Capítulo 34

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Desço vestido e encontro Maiana esperando. Ela olha em minha direção e parece incomodada. Realmente foi sem querer, mas não que eu não quisesse, apenas foi em um lugar inapropriado.

- Vamos? - ela pergunta e assinto.

- Parece incomodada? - ela nega e sorrio. Caminho para o sofá e me sento. - Pergunta. - ela me olha de relance.

- Não tenho nada para perguntar. - ela diz com altivez e sai da casa. Sorrio. "Quem diria que ela seria tão inexperiente nesse assunto..." Olho para meu colo e o simples fato de saber que gozei na roupa dela me deixa meio fora. Me levanto e caminho para a porta.

- Me sinto um pervertido... - saio e olho para minhas calças e a marcação dela. Acabo me sentindo muito mal. "Céus... Vou me transformar em um maluco em breve... "

Tento não pensar muito e alço vôo em direção ao castelo. Acabo ficando de guarda nas celas e com a companhia de Yven.

- Podia ir jantar lá em casa com Maiana... - ele diz escorado em uma das celas, hoje ele é o responsável dos interrogatórios. Nego.

- Acho melhor não. - ele assente e suspira.

- Como está a convivência com ela? - ele pergunta e dou de ombros.

- Maiana não sabe como manter um tipo de relação íntima, tem medo de sexo. - Yven me olha em choque e rio. - Tive a mesma reação. - digo. - Logo ela tendo esse tipo de problema. - digo e ele parece inquieto.

- E como vão ficar as coisas entre vocês? - ele pergunta.

- Estou tentando ajudar ela, em troca está sendo uma tortura, creio que em menos de uma semana, estarei sendo uma péssima companhia. - Yven assente.

- Obrigado por avisar, assim fico ciente do quão ruim será. - sorrio.

- Levo ela a casa de vocês quando ensinar algo básico a Maiana sobre mentir.

- Faruk sabe? - nego.

- Se contarmos que é uma mentira, Faruk vai ficar irritado e como Maiana me tirou de lá praticamente fazendo ele ficar sem palavras, é melhor aguentar por enquanto. - digo e encaro Yven. - Quando eu ficar instável, não me dedure, apenas aguente. - digo.

- Vai viver assim agora? - nego.

- Maiana é um ser místico, então ela sabe o que quero e sabe que vou acabar saindo do controle, para evitar isso, vou propor algo a ela. - digo. - Aliás, se eu começar a passar dos limites, ela está em minha casa e acabarei sendo instintivo e fazendo merda. - ele assente.

- Espero que evite qualquer problema. - assinto. "Também espero."

O dia chega ao final e saio do calabouço, sigo para a sala de jantar e faço minha refeição noturna. Saio do castelo como de costume e alço vôo, acabo chegando em casa e entro. Acabo vendo Maiana apenas com um vestido longo que transparece seu corpo. Engulo seco. Ela está sentada no sofá e olha em minha direção se colocando de pé. Fecho os olhos e meu sangue parece correr diretamente para meu pau.

- Eu limpei a casa depois que cheguei, tomei um banho e estava te esperando, tenho uma dúvid...

- Maiana... - digo com calma.

- Sim? - ela pergunta.

- Só posso abrir os olhos quando sua roupa não me der visão do seu corpo nu. - digo e me isso me irrita. "Paciência..."

- Ó... Desculpe... Eu uso para dormir. - ela se justifica. - Vou trocar. - olho para baixo e abro os olhos. Encaro minhas botas e me sinto extremamente frustado. Entro fechando a porta e olho para cima, ela não está mais diante dos meus olhos. A casa realmente parece mais clara e arejada. Maiana sai do banheiro do andar debaixo com um macacão de couro e parece abatida. - Sinto muito. - ela diz e franzo o cenho.

- Algo te incomoda? - ela assente. Ela me olha com sinceridade.

- Eu estou te incomodando, não é? - meu coração aperta. Suspiro.

- Está. - ela assente e seu rosto se torna uma incógnita como sempre é quando ela não quer demostrar emoção.

- Ficarei fora por mais tempo e virei apenas para dormir. - ela diz e fecho as mãos em punho, relaxo as asas e olho para ela caminhando em direção ao sofá.

- Era essa a pergunta que tinha? - ela nega.

- Ia perguntar se você já fez sexo antes e se o ser místico que você estava sentiu dor... - ela diz e olho para seus cabelos soltos, algumas partes estão úmidas e ela deve ter lavado recentemente.

- Tem curiosidade para tocar? Não é como se fosse ferro, é macio. - ela olha em minha direção e nega.

- Ainda não me sinto confiante. - sorrio. Ela olha para o sofá e parece mais frágil do que de costume. "Então é assim que se parece a Maiana fria e cheia de si?"

- O sofá não é desconfortável? - pergunto e ela assente.

- Bastante, mas não vamos dividir a cama, da última vez que dividimos a cama, acordei confusa e toques me deixam nervosa, não gosto que me toquem. - assinto. "Porque não desejou ser tocada ainda..." É compreensível para alguém que não recebeu nenhum tipo de carinho.

- Vou subir, ok? Vou tomar meu banho. - digo. - Qualquer coisa, apenas me chame.  - ela assente e me olha com o olhar distante que conheço. Sorrio. Me viro e subo as escadas, preparo meu banho e fico algum tempo, até querer sair realmente. Me seco e visto um moletom como de costume.  Me deito e adormeço.

***

Acordo com passos sutis e me sento na cama. Olho para Maiana. "Ela é como um despertador ambulante!" Me deito novamente e ela continua caminhando praticamente sem fazer barulho, sei exatamente quando ela sai do quarto e encaro o teto. Bocejo. "Ela acorda bem mais cedo! Será que é porque demora a se arrumar?"

Acabo levantando e preparo meu banho. Passo com os baldes de água em frente a porta do banheiro debaixo e sei que ela deve estar lá. Subo e tomo meu banho e visto a roupa da guarda. Desço as escadas e encontro Maiana sentada no sofá calçando as botas. Termino de descer as escadas e me jogo no sofá ao lado dela.

- Espero não gozar em suas roupas novamente. - digo e ela me olha de canto.

- Também espero. - ela diz. - Por que não libera o que tem agora? - arqueio a sobrancelha.

- Você teria que me ajudar. - digo e me sinto animado. Ela me olha sem entender.

- Não vou sujar minhas roupas. - ela diz e assinto.

- Então vamos ver como vai ser hoje. - brinco e ela suspira e me encara.

- Vou trocar de roupas e te ajudar. - "O QUÊ!?"

- O-o q-que dis-sse? - ela sai e acabo ficando boquiaberto e emocionado demais. Apoio a mão em meu colo e aperto. "Quieto!"

LION - Saga Pearl - Livro XIIOnde histórias criam vida. Descubra agora