Pregnancy - merder

Sempre

Derek fez uma careta ao sair de seu carro e ver o carro de Amybeth estacionado de qualquer jeito no meio fio. Pegou a sacola de papel com os donuts — agora frios e murchos — e começou a andar em direção a porta de entrada de sua casa.

Ele soltou um suspiro e tomou coragem para abrir a porta, soltando um "droga" quando um silêncio mórbido pairou pelo cômodo.

Meredith estava sentada no sofá, Julie ao seu lado enquanto tentava conforta-la com a ajuda de Amybeth. Dylan e Luke andando nervosamente de um lado para o outro. Mas de repente, todos olhavam para ele.

Enquanto nos olhares de seus filhos ele via claramente o alívio, Derek viu nos olhos de Meredith primeiro passar o alívio e então, raiva. Mesmo com os olhos lacrimejados, ele conseguiu ver perfeitamente seus olhos ficando vidrados de raiva.

— Pai! — Seus filhos gritaram ao mesmo tempo e o moreno quase caiu para trás quando sentiu três corpos colidirem com força com o seu.

— Aí... ei, crianças. — Derek murmurou com um sorriso, tentando soltar seus braços e os abraçá-los de volta.

— O que aconteceu?!

— Tá tudo bem?

— Foi uma cirurgia?

— Acidente?

— Você tem que ir pro hospital?

— Tá com alguma contusão séria?

— Eu achei que você tinha morrido!

— Eu também!

— Eu também!

Derek quase se sentiu tonto com as vozes de seus filhos falando ao mesmo tempo. Respirou fundo.

— Fui chamado para uma cirurgia. Demorou mais tempo do que o imaginado. Meu celular descarregou e eu dormi por acidente no sofá do meu escritório. — Falou e olhou em direção ao sofá aonde Meredith estava sentada, esperando que a loira tenha ouvido sua explicação e franziu as sobrancelhas ao ver o sofá vazio.

— Obrigada, Jujuba. — Meredith falou para Julie assim que chegou no topo das escadas, então olhou uma última vez para Derek, empinou o nariz e começou a andar lentamente pelo corredor, suas mãos na parte inferior de suas costas.

— Ela tá p da vida, Sr.Shepherd. — Julie falou quando desceu as escadas.

Ele suspirou e olhou para os filhos.

— Eu vou ir falar com a sua mãe.

— Boa sorte! — Amybeth falou.

— Você vai precisar! — Luke e Dylan falaram ao mesmo tempo, vendo o pai começar a subir as escadas.

Derek passou as mãos pelos cabelos, ajeitou seus óculos e suspirou antes de bater na porta, a abrindo logo em seguida.

— Eu venho em paz! — Exclamou em uma tentativa de brincadeira.

Meredith, que estava sentada na cama, cruzou seus braços e virou o rosto, sua expressão fechada.

Derek suspirou.

— Querida, eu sinto muito. — Pediu, se aproximando para colocar a sacola de papel com donuts na mesa de cabeceira e se sentar à frente dela, acariciando seus joelhos. — Eu deveria ter avisado, eu sei que devia. Mas o paciente estava em estado crítico e meu celular descarregou e...

— Eu ouvi as explicações lá embaixo. — Resmungou, soltando um bufo em seguida.

— Eu sinto muito. Devia ter lhe avisado. — Falou e em seguida ficou em silêncio. Ele não sabia mais o que dizer.

Então, Derek se surpreendeu quando os punhos de sua esposa começaram a bater em seu peitoral. Punhos ineficientes que não machucavam e nem ao menos doíam.

— Eu achei que você tinha morrido, seu idiota! — Exclamou, batendo em seu peitoral, lágrimas saindo por seus olhos. — Achei que eu tinha virado viúva, seu estúpido! Uma viúva grávida!

Então, antes que ele pudesse fazer alguma coisa, ela se jogou contra ele e o abraçou com força, sua barriga impedindo um toque mais próximo.

— Eu achei que você tinha morrido. — Chorou em seu peito.

— Oh, Mer. — Murmurou, a abraçando e acariciando seus cabelos. — Oh, minha querida. Eu estou aqui. Eu vou sempre estar aqui. — Prometeu. — Sempre.

Meredith assentiu e o abraçou mais, respirando fundo.

— Eu trouxe seus donuts oleosos. — Ele comentou após alguns minutos de silêncio.

A loira riu.

— Eu não quero mais donuts. — Respirou. — Eu quero asinhas de frango.

Derek sorriu.

— Então, eu irei fazer asinhas de frango.

***

— Melhores asinhas de frango de todas! — Amybeth exclamou de boca cheia, mergulhando outra asinha de frango em um molho picante e dando uma grande mordida.

Um grande prato estava bem no meio da mesa de centro, potes pequenos ao redor, com vários tipos de molho, estavam por perto.

— Amybeth, não fale de boca cheia. — Meredith repreendeu, mas seus dedos estavam sujos, assim como sua boca.

— Você tá toda suja. — Derek riu, pegando um lenço de papel e limpando a boca dela.

Meredith sorriu.

— Pai, nunca mais faça isso. — Dylan pediu, lambendo os dedos.

— Ou provavelmente a mamãe vai surtar de novo. — Luke falou, pegando uma asinha de frango das mãos de Julie, que lhe deu uma cotovelada nas costas. — Ei!

— Então, não roube minha asinha de frango! — Ela exclamou.

— Oh, acredite, se você fizer isso de novo, eu te mato com as minhas próprias mãos. — Sussurrou para Derek.

Ele riu e beijou sua bochecha, acariciando sua barriga.