Dangerous Love - Chaennie

11~Obssessões perigosas - Jennie (POV)

Ouvia pelo pequeno rádio preso no meu ombro sobre tudo que acontecia, um dos agentes me chamou quando eu entrei no 6° andar, andei lentamente no corredor enquanto outros agentes passavam na minha frente e invadiam o apartamento que ocorreu outro crime junto com o do térreo.

- Detetive, Kim, tentamos investigar em volta do prédio e achamos uma das suspeitas no térreo que tentava fugir, parecia ser Rosé, havia um carro que esperava ela na rua contrária atrás do prédio, atiramos contra esse carro, corremos até lá mas ele arrancou em uma velocidade absurda, só vimos uma marca de sangue no chão, ela se feriu na investida de tiros só não sabemos com que gravidade!-Disse o agente enquanto eu parava suspirando fundo baixando o olhar pensando em como deve estar Rosé e se ela se feriu gravemente, Sujin me chamou até o quarto para verificar as pistas coletadas, fui até lá e olhei a cena do crime por uns segundos.
- Alguma novidade, Jennie?-Perguntou Sujin.
- Um dos agentes que fez as inspeções no térreo acabou de falar que talvez eles tenham conseguido ferir uma delas que fugia e pelos traços parecia ser Rosé, eles encontraram respingos de sangue no chão onde ela tinha corrido para entrar em um carro que a buscou no mesmo momento...-Falei olhando as amostras coletadas.
- Não está aliviada com isso? Com uma delas ferida vai demorar para aparecerem por aí fazendo mais crimes e vamos ter tempo para investiga-las e acha-las mais facilmente!-Disse Sujin e eu a olhei fria.
- Aliviada por alguém estar ferida por aí? Nossa função é prender alguém por um crime, não ficar deixando a sorte tratar dessas pessoas...-Senti o olhar de Dongwook reparando o que eu falava de longe.
- Você que é tão direta com gente assim agora está tendo compaixão? Elas não pensam quando querem matar alguém, Jennie, são perigosas, não vão parar para olhar em nossa cara e se entregarem!-Disse Sujin.
- Não, Sujin só acho estranho me sentir aliviada por alguém que você julga ser ruim se ferir, sou da lei mas não de ferro, usamos armas para reagir mas somos a lei para prender e punir, nem sempre um criminoso é como imaginamos, somos a ponte para ele se perder de vez e morrer quando ele pensa ser maior do que ele mesmo e uma autoridade não dando nenhuma chance para si de mudança ou simplesmente serem presos e aceitar que eles não são maiores que a lei e que pagando seus crimes com nossa punição correta!-Falei enquanto Sujin ficava uns segundos me olhando, conversei com os peritos e os liberei logo em seguida, Dongwook ficava me reparando, passei perto dele e ajeitava meu cabelos com uma mão.
- Qual a causa de me olhar tanto assim?-Perguntei a Dongwook.
- Nada... Só estou te achando tensa, parece que hoje está com a paciência estourada e isso é tão raro ver em você que estranhei, nada mais...-Respondeu ele me olhando.
- Não estou, aliais, preciso saber como que você recebeu uma ligação anônima para virmos até aqui nesse horário, pedi que verificassem quando estávamos vindo para cá, não há esse registro de ligação para o departamento!-Falei em tom desconfiado para Dongwook.
- Eu recebi no meu celular, não duvido que seja alguém ligado a elas querendo vingar-se e descobriu nossos contatos não acha?-Disse ele enquanto eu o encarava séria sem acreditar na versão que ele me falou porém fiquei pensativa e tentei responder normalmente como se eu tivesse concordando para verificar tudo que ele me falou friamente no próximo momento.
- Pode ser, só sei que minha cabeça precisa relaxar por hoje, Dongwook! Foram dois homicídios de uma só vez...-Falei e acompanhei um dos peritos até o térreo.

Depois de uma revisão em ambos os casos, aguardamos a retirada dos corpos e pedimos que os funcionários aceitassem depor assim que fossemos convocando-os com passar dos dias, reparei de forma discreta Dongwook desde o dia da tal ligação anônima, nada me tirava da cabeça que tinha algo errado nisso tudo, no mesmo tempo não tirava a Rosé da cabeça preocupada ainda com ela mas não tinha contato algum para poder me comunicar, trabalhei bastante até o fim do meu expediente, saí exausta e fui para casa descansar. Ao menos uns 5 dias se passaram sem saber nada da Rosé, eu descansava mal, achava que ela podia aparecer em qualquer lugar para falar comigo, mas não aparecia, quando se completou uma semana dessa aflição, saí do meu expediente e fui em um restaurante próximo, pedi uns pratos diferentes para a viagem, minutos depois enquanto eu aguardava, um dos garçons me entregou uma rosa vermelha e apontou para uma mesa no canto do restaurante atrás de mim, peguei a rosa e senti o aroma me levantando e olhando para a mesa que o garçom me mostrou, era Rosé, estava com boné que prendia seus cabelos e ela os jogou sobre um ombro, vestia uma jaqueta preta que cobria a blusa cinza clara por baixo, calça jeans cinza escura, ela acenou para mim e fui até ela.