Era quase meia-noite e o primeiro-ministro estava sentado sozinho em seu gabinete, lendo um longo memorando que resvalava pelo seu cérebro sem deixar o menor registro.
Aguardava um telefonema do presidente de um país longínquo e, entre a preocupação se o infeliz irá telefonar e a tentativa de reprimir lembranças do que fora de uma semana difícil longa e cansativa não sobrava muito espaço em sua mente.
Quanto mais tentava focalizar as palavras na página diante, dele tanto ou mais claramente via o rosto triunfante de um dos seus adversários políticos.
O homem aparecerá no telejornal daquele dia não somente para enumerar os terríveis acontecimentos da semana anterior (como se alguém precisasse de lembrete) como também para explicar que a culpa é de cada um deles e de todos, sem exceção, cabia ao governo.
O pulso do primeiro-ministro acelerando só de pensar nestas acusações por que não eram justas nem vida dele como é que o seu governo poderia ter impedido aquela ponte de ruir? era um absurdo insinuarem que não estava gastando o suficiente na conservação de Pontes essa tinha menos de 10 anos e os maiores especialistas não sabiam explicar por que rachar exatamente ao meio projetando dezenas de carros nas profundezas do Rio, e como ousavam sugerir que aqueles dois homicídio bárbaros divulgados com estardalhaço eram consequência de falta de policiamento? Ou que o governo deveria ter previsto o furacão inesperado que ocorrerá no oeste do país e causara tantos prejuízos a pessoas e propriedades? E seria culpa sua que um dos ministros de segundo escalão,Herberto Chorley, se tivesse escolhido logo está semana para agir tão bizarramente que agora iria passar um bom tempo em casa?.
"Uma sensação de perigo se apossou no país", concluíra seu adversário,ocultando a custo um largo sorriso.E, infelizmente era a pura verdade o próprio ministro sentia isso o povo realmente parecia mais infeliz do que de costume até o tempo estava lubugre; toda essa nevoa gélida em pleno verão.... não era certo, não era normal....
Ele virou a segunda página do memorando verificou o quanto ainda faltava e achou que seria inútil se esforçar, espreguiçando-se contemplou pesaroso seu gabinete.
Era uma bela sala com uma elegante lareira de mármore defronte às janelas de guilhotina muito bem fechadas para evitar o frio atípico da estação.
Com um leve arrepio o primeiro-ministro se levantou e foi até a janela e contemplou a névoa fina que colava nos vidros foi então quando ele estava de costas para sala, que ouviu um leve pigarro.
Ele congelou encarando o próprio rosto apavorado refletido na vidraça escura, conhecia aquele pigarro já o ouvirá antes, virou-se muito lentamente e confrontou a sala vazia.
- Alôô! - disse, tentando aparentar mais coragem do que sentia.
Por um breve momento permitiu-se a esperança impossível de que ninguém lhe respondesse mas ouviu imediatamente uma voz seca e decidida que parecia estar lendo um texto pronto vinha - e o primeiro-ministro sobre assim que ouviu o primeiro pigarro - do homenzinho bufonídeo de longa peruca prateada retratado em um pequeno quadro à olha encardido do outro lado da sala
- Para o primeiro-ministro dos trouxas é urgente que nos encontremos favor responder imediatamente atenciosamente fudge - O homem no quadro lançou um olhar de indagação ao primeiro-ministro.
- Éhh - começou o primeiro-ministro -, ouça... não é um bom momento... estou esperando um telefonema, sabe... do presidente do...
- isso pode ser remarcado - respondeu logo o quadro. O primeiro-ministro desanimou. Era o que receava.
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Harry Potter e o enigma do Príncipe
Teen FictionHarry passa as férias de verão na casa de seus tios, mais uma vez. sua mente, no entanto não sossegou um minuto durante todo esse tempo ele ainda tem dificuldade em aceitar a morte do padrinho, Sirius Black, e a terrível caçada do ministério da mag...