Capitulo 3

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Isa on

Andamos pouco mais de cinco minutos, não fazia ideia de aonde eu estava nem que horas eram, vira meche o dono do morro (como ele se apresentou) atirava em algo, oque me assustava pois o barulho era realmente alto, e eu não esta no meu melhor momento de raciocínio oque piorava com a Bianca choramingando no meu ouvido. Depois de algum tempo paramos de frente de uma casa, e eu realmente estranhei, pois é uma casa bem grande e muito bonita, não esperava isso aqui, até olhei em volta pra ver se ainda estava de fato na favela, quando eu olhei pra trás vejo que todas que aquelas casas e barracos ficaram pra trás e estamos um pouco distantes de tudo, ele abriu a porta e me empurrou pra dentro com o cano da arma, oque fez minha espinha gelar, ta maluco porra.

- fiquem ai até tudo se acalmar, quando eu voltar você podem ir embora. - sem nem deixar eu falar algo ele fechou a porta na nossa cara, olhei em volta e observei um pouco a casa, andamos até a sala da casa que é bem ampla e bem decotada. Me sentei suspirando e a Bianca estava em surto, não parava de chorar.

- Ei Bia, se acalma, a gente já tá bem, não tá vendo, jaja vamos voltar pra casa, não tem pra que esse show todo, para de chorar.

- calma? Calma Isabella? Se eu tivesse morrido? Se você tivesse morrido? Como vou ficar calma? Se meus pais descobrirem eu estou morta.

- Pelo amor Bianca, esquece seus pais, eles não vão saber, da pra você se acalmar?

- você sabe muito bem como eles são, nem pra balada eles gostam que eu vá.

- porque eles são uns insuportáveis. - ela ficou com a feição mais séria e levantou a sobrancelha.

- e por acaso o seus pais sabem que você está aqui, e se drogando ainda por cima. - ela diz em tom de desafio, fechei a cara e olhei dentro de seus olhos.

-  eles não sabem, e nem vão saber, está me ouvindo? - disse brava, e ela sentou no sofá e se encolheu ficando quieta, ignorei ela e a birra dela e fiquei mexendo no celular, e já havia passado mais ou menos uns quarenta minutos, eu já estava cansada de ficar sentada esperando, eu ainda tô meio agitada da droga e da bebida. Suspirei pesado quando meu celular desligou por falta de bateria, deixei ele de lado e deitei minha cabeça, Bianca olhou pra mim.*

- deveria parar de vim pra cá. - Bianca diz meio inquieta.

- Posso saber por que? Se ela gosta, vem quando quiser. - a voz grossa diz preenchendo o local, ele apareceu no meu campo de visão se apoiando numa coluna da sala de frente para o sofá que estamos e encarou a Bianca com um olhar realmente indecifrável, a cara fechada dele ainda continua. Bianca engoliu seco e uma lágrima escorreu do rosto dela, ele deu uma pequena risada debochada. - ta com medo amiga? Relaxa, não vou te fazer nada.

- podemos ir quando? Ela é muito desesperada, disse que mais um pouco chama a policia. - disse e ouvi ele rir mais ainda, uma risada que me deu arrepios, com um sorriso debochado me olhando ele disse.*

-  polícia? Aqui? Eles não passam nem perto, nem pensam nisso, tem medo, igual sua amiguinha. - ele apontou pra ela.

- Isa vamos embora, por favor. - ela diz com os olhos cheios de lágrimas, não tenho paciência.

- será que dá pra espera minha brisa passar um pouco?  - disse e ela me olhou meio brava e virou para o homem em nossa frente.

- eu posso ir embora? - ela pergunta para ele.

- claro, só não garanto que chegue inteira lá em baixo.

- como assim. - Bianca diz meio assustada novamente.

- os moleques daqui adoram uma mina do asfalto, assim, que nem você. - ele disse brincando com ela, ela me olhou meio assustada sem saber oque fazer.

- não assusta mais ela por favor, sei que os meninos daqui não fazem nada forçado. - disse e suspirei, preciso de um banho.

Na mira do dono do morro.Onde histórias criam vida. Descubra agora