Takemichi Hanagaki não sabia como reagir àquela situação, tudo foi tão rápido. De repente o rapaz que algumas horas havia conhecido estava com o pé no rosto da pessoa que alguns minutos o havia perguntado se o próprio era um delinquente, foi como um flash, os dois estavam um segundo se encarando e inesperadamente o próprio sujeito estar no chão totalmente imóvel.
As pessoas que estavam ao redor dos dois ficaram em silêncio antes que um rapaz de cabeça raspada usando uma máscara preta gritasse:
— Ei! tragam aquele outro cara aqui! — Rapidamente trouxeram um garoto com o rosto todo surrado, seu cabelo era de coloração vermelha puxada para a cor vinho, um pouco de sangue saía do seu nariz e boca. — Ele é da Toman?
— Akkun! — Takemichi falou com espanto.
Antes que mais alguém falasse, Eric foi rápido em puxar o garoto surrado do sujeito de máscara, colocando ele bem ao lado do loiro que ficou mais uma vez impressionado com sua rapidez.
— Coloque ele nas suas costas e corra daqui! — Falou dando um passo à frente, seu rosto mostrando que não deixaria ninguém tocar nos dois garotos. — Vão indo na frente, depois alcanço vocês.
— Certo! Akkun, suba! — O loiro disse com seriedade abaixando para que o outro garoto subisse em suas costas, o que o próprio fez imediatamente sem discussões. — Eric! me desculpe!
— Parem aí, seus putos! — Uma pessoa da multidão exclamou, começou a correr atrás dos garotos, mas logo sendo impedido por um soco que atingiu a lateral de sua cabeça o fazendo desmaiar na hora.
— Oi! vocês sabem que eu ainda estou aqui, né? — O jovem de olhos verdes falou, o mesmo colocou as mãos nos bolsos encarando o rosto de cada um que o olhasse. — Meu deus... nunca vi tanta gente desprovida de cabelo, isso é meio que algum tipo de moda aqui? ou é por outro motivo? sabe... acho que se eu raspasse a cabeça iria ficar parecendo um ovo ou então um botijão de gás.
— De que porra você tá falando, estrangeiro!?
— Cala a boca, cabeça de bola de golfe, eu to falando aqui, respeito por favor. — Disse, sua voz beirando a risos de imaginar a cabeça do rapaz a sua frente como uma bola. — Cheguei faz pouco tempo aqui, e olha no que deu, eu falei para minha tia que não ia arranjar briga, então, que tal a gente ser civilizados e ter uma conversa calma?
Sentindo uma sensação estranha atrás de si, Eric imediatamente virou-se protegendo-se de um golpe que seria transferido em seu rosto. O soco foi forte o empurrando para longe da pessoa que o transferiu, mas o adolescente de dezesseis anos se recuperou rápido, agora olhava para seu agressor. O tal tinha uma estrutura grande, elevando-se acima dos seus companheiros, onde vestia uma camisa preta sob seu uniforme vermelho, seu cabelo escuro é estilizado em um moicano de rabo reto, com uma trança que se estende até a parte interior do pescoço. O jovem de cabelos bagunçados se ajeitou, um sorriso que não mostrava nada por trás.
— Bem, então sem conversar, ok. — Ainda continha o sorriso no rosto, agora calmo enquanto encarava seu oponente. — Mas sabe de uma coisa?
O rosto do jovem mostrava que iria atacar a qualquer momento, então as pessoas ao seu redor se prepararam. A atmosfera está tensa, se fosse possível dava para cortar o ar com uma faca de manteiga, deu um passo à frente, mostrando que estava preparando para o que viesse, ele era forte, foi por isso que acabou se mudando para o Japão, tornou-se forte por seu esforço de todos os dias treinar como um condenado, treinou até sentir seus ossos começarem a rangerem e seus músculos rasgarem, então estava mais que preparando para essa brigar.
— Vamos acabar logo com isso. — Seus olhos mostravam determinação, que até fez um pouco dos outros adolescentes que estavam alí repensar duas vezes que realmente era bom lutar com aquela pessoa. Eric colocou mais um pé à frente, virando-se imensamente ao lado contrário do grupo e começando a correr a toda a velocidade que pôde. — Tá doido, eu que não vou lutar com uma multidão, não. Oh, vamos ser realistas aqui, eu não sou uma máquina de guerra.
— Você se atreve a fugir, estrangeiro!? — Dessa vez foi seu agressor que gritou, Eric apenas olhou para trás enquanto se afastava cada vez mais.
— Mas é claro que sim! Eu posso ser muitas coisas, mas doido não está no meu currículo. — Falou afirmando que não voltaria atrás, o que resultou em uma veia saltar na testa da pessoa que o socou.
— Desgraçado! Voltei aqui! — dito isso, um grupo de dezesseis pessoas começaram a correr atrás do jovem, que cada vez mais acelerava seus passos pela rua.
Por sorte Eric sempre foi muito ágil nas coisas que pretendia fazer, por isso conseguiu ficar longe o suficiente dos seus perseguidores, mas uma hora sabia que acabaria cansando, o que seria pior, pois não iria conseguir defender-se tanto se isso acontecesse. Então, escolheu a única opção que estava em sua cabeça, na primeira esquina que percebeu, entrou na hora, dando de cara com uma parede, sendo assim, um beco sem saída e era tudo o que ele precisava.
— Agora não tem para onde fugir, seu puto! — O grupo aproximou-se tampando a saída, cada um preparando-se para atacar.
— Mas que droga... eu queria estar com minha moto agora. — Comentou, mas não demonstrava nenhum medo sobre o que iria acontecer, parecia que o adolecente estava querendo que aquilo acontecesse mesmo. — Mas vocês estão exatamente onde eu queria.
Antecipadamente Eric transferiu um soco bem no rosto de um sujeito e em seguida um chute em outro, derrubando os dois membros do grupo.
— Ok, já foram dois, falta... Sei lá quantos pintos a gente já viu na vida?
Por um momento o grupo ficou chocado e impressionado, não achavam que aquele estrangeiro fosse tão forte, apesar de ter segurando um golpe do um superior, achavam que foi só por sorte e que seu oponente só sabia dar uns golpes simples demais, mas pelo visto, estavam todos enganados até demais. Contudo isso não impediram de cinco pessoas iriam para cima, ainda assim todos os cinco foram derrubados um por um, com um descomplicado golpe que variava de um chute na lateral da cabeça para um soco bem no meio do rosto.
— Agora faltam... não sei, conta não é meu forte. — Eric cita para si mesmo em voz alta, voltando sua atenção para o resto que ainda encontravam-se plenamente conscientes, diferentes dos setes que estavam desmaiados no chão.
— Mas que droga! esse cara é muito forte! — Diz um membro do grupo virando-se e começando a fugir, o que consequentemente motiva o resto a fazer o mesmo.
— Corram!
— Ele vai nos partir em dois!
Cada pessoa que estava ali correu para fora do beco, deixando o jovem de dezessete anos para trás, o tal, desafetado, colocou as mãos nos bolsos e caminhou imperturbável para fora do beco, sentia-se um pouco derrotado, pois sabia que se sua tia o perguntasse sobre ter se metido em qualquer confronto, não iria conseguir mentir para a mulher e provavelmente seria estrangulado.
— Seria bom agora um sorvete de limão...
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O primo dos Shiba
Fanfiction"- Nossa, você está bem destruído, hein." Aquela voz... ele poderia reconhecer em qualquer lugar, apesar de fazer muito tempo em que a ouvira, talvez fizessem dois ou três anos, mas ele não poderia esquecer aquela voz que tanto o importunava e fazia...