cinquenta e dois.

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Maraisa POV

Estava atrás do balcão quando Luísa chegou, acompanhada por Lauana e se sentaram na mesa onde já estavam Maiara e Gustavo.

Luísa: moça bonita - chamou a minha atenção - traz o habitual - sorriu e piscou para mim

Levei tudo até à mesa deles e segui a trabalhar, entrei na cozinha e preparei alguns pedidos. Quando sai, pude ver Marília sentada com os 4 na mesa, e ainda não estava servida.

Maraisa: boa noite, o que vai desejar? - aproximei-me da mesa e falei para Marília

Marília: pode ser uma cerveja, embora não fosse isso que eu quisesse neste momento - senti o seu olhar sobre mim, e a minha pele queimava

Luísa e Maiara riram da frase de Marília e eu saí com uma postura indiferente de perto da mesa. Voltei passado alguns minutos, com o pedido dela e coloquei à sua frente.

Maraisa: se precisarem de alguma coisa é só chamar - sorri e sai dali

Voltei a meia, Luísa chamava-me à mesa o que me forçava a estar perto de Marília, e tive a impressão de que Luísa fazia de propósito para haver essa proximidade.

Marília POV

Maraisa estava linda e sexy, como sempre. Depois de algumas horas, Luísa e Lauana foram embora, despedindo-se da minha morena. Maiara e Gustavo estavam comigo, mas eu decidi esperar por Maraisa na rua. Avisei o casal das minhas intenções naquela noite e que estaria lá fora. Eles ficaram no bar, e esperaram pela morena.

Algumas horas depois, vi-os sair do bar e sai do carro.

Maraisa: o que estás a fazer aqui? - disse assim que me viu aproximar

Marília: eu preciso de falar contigo Maraisa, não aguento mais - falei aproximando-me dela

Maraisa: eu não tenho nada a falar consigo, doutora. A senhora é apenas minha patroa - falou dura e seca

Marília: não, não sou e as duas sabemos disso - segurei o braço dela, enquanto ela se tentava afastar - Maraisa, eu preciso de falar contigo

Maraisa: Marília, eu não posso magoar-me mais por uma situação que eu não controlo - cada palavra era um tapa na minha cara - eu não te vou forçar a assumir nada, não sou esse género de pessoa, mas também tenho de me proteger a mi...

Puxei-a para um beijo, segurei a sua cintura e a sua nuca, tomando os seus lábios com urgência e saudade. A morena tentou afastar-se, mas não deixei, até que ela se rendeu e pousou as mãos em volta do meu pescoço.

Senti Maiara e Gustavo afastarem-se e eu só não queria largar Maraisa. Paramos o beijo por falta de fôlego, mas continuei a segurar a sua cintura, mantendo o seu corpo quente contra o meu.

Maraisa: isto não está certo Marilia, amanhã eu vou voltar a magoar-me e não quero - tentou afastar-se novamente e eu não deixei

Marília: entra comigo no carro, vamos conversar - pedi manhosa - está frio

A morena concordou e entramos no carro, ficamos caladas durante algum tempo, até que ela se cansou e tentou sair.

Marília: espera... - falei finalmente - tens razão em estar magoada, tens razão em estar triste e desiludida comigo

Maraisa: Marilia, eu não vou forçar-te a assumir nada perante o mundo ou a tua família, nunca faria isso. Mas entende que ser tratada, num dia, com carinho e no dia seguinte agir como se fosse só uma funcionária me magoa - falou alto e senti que estava a deitar para fora o que a magoava - bolas, Marília, eu sou o quê para ti? Um brinquedo? Não aceito sê-lo. Eu não aceito que brinquem com os meus sentimentos. Se tu não respeitas o que eu sinto...

IntençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora