Snowdin

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Harry não sabia o que estava acontecendo tudo era muito confuso. Num instante ele estava se agarrando desesperadamente a Sirius e no outro ele estava caindo, caindo e caindo.

Parecia não ter fim.

Até que ele se espatifou no chão e uma dor lancinante vinha de sua mão se espalhando por todo o seu lado.

Ele estava nervoso, ele estava tenso, ele estava com dor, ele estava com frio. E Sirius... Sirius estava morto.

Ele começou a chorar, chorar como nunca antes tinha feito desda última vez em que seu tio o disse que aberrações esquisitas e anormais não eram permitidas chorar.

E ele chorou mais ainda ao sentir mãos estranhas o tocarem mesmo que tenha sido gentilmente. As mãos começaram a acaricia-lo e uma voz de tom arrastado começou a dizer palavras calmas e carinhosas.

"Shhh pequeno, vai ficar tudo bem agora." A voz continuou a acalma-lo até que seu choro não passasse de fungadas.

Ainda com a respiração trêmula e com dor, Harry abriu os olhos e os piscou para se livrar das lágrimas que estavam embaçado sua visão. Ao olhar para a pessoa que o tinha ajudado Harry percebeu uma primeira coisa.

Não era uma pessoa era... Era um estranho esqueleto de casaco que o olhava com expressão suave, suas mãos de ossos seguravam com uma gentileza firme o seu corpo. A segunda coisa que ele percebeu era que ele não era mais humano é sim um gato.

A terceira coisa era que ele tinha uma pata muito dolorida e tudo parecia gigante.

"Como porra isso aconteceu?!" Tudo o que tinha saído era um miado fraco.

O esqueleto o olhou com seus pontos brilhantes para os olhos com curiosidade e Harry apenas deu um miado impotente, que fez o esqueleto arrulhar para ele e dar uma deliciosa carícia em sua orelha. A carícia em questão o fez revirar os olhos e ronronar.

"Não sei como você veio parar aqui gatinho, mas eu acho que vou ficar com você." Ele disse ainda acariciando sua orelha." Não acho que Papys vá se importar muito."

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Harry descobriu que o lugar frio em que estava se chamava Snowdin, e que era uma cidade habitada totalmente por monstros mágicos feitos da mais pura magia neutra que ele já sentiu.

Como ele chegou a essa conclusão? Sua própria magia zumbiu dentro dele mostrando que seu pensamento estava certo.

Apesar da dificuldade de não estar acostumado a ser um gato, Harry descobriu muito que gostava de viver assim. Ele era mimado e querido, bem alimentado e não tinha que fazer esforço algum e nem pagar por seu sustento por viver na casa dos irmãos esqueletos. E Sans, seu monstro esqueleto baixinho estava sempre lá para ele.

Como quando ele finalmente ficou bom de sua pata que estava realmente quebrada, e ele estava impaciente para explorar e na primeira oportunidade que teve ele foi. O monstro esqueleto apenas seguiu atrás dele o acompanhando e protegendo ele de qualquer coisa em seu caminho.

Ou quando ele teve um pesadelo e Sans o levou para dormir com ele em seu quarto.

E aquela vez em que Sans percebeu que ele estava triste e brincou com ele o dia todo.

Sans... Sans... Sans...

Ele sempre estava lá.

Seu monstro esqueleto baixinho e preguiçoso que se esforçava para deixá-lo feliz.

Que fez tantas coisa que ninguém nunca tinha feito por ele, que o ajudou em sua dor pela morte de Sirius, que o abraçou quando ele teve um pesadelo e que brincou com ele quando ele estava triste.

Ele não quer ir embora, ele não vai embora, ele não quer deixar de ser um gato.

Que os bruxos e o ministério se fodam, ele era feliz aqui como nunca esteve antes.

Essa era sua segunda casa e nada o estava tirando daqui.

Ele iria ficar com Sans e seu gentil irmão gigante para sempre.


Um gatinho. - One Shot.Onde histórias criam vida. Descubra agora