Paradoxus

Cap.4:as crianças zumbis

 Eu e ela não nos aproximavamos muito, ainda desconfiávamos um do outro. Ela tinha um rosto gentil e ao mesmo tempo agressivo. Estava preparada caso eu fosse um monstro e quisesse pegar ela de surpresa, e eu estava da mesma forma. Só precisou de ter dado de cara com duas velhas assassinas para eu me dar conta de que precisava de uma arma. Se eu achasse a bengala daquela que tentou me fazer de churrasco... Emma se levantou e ficou de frente para mim, ha quase três metros de distancia e me perguntou...

-Então... Tem noção de pra onde estava indo?

-Não. eu só estava seguindo em frente, tentando achar algo que me ajudasse e voltar para a escola.- expliquei...

-por que quer voltar pra escola? Você não veio de lá?

-por que você quer saber?- tudo bem, posso ter sido um pouco grosso, mas todo o cuidado parece ser pouco nesse lugar...

-olha, talvez você não enxergue isso, mas se quisermos sobreviver, temos que andar juntos!- no fundo eu sabia que ela estava certa, e seria bom ter uma companhia normal...

-esta bem, mas se tentar alguma coisa, eu não vou levar em consideração você ser uma criança.

-ótimo, digo o mesmo- disse ela em tom ameaçador. Tive a certeza de que não iamos nos dar muito bem... -mas pode me dizer pelo menos por que quer entrar na escola de novo?

-tem um garoto que eu prometi ajudar lá. Ele não vai conseguir sair sem mim.

-hum... Então tem mais pessoas como nós por aqui...

-ãnh... Ele não é bem... igual a nós. Bom, partindo do princípio que você é mesmo uma humana...

-então... o que ele é?

-não sei. Agora vamos.

-estamos indo buscar um tipo de monstro desse lugar?

-veja como fala. Ele não é um monstro!

-A não? Então o que ele é?

-Uma criança. Você vai ver.

-ok.

Acho que no fundo eu a tratava assim por que ela parecia a minha irmã. Não queria me apegar...

-você... Sabe que lugar é esse que nós estamos?- perguntei a ela na esperança de alguma resposta que pudesse me ajudar...

-não. Só sei que é repleto de monstros e acontecem coisas muito fora do normal. E pelo visto, as pessoas que tem são bem grosseiras...- disse ela.

-ei, estou sendo grosseiro por que acabei de te conhecer, e como você mesmo disse, aqui é cheio de criaturas esquisitas e que tentam nos devorar. Estou me protegendo.

-ok.

-como veio parar aqui?- talvez se ela me contasse isso, eu poderia conseguir alguma informação que nos ajudasse...

-bom, eu estava em mais um dia normal com minha mãe. Minha mãe era mãe solteira e tinha dificuldades para me criar. Enfim, estávamos passeando no parque. Minha mãe foi comprar sorvete e eu fiquei esperando, sentada em um banquinho. Foi então que um homem barbudo, com um sueter azul, barbudo e de óculos, parou na minha frente. Ele parecia um nerd....