelin revira os olhos, impaciente. — Mas o fato é que ela vem se saindo muito bem em seus treinos. E não vejo porque não deixar com que ela cuide disso. Ela conseguiu tirar informações do espião pego no meu castelo quando nem mesmo os temíveis guerreiros feéricos conseguiram — Rowan soltou um bufo, Lorcan fulmina Aelin com o olhar e Vaughan solta um barulho irritado pela boca. — Mesmo depois do homem ter sido torturado ele ainda não havia dito sobre a caravana de espiões para os três. E Lorella conseguiu arrancar a informação dele.

— Mesmo assim, eu já lhe disse o que eu acho sobre isso — a Rainha-Bruxa fala de forma impassível, como se apenas sua opinião importasse. Ela se recosta na cadeira e apoia o cotovelo no apoio de braço, erguendo a mão para perto de seu rosto e deslizando uma unha na outra, tirando faíscas do contato de ferro contra ferro.

— E será que poderíamos saber suas preciosas opiniões, Majestade? — com o tom seco e cínico, Darrow lhe pergunta.

Manon olha para ele como se Darrow fosse um corpo velho e decrépito que já não haveria mais sangue para drenar. Como se ele não valesse a pena. Ela encrespa o nariz de forma desdenhosa e acena para ele com as unhas de prata.

— Os meus interesses não são da sua conta, velho — o Lorde fica vermelho de raiva com a reprimida soberba de Manon. — Mas, se quer saber, devem se lembrar de que Lorella também é parte bruxa — os olhos de ouro líquido se fixam em mim. — Contanto, ela tem obrigações a cumprir com a minha espécie.

— Vai ser assim? — Sellene pergunta, abrindo um sorriso mordaz conforme ajeita o xale de pele de coelho sobre os ombros esbeltos. — Caso formos agir assim, teremos que dividi-la entre três Majestades, então. Não se esqueçam que ela nasceu em Wendlyn. Ela pertence à Wendlyn tanto quanto a vocês. Mais, até.

— Lorella é uma bruxa — Manon retruca, afundando as unhas no apoio de braço e rasgando o estofado verde. — Ela faz parte do meu povo para ser reivindicada.

— Do meu também, bruxa — Sellene retruca. — Como vai ser?

Então, uma voz baixa e grave silencia as duas monarcas e qualquer outro que tenta se intrometer quando ele diz:

— Se esquecem de que Lorella está bem aqui, parada e ouvindo todas as merdas que vocês estão dizendo — olho para Fenrys, vendo seu olhar abaixado e focado na superfície da mesa. Aelin pisca e olha para ele. Manon ainda sustenta o olhar com Sellene por mais alguns segundos antes de rosnar e desviar o olhar para sua taça de vinho sobre a mesa. — Ela tem o direito de decidir o que quer fazer.

✓𝑹𝑬𝑪𝑳𝑨𝑰𝑴𝑬𝑹 | (𝘛𝘖𝘎) - FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora