Capítulo quatro

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Clara:

—Eu acho que já vi ele de algum lugar, o que você acha Dori?

A gatinha me responde com um miado enquanto come sua ração

Me sento no sofá suspirando

—Amanhã eu começo a faculdade, e o meu trabalho de meio período –olho para a gatinha que me olha e mia de novo me fazendo rir —Eu prometo vir aqui colocar comida pra você no meu horário de almoço... até eu achar seu verdadeiro dono

A verdade era que eu nem tava procurando o dono dela, só estava esperando alguém a procurar. Eu acabei gostando da companhia dela
Então passo o resto do domingo sentada no sofá assistindo um programa de variedades e pensando de onde eu conhecia aquele garoto de mais cedo no parque.

Na manhã seguinte, depois de me arrumar e colocar ração para Dori me despedindo em seguida, saio do meu apartamento trancando a porta e vejo Minji no corredor conversando com a senhora Kim. Logo elas se despedem e Minji vêm falar comigo.

—Bom dia! Animada para o primeiro dia?

—Bom dia... Eu tô nervosa –dou um sorriso

—Vai dar tudo certo, relaxa –ela me conforta —Aliás a senhora Kim tava falando que um dos gatinhos do Minho fugiu... ela tá se sentindo culpada, faz uma semana –fala triste

—O gato do vizinho do lado?– aponto para a porta

—Sim, por que?

—Nada... Ele deve tá bem triste. –respondo apreensiva

—Sim, mas espero que ele encontre logo! –diz positiva e nesse momento Hyeon sai de seu apartamento —Já vou, a gente se vê de tarde –ela acena antes de sair e Hyeon também acena para mim.

Suspiro e olho para a porta ao lado da minha, então o dono da Dori tá bem ao meu lado.

Vou para meu primeiro dia de trabalho no pet shop, me deram as instruções do que fazer e eu achei bem tranquilo. Próximo do fim do meu turno entra um cliente e eu não acredito quando o vi.

—Bom dia... –ele me encara e pende a cabeça um pouco para o lado —Engraçado ver a garota que roubou meu gato trabalhando em um pet shop

—Eu não roubei ela... –suspiro, não podia discutir com um cliente —Bom dia senhor, posso te ajudar? – continuo tentando parecer simpática

—Vim comprar ração para os meus três gatos, ou melhor... –ele para de falar, pensativo —Dois gatos porque alguém roubou um de mim –sorri cínico indo pegar a ração e eu reviro os olhos. Ele quer me provocar?

Quando veio pagar no caixa ele continua me encarando, até que quando ele paga eu resolvo o questionar:

—Tem algum problema? –pergunto

—Você é a garota da cafeteria? A que perdeu pra mim?

Penso um pouco, até que eu me lembro dele. Era de lá que eu o conhecia, o encaro surpresa

—Sabia que te conhecia de algum lugar! –digo

—Eu sou bom em lembrar de rostos –ele sorri, parece até amigável —Aliás, não me apresentei para a dona temporária da minha gatinha, eu sou... –e antes dele terminar minha colega chega

—Agora você já pode ir, não tá atrasada? –eu olho para o relógio e me assusto com o horário. O garoto também se despede e vai embora

Vou correndo para casa só para comer alguma coisa e trocar de roupa, aproveito para fazer carinho em Dori e já vou para a faculdade.

Durante o dia eu penso na possibilidade de aquele garoto estar falando a verdade, mas prefiro encontrar pessoalmente com o tal vizinho e entregar Dori, mesmo contra minha vontade mas não posso ficar com ela sabendo de quem é.

Então, quando cheguei em casa, peguei Dori e bati na porta do tal vizinho algumas vezes, um tanto apreensiva. Porém ninguém atendeu

Suspiro e olho para a gatinha no meu colo

—Parece que ele não está, vamos tentar amanhã –e a levo de volta comigo.

No ritmo das batidas- (Lee Know)Onde histórias criam vida. Descubra agora