S E R E N A F E R R E R
A real é que eu não consegui dormir.
Mesmo depois de me divertir muito com a Nat, assistirmos filmes adolescentes que ela disse serem essenciais para minha formação social, mas não literalmente, pedirmos comida chinesa e ela me ensinar alguns truques básicos e essenciais de maquiagem, a espiã ruiva capotou.
Eu passei a noite arrumando o quarto, jogando as coisas no lixo e tirando a maquiagem. Para depois de me deitar no escuro, não parar de pensar em Steve.
Eu me sinto com uma visão estranhamente diferente sobre o Capitão. Pensar que está aqui na Torre me causa alguns tipos de frio no estômago, e me sinto com uma inexplicável vontade de passar mais tempo com ele.
Talvez não literalmente com ele. Me sinto nervosa e sem jeito na frente de Steve, ele me deixa ruborizada e nervosa, mas pelo menos vê-lo.
Olho para o despertador no tablet, na mesinha de canto da cama e suspiro vendo ser quase seis da manhã. Viro meu rosto para Natasha com o rosto quase todo coberto pelo travesseiro, para logo me sentar na cama, e ver que ela nem se mexe.
Acho que Nat não deve ter muito tempo para dormir em paz como hoje, só acho.
Levanto o edredom e ponho os pés no chão, já ia metendo meus dedos dos pés por meus chinelos confortáveis, mas eles fazem muito barulho, então decido ficar descalça.
Caminho pelo quarto vendo o céu levemente claro, agarro uma liga e prendo o cabelo em uma trança lateral. A corda trançada de fios negros chega a acabar passando de meus seios.
Vou para minha porta e abro no maior silêncio que consigo. Fecho no corredor e caminho vendo todas as luzes dos quartos apagadas pelas brechas do chão. Chego na sala com poucas luzes acesas, aprecio um pouco a sala da cobertura vazia sob a penumbra do alvorecer, mas não permaneço aqui, apenas atravesso para o corredor leste, pegando a porta das escadas.
Eu acho que um treino de magia vai me fazer bem, e talvez eu me canse e consiga dormir pelo resto do dia, pelo menos.
No andar abaixo da cobertura eu pego o elevador de serviço, e me concentrando muito para não ter pensamentos intrusivos de ser praticamente a única pessoa acordada em todo o prédio, consigo chegar no andar de treino.
Me dirijo para a sala do fundo, a sala de treino de combate de Bucky.
O espaço está arrumado e eu acendo as luzes, o ringue está vazio, as armas arrumadas e os bonecos de treino enfileirados com perfeição. Decido ir direto para uma sala integrada, a essa, onde treinamos simulação de ataque.
É todo um sistema tecnológico holográficos que cria situações de ataque e padrões de treino que podemos personalizar. É sempre a parte que eu mais gosto, mas Barnes como um grande estraga prazer nunca me traz aqui.
Ligo o sistema da sala e logo todo o ambiente acende. Me posiciono no meio do palanque do jogador, porque é como um jogo, e ao fim da contagem regressiva, surgem inimigos holográficos me cercando.
Balanço meu corpo para a relaxar e estendo as mãos, vendo a magia tomar meus dedos e minha palma, eu sorrio. A imagem dos inimigos me irrita, são holografias amarelas em forma de homem, que tem olhos mal encarados e sorrisos de deboche.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Serena: A Nova Bruxa dos Vingadores
Hayran KurguEm uma missão de reconhecimento local, os Vingadores acabam achando uma tumba nas profundezas do Iraque, uma catacumba escondendo um tesouro. Uma mulher, presa em sono profundo por milênios. Agora, em posse de uma relíquia e segredo global, nossos...