Pequenas Histórias de Terror. LHH

Crianças com máscaras de cachorro

Uma cidade que você nunca deveria ir. Não vou citar nome, ou coordenadas, mas posso falar isso

Se algum dia perceberem que posso estar nessa cidade, saia mais rápido o possível, e não olhe para trás..

Isso aconteceu a alguns anos, eu seguia para encontrar um Tio que eu nunca tinha visitado dirigindo meio perdido, tentando ler o mapa confuso. Quando acabei ficando sem gasolina, uma merda né?

Eu nunca consegui entender essas coisas, os perigos da caminhada eram "desencarajadores", mas eu não tinha  escolha. Então eu tentei não ficar nervoso e comecei a andar.

O sol do meio dia estava opressivo, a minha testa ardia de tanto esforço para manter os olhos apertados, e minhas roupas já estavam encharcadas com três litros de suor, meus braços cansados pediam mais e mais. Assim, como a minha esperança para uma carona, mas a distância tornou-se visível uma picape vermelha.

- Ei, por favor pare! Por favor!

Eu repetia, esticando o meu polegar o máximo que pude. Enquanto a picape se aproximava, eu agitava os braços, até que ela desacelerou e parasse ao meu lado.

- Era seu carro parado lá atrás?_ Perguntou o velho camarada ao volante

- Sim, senhor eu fiquei sem gasolina

- Sobe aí! Vamos conseguir um pouco no próximo posto.

Cap era um cara legal, ele realmente gostava de falar sobre família, seu filho servindo no exterior, e posso dizer que sua gentileza era espelhada pela admiração que ele sentia pela nossa geração, heróis era como ele nos chamava, mas eu nunca entraria na linha da frente.

Sempre fui do tipo que evitava os perigos. Mas não contei isso para Cap, eu não queria desapontá-lo

Depois de um tempo eu comecei a pensar em quanto essa cidade parecia, parecia distante demais, isso não parecia incomodar Cap, acho que ele não tinha nada melhor com o que se ocupar. E eu ainda não sabia para onde ele estava indo..

A estrada começou a se tornar irregular, e logo, tornou-se dividida com matéria de grama no meio, finalmente pude ver uma cidade surgindo naquele horizonte de campos selvagens.

Era uma típica cidadezinha do interior, casas de um azul desbotado com guarnições brancas, algumas lojas construídas com tijolos, com seus nomes pintados à mão. Uma praça, uma capela branca em um morro, carros estavam estacionados em vários lugares, alguns sem pneus.

Embora eu não tenha visto pessoas por perto.. nada surpreendente para uma aldeia remota, mas, oque me surpreendeu foi que, apesar dos celeiros, eu não via animais..

Não havia um posto oficial, mas encontramos uma velha garagem com uma bomba na frente, enquanto entrávamos na garagem atolada. Cap continuava a se desculpar por ter emprestado sua garrafa com gasolina para um vizinho.

Um odor rançoso atingia minhas narinas me deixando enjoado..

- Eu acho melhor a gente procurar alguém, para que não pensem que estamos tentando roubar algo

Na verdade eu queria mesmo era me afastar daquele cheiro..

- Bom, procure por algum galão de gasolina, caso eu não encontre um.

- Entendido Cap..

...

A cidade parecia deserta, mas eu conseguia ouvir algumas vozes ecoando de algum lugar, então eu resolvi segui-las.

Duas crianças saíram do mato alto, brincando de pega-pega pela estrada. A distância, havia um pomar com crianças jogando maçãs uma casa outras, algumas estavam agachadas, e corriam de quatro