A Singular Meaning and Reason

O Terceiro Céu

– Sua educação é impressionante – Disse Mary.

– Mary… sua voz…!

– Não se preocupe, pois já vamos começar.

– Começar o que?

Foi algo tão repentino que fez a cabeça de Ishiya começar a girar.

– Hehehe, nosso vínculo foi fortalecido e você ganhou uma habilidade nova.

– Perdão, mas ainda não consigo entender…

– Não precisa entender.

Ishiya ficou mais confuso ainda.

– Você está preparado?

– Para o que?

– Para se aprofundar na história da sua Rhast – Mary estava sorrindo.

Ishiya começou a pensar em várias coisas, ele já não sabia o que fazer, como sempre. Depois de um tempo ele teve sua resposta.

– Eu acho que sim – Disse Ishiya nervoso.

– Finalmente disse algo – Disse Mary se levantando.

A garota estalou os dedos mas parecia que nada havia acontecido, porém Ishiya sentiu sua alma saindo e voltando do seu corpo, foi uma sensação horrível.

– Argh! – O garoto caiu de joelhos no chão.

– Perdão, é a primeira vez que você vem aqui, mas você vai ter que se acostumar.

– Tu-tudo bem… (cough)

– Você está bem?

– Sim… Não se preocupe... – Disse Ishiya enquanto se levantava.

Ao se levantar ele percebeu que não estava mais no seu quarto que ficava na casa dos Abe, e sim num quarto dentro de um castelo.

Ele começou a observar ao redor do quarto, até mesmo no teto, porém não tinha muita coisa além de uma cama, um guarda-roupa e uma penteadeira.

Mary estava sentada na cama de novo. Ishiya decidiu se aproximar.

– Esse é o meu antigo quarto – Disse Mary.

Ishiya ativou seu modo cavalheiro apesar da situação difícil.

– Oh… É bem bonito… dá uma sensação boa estar aqui!

Mary deu uma pequena risadinha. Ishiya se lembrou que ela costumava dar essa mesma risadinha quando começaram a se conhecer. Ouvir essa risada de novo aqueceu seu coração.

– Ainda está de noite como pode ver… Apesar de que isso é próximo de um sonho – Disse Mary.

– E onde é que nós realmente estamos?

– Em uma outra realidade, apesar de que essa é bem tranquila.

– Oh…!

– Vem! Vamos sair daqui! – Disse Mary puxando Ishiya pelo braço.

Aquilo deixou o garoto surpreso, ele nunca imaginou que Mary poderia tocá-lo.

Ao sair do quarto ele foi surpreendido com uma quantidade imensa de corredores. As paredes eram brancas e um pouco acinzentadas, o chão da mesma cor. Era tão límpido que podia ver seu próprio reflexo. De certa forma aquele era um lugar luxuoso.

– Isso é um verdadeiro palácio… – Disse Ishiya.

– Sim, esse é o palácio onde o rei morava com sua esposa, a Rainha Misileia.