Capítulo EXTRA

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 Tão perto

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.... Tão perto....

Ela estava ali a minha merce, eu poderia ter tudo com ela. Mas estraguei essa chance.

— Então... — Pigarreou desviando de mim. — É melhor eu te levar para casa.

— Eu vou passar a noite aqui... — Disse sem jeito, coçando a nuca e sentindo o clima tornar-se bem constrangedor.

— Mas não vai mesmo! Você vai pra casa descansar. — Me diverti com o tom de sua voz. Mandona!

— Mas, Ana...

— Não. Vou ligar pro seu pai e ele vem depois do trabalho pra cá. Dorme aqui com Grace. E você... — Apontou pra mim me repreendendo como se tivesse cinco anos de idade. — Vai ir pra casa dormir! — Suspirei frustrado, não conseguindo dizer não aos derretidos olhos azuis e seu poder para conseguir o que queria.

(...) Ela dirigia tranquilamente e eu não conseguia e nem queria desviar os olhos dela. Ela se mantia firme e não me olhava pelo cantinho dos olhos como costumava fazer. O caminho foi inteiramente silencioso. Eu observava como ela mordia os lábios frequentemente, lábios carnudos... As pernas torneadas...

— Chegamos! Vamos, eu te levo até lá dentro. — Ela disse saindo do carro. Ela estava tão preocupada comigo assim? Sorri com essa possibilidade.

— Não precisa, Cookie... — Me repreendi mentalmente por chamá-la assim, ela devia odiar agora e era provável que gostaria de me matar por isso. Pelo contrário.... Ela corou, as maças de seu rosto ficaram vermelhas e ruborizadas. Tão bonita...

— Eu insisto.

(...) Tomei meu banho tranquilamente, tentando relaxar e não pensar em minha mãe totalmente frágil no hospital, coloquei minha roupa e sai, ciente que Ana ainda estava no meu quarto. Quando abri a porta, a encontrei arrumando minha cama e resmungando consigo mesmo sobre não conseguir arrumar o lençol. Me escorei no encosto da porta e sorri como um idiota, a observando.

— Ah, Anastásia, você nunca vai conseguir arrumar uma cama... Mas que droga de lençol! — Ela resmungava e debatia o lençol, tentando arrumá-lo, não aguentei e gargalhei, sorrindo do seu jeito de menina. Atrapalhada. Linda!

— Deixa que eu arrumo. — Quando terminei, deitei na cama e ela sentou ao lado, seus olhos perdidos por meu rosto.

— Então, espero que você fique bem e... — Não deixei ela terminar e sem pensar, peguei sua mão e coloquei entre as minhas. Ela se assustou com minha atitude e me encarou.

Ouvi sua respiração falhar, acelerar.
Sua mão tremeu.
Os pelos do braço arrepiaram...
A intensidade do olhar aumentou.
Ela reagia à mim!
Eu ainda tinha algum controle sobre.

— Eu não tenho nem noção de como eu ficaria se não fosse por você. Obrigado por estar comigo hoje! — Fui sincero com a intenção de fazê-la acreditarem mim, querendo com todas minhas forças que ela visse o quanto eu dizia a verdade.

— Não, não foi por nada... — Ficou sem jeito e tirou sua mão das minhas. Eu via que ela não queria estar muito perto e isso machucava, era ruim saber que minha presença a fazia mal.... Parecia um gay pensando dessa maneira, mas era verdade. Era o que sentia.

— É sério, muito obrigado, você fez o que fez por mim hoje mesmo depois de...

— Não fale sobre isso. — Vi em seus olhos a quantidade de machucados e feridas. Eu queria seu perdão, queria consertar, mas não sabia como. Era tarde demais... Ela havia se ferido demais. — Eu vou indo. Boa noite, Christian. — Foi curta e grossa, levantando-se e partindo.

— Espera... — Chamei e ela continuou andando para fora do quarto, fingindo não ouvir. — Ana!

E ela já havia saído. Droga, porque eu queria que ela ficasse? Porque ela tinha todo esse efeito sobre mim? Hoje foi um dia que achei que ninguém conseguisse me fazer sorrir ou me acalmar, mas ela conseguiu.

Era apenas o abraço dela que eu queria.
Apenas ele tinha o poder que nenhum outro tinha.

Eu simplesmente fiquei maravilhado com o fato que depois do que fiz com ela, ela ainda sim me ajudou e se preocupado com tudo. Ela é maravilhosa, isso é notável e eu não podia mais negar que eu achava isso desde o começo, desde de quando a conheci.

O sorriso dela ainda me tirava o fôlego.
A risada dela ainda era a mais linda e gostosa de se ouvir.

Meu sangue ainda fervia quando eu a havia com outro, até mesmo com Ethan. A noite que eu havia passado com ela, apesar de eu já ter tido várias outras com inúmeras outras garotas, ainda sim havia sido a melhor, a única envolvendo sentimentos e paixão carnal intensa. O desejo por essa garota era enorme e cheio de vida dentro de mim, em cada parte do meu corpo e nervos. Meus pelos se eriçavam apenas por ouvir sua voz.

Tudo isso eu tinha percebido na noite que passamos juntos e foi exatamente essa a razão por eu ter feito o que fiz com ela na manhã seguinte. Com o medo idiota de estar apaixonado por ela como um idiota insano, pois isso nunca havia acontecido comigo, então era tudo tão novo, fui medroso por fugir e admito, tratá-la daquela maneira, fui medroso por fugir de algo que não havia saída, de algo impossível e perdido.

Medo do desconhecido.

O legal não era fugir ou adiar e sim aceitar, lutar, conversar com o meu coração e entender o que estava se passando, porém, na prática era muito mais difícil. Eu estava a perdendo, na verdade, já havia perdido aquela garota incrível. E a pergunta que rondava minha cabeça era. Eu sentia mesmo algo bem maior e mais forte pela minha adorável vizinha do que eu imaginava? Estava apaixonado? Essa palavra soava tão estranho, tão irreconhecível para mim, mas era a única explicação que eu havia sobre essa garota.

O ódio todo esse tempo não era ódio? Era paixão? Eu ainda a odeio certo? Mas, odeio por me fazer sentir tudo isso. Por fazer me apaixonar pela primeira vez, me fazer sentir algo que nunca senti aqui no peito. Não era ódio. Era amor e alguns sintomas são os mesmos. Chego em meu quarto com os pensamentos a mil.

É Christian você foi fisgado pelo amor.... 💘

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Queria agradecer o carinho de todos aqui, pelas 🌟 e pelos comentários.
Volto sexta e sabado e quem sabe com mais capítulos extras 😉.

 Volto sexta e sabado e quem sabe com mais capítulos extras 😉

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