INGRA
Parecia que eu não tinha escutado direito já que não conseguia mover um músculo do lugar. Como? Quando? Por que,Deus?
Eu não vou aguentar essa porrada da vida não,de verdade,mais uma não! Eu avisei tanto a ela pra não ir,que eu não estava sentindo coisa boa mas ela não me escutou.
Ciba:Fala alguma!-olhei pra ela.-Fala,amiga! Pega água pra ela!
Dor,era isso que eu sentia,muita dor. O meu emocional e físico não me deixava nem pensar,só ficava perplexa,não conseguia respirar,eu soava frio. Parecia que tinham me dado uma surra já que as minhas pernas travaram no lugar.
Yza:Tu tá sangrando,Ingra!-gritou.-Vó,ela tá sangrando.
Olhei pra baixo,sangue por todos os lados,uma esperança perdida. Eu sentia tanta dor,era como se o meu corpo tivesse sentindo tudo que o meu coração queria falar.
Será que eu fiz por merecer? Eu sabia que não tinha mais jeito e fiz a Marcela ser presa de novo? E agora?
Ingra:Não me deixa perder o meu bebê,vó...por favor!-chorei e veio na minha direção.
Vó Doralice:Trás toalha!!!-falou pra Yza.-Vamo Yuri,pega ela aqui! Agora!
Tudo pra mim acontecia em câmera lenta,meu avô correndo pra pegar documento,minhas irmãs segurando o Saulo e o Yuri me pegando no colo.
Ingra: Eu quero morrer!-gritei chorando.-Eu quero morrer,não me leva pra lugar nenhum,eu quero morrer!!
Vó Doralice:Bate na boca,Ingra! Vamo pra maternidade,tá bom?-neguei.-Você vai ficar bem,meu amor! Não chora não,não faz nenhuma esforço.
Ingra:Não,não quero ir nao! Por favor me deixa em casa....
Eu merecia,não tinha como não saber que ia dar errado? Por que? Eu só queria construir uma família...
Também não me lembro de muita no caminho já que de tanta dor eu comecei a delirar,eu gritava pedindo pra me deixarem que eu não queria ir pra lugar nenhum.
Chegamos na maternidade e a enfermeira perguntou o que eu estava sentindo,qual motivo e me encaminhou pra uma sala.
Verdade é que eu queria ir atrás da Marcela e entender o que aconteceu. Escutar porquê ela foi presa,era pra ela vim livre e não vai chegar...
Ingra:Eu só quero um remédio pra passar essa dor,de resto eu me resolvo.-minha avó olhou com reprovação.-Cadê o médico? Ele não receitou nada?
Enfermeira:Ele já está chegando,vamo tirar seu sangue e te preparar pra ultrassom. Tá bom?-confirmei.
Elas me colocaram no soro com remédio para dor mas mesmo assim nada cessava a dor,eu chorava pedindo pra ir embora,a minha avó do meu lado mandando eu ficar calma e respeitar.
Vó Doralice:Respira,Ingra! Pensa no teu bebê.
Eu sentia tanta dor que mordia a mão pra ver se passava,que inferno! Eu sentia que tinha perdido as duas pessoas da minha vida.
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PERDIÇÃO-II LIVRO
Hayran Kurgu{Primeira parte disponível no meu perfil} +18| Segunda parte da história de Ingra e Marcela.