Desço vestido e encontro Maiana esperando. Ela olha em minha direção e parece incomodada. Realmente foi sem querer, mas não que eu não quisesse, apenas foi em um lugar inapropriado.
- Vamos? - ela pergunta e assinto.
- Parece incomodada? - ela nega e sorrio. Caminho para o sofá e me sento. - Pergunta. - ela me olha de relance.
- Não tenho nada para perguntar. - ela diz com altivez e sai da casa. Sorrio. "Quem diria que ela seria tão inexperiente nesse assunto..." Olho para meu colo e o simples fato de saber que gozei na roupa dela me deixa meio fora. Me levanto e caminho para a porta.
- Me sinto um pervertido... - saio e olho para minhas calças e a marcação dela. Acabo me sentindo muito mal. "Céus... Vou me transformar em um maluco em breve... "
Tento não pensar muito e alço vôo em direção ao castelo. Acabo ficando de guarda nas celas e com a companhia de Yven.
- Podia ir jantar lá em casa com Maiana... - ele diz escorado em uma das celas, hoje ele é o responsável dos interrogatórios. Nego.
- Acho melhor não. - ele assente e suspira.
- Como está a convivência com ela? - ele pergunta e dou de ombros.
- Maiana não sabe como manter um tipo de relação íntima, tem medo de sexo. - Yven me olha em choque e rio. - Tive a mesma reação. - digo. - Logo ela tendo esse tipo de problema. - digo e ele parece inquieto.
- E como vão ficar as coisas entre vocês? - ele pergunta.
- Estou tentando ajudar ela, em troca está sendo uma tortura, creio que em menos de uma semana, estarei sendo uma péssima companhia. - Yven assente.
- Obrigado por avisar, assim fico ciente do quão ruim será. - sorrio.
- Levo ela a casa de vocês quando ensinar algo básico a Maiana sobre mentir.
- Faruk sabe? - nego.
- Se contarmos que é uma mentira, Faruk vai ficar irritado e como Maiana me tirou de lá praticamente fazendo ele ficar sem palavras, é melhor aguentar por enquanto. - digo e encaro Yven. - Quando eu ficar instável, não me dedure, apenas aguente. - digo.
- Vai viver assim agora? - nego.
- Maiana é um ser místico, então ela sabe o que quero e sabe que vou acabar saindo do controle, para evitar isso, vou propor algo a ela. - digo. - Aliás, se eu começar a passar dos limites, ela está em minha casa e acabarei sendo instintivo e fazendo merda. - ele assente.
- Espero que evite qualquer problema. - assinto. "Também espero."
O dia chega ao final e saio do calabouço, sigo para a sala de jantar e faço minha refeição noturna. Saio do castelo como de costume e alço vôo, acabo chegando em casa e entro. Acabo vendo Maiana apenas com um vestido longo que transparece seu corpo. Engulo seco. Ela está sentada no sofá e olha em minha direção se colocando de pé. Fecho os olhos e meu sangue parece correr diretamente para meu pau.
- Eu limpei a casa depois que cheguei, tomei um banho e estava te esperando, tenho uma dúvid...
- Maiana... - digo com calma.
- Sim? - ela pergunta.
- Só posso abrir os olhos quando sua roupa não me der visão do seu corpo nu. - digo e me isso me irrita. "Paciência..."
- Ó... Desculpe... Eu uso para dormir. - ela se justifica. - Vou trocar. - olho para baixo e abro os olhos. Encaro minhas botas e me sinto extremamente frustado. Entro fechando a porta e olho para cima, ela não está mais diante dos meus olhos. A casa realmente parece mais clara e arejada. Maiana sai do banheiro do andar debaixo com um macacão de couro e parece abatida. - Sinto muito. - ela diz e franzo o cenho.
- Algo te incomoda? - ela assente. Ela me olha com sinceridade.
- Eu estou te incomodando, não é? - meu coração aperta. Suspiro.
- Está. - ela assente e seu rosto se torna uma incógnita como sempre é quando ela não quer demostrar emoção.
- Ficarei fora por mais tempo e virei apenas para dormir. - ela diz e fecho as mãos em punho, relaxo as asas e olho para ela caminhando em direção ao sofá.
- Era essa a pergunta que tinha? - ela nega.
- Ia perguntar se você já fez sexo antes e se o ser místico que você estava sentiu dor... - ela diz e olho para seus cabelos soltos, algumas partes estão úmidas e ela deve ter lavado recentemente.
- Tem curiosidade para tocar? Não é como se fosse ferro, é macio. - ela olha em minha direção e nega.
- Ainda não me sinto confiante. - sorrio. Ela olha para o sofá e parece mais frágil do que de costume. "Então é assim que se parece a Maiana fria e cheia de si?"
- O sofá não é desconfortável? - pergunto e ela assente.
- Bastante, mas não vamos dividir a cama, da última vez que dividimos a cama, acordei confusa e toques me deixam nervosa, não gosto que me toquem. - assinto. "Porque não desejou ser tocada ainda..." É compreensível para alguém que não recebeu nenhum tipo de carinho.
- Vou subir, ok? Vou tomar meu banho. - digo. - Qualquer coisa, apenas me chame. - ela assente e me olha com o olhar distante que conheço. Sorrio. Me viro e subo as escadas, preparo meu banho e fico algum tempo, até querer sair realmente. Me seco e visto um moletom como de costume. Me deito e adormeço.
***
Acordo com passos sutis e me sento na cama. Olho para Maiana. "Ela é como um despertador ambulante!" Me deito novamente e ela continua caminhando praticamente sem fazer barulho, sei exatamente quando ela sai do quarto e encaro o teto. Bocejo. "Ela acorda bem mais cedo! Será que é porque demora a se arrumar?"
Acabo levantando e preparo meu banho. Passo com os baldes de água em frente a porta do banheiro debaixo e sei que ela deve estar lá. Subo e tomo meu banho e visto a roupa da guarda. Desço as escadas e encontro Maiana sentada no sofá calçando as botas. Termino de descer as escadas e me jogo no sofá ao lado dela.
- Espero não gozar em suas roupas novamente. - digo e ela me olha de canto.
- Também espero. - ela diz. - Por que não libera o que tem agora? - arqueio a sobrancelha.
- Você teria que me ajudar. - digo e me sinto animado. Ela me olha sem entender.
- Não vou sujar minhas roupas. - ela diz e assinto.
- Então vamos ver como vai ser hoje. - brinco e ela suspira e me encara.
- Vou trocar de roupas e te ajudar. - "O QUÊ!?"
- O-o q-que dis-sse? - ela sai e acabo ficando boquiaberto e emocionado demais. Apoio a mão em meu colo e aperto. "Quieto!"
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LION - Saga Pearl - Livro XII
FantasyEstranhamente, algumas coisas saem do nosso controle, mesmo quando não queremos que saia. Me curvo em reverência aos guardiões e cerro os dentes. Aperto as mãos em punho e me mantenho de joelhos e em reverência. - Sabe que será punido? O que fez f...