Um sábado comum

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A luz do amanhecer já refletia pela janela quando um inquieto Tobirama despertou naquele dia. Era um típico sábado, mais precisamente às 7 da manhã e o fato de ter acordado tão cedo fez o Senju resmungar e mudar de posição na cama. Havia sido uma semana intensa no trabalho e com muito estresse o que resultou na sua inquietude atrapalhando um valioso descanso merecido. Contudo, forçou-se a dormir um pouco mais lutando em vão contra a sua mente agitada, até que um suspiro ao seu lado chamou sua atenção o fazendo abrir os olhos novamente para contemplar o marido que dormia de costas para si. Ao observar o homem que amava ao seu lado, o humor de Tobirama passa a melhorar e o empresário de cabelos brancos se aproxima do outro rapaz o abraçando por trás não resistindo a atração que sempre sentia em relação ao amado. Logo passou a distribuir beijos pelos ombros e pescoço do outro fazendo o Uchiha gemer manhoso.

– Hum. Alguém acordou de bom humor hoje – Izuna responde com a voz rouca sentindo-se arrepiar com os beijos que ganhava em sua nuca – É dia de descanso, amor, podemos dormir um pouco mais.

– Já me despertei completamente, Zuna, meu organismo está uma droga e de fato, estou me sentindo muito inquieto hoje.

Confessou ao marido franzindo o cenho ao sentir ainda mais os efeitos de uma semana estressante. As palavras de Tobirama fizeram com que o veterinário virasse seu corpo em direção ao mais velho o observando com os olhos inchados pelo recente sono. 

– Você teve algum pesadelo? Como você está se sentindo?

O Uchiha questiona enquanto acaricia o rosto do esposo em um típico gesto atencioso de preocupação.

– Uma sensação como se eu estivesse esquecendo algo e não consigo descansar. Acredito que isso tudo é por causa do trabalho dobrado da empresa. O que deveria ser ao contrário, já que estamos em fevereiro e geralmente é um mês mais calmo.

– Você está precisando tirar férias, amor – Izuna argumenta de forma preocupada, mas logo torna-se humorado segurando a risada ao saber de algo que o marido aparentemente ainda não havia notado – Sabe, todo mundo diz que quando começa a se esquecer das coisas é sinal de velhice. Daqui a pouco vem os cabelos brancos, Tobi.

– Eu sempre tive cabelos brancos, engraçadinho – O maior diz com desdém arrancando uma risada preguiçosa do moreno que depositou um beijo na bochecha de Tobirama – Falando sério, você acha que estou ficando velho mesmo?

O Senju pergunta apreensivo enquanto acaricia os fios longos e escuros do Uchiha que tanto amava. Izuna corresponde ao ato carinhoso beijando a mão alheia quando ela passou próximo de seus lábios.

– Todos eventualmente ficamos mais velhos, amor. Eu mesmo ganhei mais um ano de vida há uns dias atrás – Riu novamente ao receber um elogio malicioso vindo do marido e suspira observando o empresário com carinho – De qualquer forma, acho melhor levantarmos. Logo Kagami vai vir até aqui querendo nos acordar e nos encheria de perguntas por estarmos nus.

O Uchiha sorriu amável e se espreguiçou antes de se levantar e vestir uma peça íntima junto com um roupão de seda. Amarrou seus cabelos longos em um coque frouxo e cruza os braços ao assistir a postura preguiçosa de Tobirama ainda deitado na cama.

– Levante, senhor Senju e lhe sugiro que veja o calendário. A velhice está realmente pegando você.

Izuna se retira do quarto a risadas deixando o marido com o cenho franzido até que um estalo veio na mente o fazendo pegar o celular rapidamente para checar a data de hoje. O 19 de fevereiro apareceu em destaque na tela digital e o empresário de cabelos brancos bateu em sua testa em reação a sua falta de memória. Como poderia ter esquecido do próprio aniversário? Riu de si mesmo e resolveu se levantar enquanto se questionava o motivo de ter esquecido de si.

Apenas um dia de fevereiroOnde histórias criam vida. Descubra agora