Prólogo

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PRÓLOGO

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PRÓLOGO

Eleanor bateu a porta do quarto, furiosa. Não suportava mais o tédio e a monotonia que dominavam seus dias. Não era mais uma criança, como costumava repetir. Já tinha dezessete anos e queria curtir a vida, queria viver à sua maneira.

— Você é um pé no saco, mãe! — gritou a plenos pulmões, espumando de raiva.

— Mais respeito, mocinha! — devolveu Cecília, sua mãe — Um dia você ainda vai me agradecer.

Eleanor limitou-se a trancar a porta e colocar os fones de ouvido no último volume para não ter que ouvir a voz irritante de sua mãe chata e antiquada dando mais um daqueles seus sermões sobre os perigos da noite e das más companhias.

A jovem estava quase pegando no sono quando sentiu alguém tocar em seu braço e chacoalhar de leve, fazendo com que abrisse os olhos, assustada. Era Jason, seu namorado, com o dedo na boca pedindo que fizesse silêncio.

— Jason! O que tá fazendo aqui? Ficou maluco? — sussurrou Eleanor.

— Ainda não, mas vamos ficar bem doidões essa noite, gata — Jason sorriu maliciosamente enquanto Eleanor o fitava, ainda em choque.

— Como conseguiu entrar aqui? Minha mãe odeia você, garoto! Dopou ela, foi?

— Olha que não seria uma má ideia. Vou colocar na lista para as próximas vezes. Mas não, eu entrei pela janela. Você deixou aberta, então foi bem fácil.

— Droga, sempre esqueço essa maldita janela aberta! Um dia ela ainda vai acabar me matando.

— Ou te salvando, né gata?! Mas não precisa agradecer, a humildade é uma das minhas tantas virtudes — Jason falou sorrindo, com aquele olhar arrogante que Eleanor já conhecia tão bem.

— Você não presta, sabia garoto?

— Sabia. E é exatamente por isso que você me ama.

Jason a conhecia como a palma da mão e Eleanor adorava isso. Adorava cada detalhe da rebeldia que compunha a personalidade forte e marcante do namorado, ainda mais quando ele dava aquele sorriso malicioso de canto de boca.

— Muito engraçado! Tá, obrigada por me livrar do tédio de uma sexta-feira à noite que seria desperdiçada por causa da bruxa má que me deixa trancafiada na masmorra particular dela — satirizou Eleanor, revirando os olhos, com o mesmo sorriso do namorado.

— Eu devo ser um príncipe mesmo. Depois você me agradece daquele jeitinho que só você sabe — Jason aproximou-se e puxou Eleanor pela cintura até colar seu corpo no dela, beijando sua boca e depois empurrando-a de leve. — Bora? Vamos nos atrasar. Vai lavar essa cara de choro, linda! Vão pensar que bato em você se chegar desse jeito.

— Mas você bate, gato. E como bate — Eleanor fuzilou o namorado com a malícia crescente nos olhos e as covinhas do rosto ganhando seu espaço na cena.

Rastro AbissalOnde histórias criam vida. Descubra agora