setenta.

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Maraisa POV

[alguns dias depois]

Como estava dedicada à escrita, passava mais tempo em casa. Estávamos à procura de escola para os meninos, Maria tinha 6 anos e ia entrar na escolinha, já Gabriel ia para a creche.

Estávamos os 4 no carro, conduzido por Marília, a caminho de casa de Maiara.

Maria: vocês acham que eles vão gostar de nós? - perguntou do banco de trás

Maria já tinha conhecido Maiara, mas não tinha conhecido os gémeos, nem Gustavo.

Maraisa: eles vão gostar de vocês, claro que sim - sorri

Entramos em casa da minha irmã, e os gémeos esticaram-se na nossa direção. Peguei em Miguel, e Marília em Davi.

Maraisa: este é o Miguel, e aquele é o Davi - falei - são filhos da Maiara, e do Gustavo - apontei para o meu cunhado

Maria: eles são muito bonitos - falou dando um beijo em cada um - e também são gémeos - sorriu - como tu, mã... Mara - sorriu atrapalhada

Íamos jantar com eles, mas ainda era cedo, então sentámo-nos no sofá, enquanto as crianças brincavam. Gabriel tinha praticamente a mesma idade dos gémeos, e Maria tomava conta deles.

Maiara: vocês estão felizes? - perguntou

Maraisa: estamos - sorri - não foi de forma nenhuma planeada, mas eles precisam de alguém que tome conta deles, não têm culpa da maldade do mundo

Marília: e encontraram a melhor mãe que podia aparecer - sorriu na minha direção e beijou-me

Maiara: tanto amor - sorriu - eu fico feliz por vocês

Maraisa: daqui a 2 dias sai a decisão do tribunal - sorri fraco

Marília: vai correr tudo bem, amor - beijou-me a testa

Passamos mais algumas horas com eles, e Maria parecia sangue da Maiara. Falavam imenso as duas, e entendiam-se muito bem. Dava até piada de ver. Gabriel já dormia quando saímos do apartamento deles.

[2 dias depois]

Marília: calma amor, respira - abraçou-me

Maraisa: estou nervosa

Luísa: eita furacão, tem calma - falou enquanto se aproximava - vai correr tudo bem, eles vão ficar convosco

Marília: estás a ver? - olhou na minha direção - vai correr tudo bem

Entramos na sala e ouvimos o que o juíz tinha a dizer. Maria e Gabriel eram oficialmente nossos filhos.

Não cabia em mim de felicidade. Saímos do tribunal e fomos buscar os meninos à escola, só queríamos estar com eles.

Maria: está tudo bem? Vieram cedo - falou confusa quando nos viu

Marília: temos uma novidade para te dar, pequena

Maria: é do tribunal? Eu não quero voltar para casa dos avós, não quero - falou quase a chorar

Maraisa: não vais, querida - sorri - tu e o Gabriel vão ficar connosco

Maria: isso quer dizer que posso chamar vocês de mães? - falou feliz

Maraisa: se é isso que sentes que somos, podes sim, meu amor

Maria abraçou-nos às duas. Estávamos felizes e sentia que nada podia acabar com isso.

[1 ano depois]

Estava a ultimar o lançamento de um novo livro, este seria o meu terceiro livro. Os dois anteriores tinham sido um sucesso de vendas, com várias edições cada um.

Estava feliz com Maria e Gabriel, mas a minha relação com Marília estava um pouco fria e distante. As suas ausências eram constantes, chegar a casa tarde e coisas do género.

Numa noite em que sai com as crianças a casa de Maiara, e avisei Marília de que chegaria tarde com eles, mas como Gabriel adoeceu, voltei mais cedo. Estranhei por ver o carro de Marília na garagem, mas estacionei o meu e subi até casa.

Quando entrei em casa não queria acreditar do que estava a ver e ouvir.

Nessa mesma noite saí de casa com os meus filhos. Não fazia intenção de olhar novamente para a cara de Marília Mendonça!

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Fim!

Comecei a escrever a 2ª temporada. Querem que publique?

IntençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora