𝙼𝙰𝚁𝙲𝙾𝚂

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ღ꧁ღ╭⊱ꕥ Acordei chorando e angustiada, incapaz de recordar completamente o sonho

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ღ꧁ღ╭⊱ꕥ Acordei chorando e angustiada, incapaz de recordar completamente o sonho. Como não consegui voltar a dormir, decidi levantar-me e tomar um banho. Ao perceber que o sono não voltaria, desci as escadas. A pousada estava silenciosa, os hóspedes ainda não tinham descido. Segui o aroma delicioso de café e bolo de laranja.

― Olá? ― Pergunto ao entrar no recinto.

― Olá, querida, Buongiorno! ― Dona Graça me cumprimenta, enquanto ajeita as mesas para o café que seria servido às oito. ― Mas já acordou? É tão cedo!

― Pois é, perdi o sono. ― Respondo com um sorriso fraco. ― Posso me sentar com a senhora? ― Indico a mesa já preparada.

― Mas é claro, sinta-se à vontade. ― Ela responde gentilmente. ― Odeio tomar café sozinha.

Aceno com a cabeça e me sento à sua frente. Havia uma variedade de alimentos disponíveis, então comecei com um pedaço de bolo e uma xícara de café preto. Distraída, observei o padrão do pano de mesa, que me lembrava a cantina do meu pai. A toalha de mesa era quadriculada, nas cores verde, branco e vermelho, típicas da região da Itália. Essa lembrança apertou meu peito; era incrível como, em apenas um dia, eu já estava sentindo falta deles.

― Então, querida, gostou do restaurante que te indiquei? ― Pergunta dona Graça, erguendo uma das sobrancelhas.

Eu não queria admitir que não gostei, apesar do encontro desagradável com aquele homem rude. Então, respondo que sim.

― Imaginei que não tivesse gostado, pelo jeito que chegou ontem. ― Comenta dona Graça.

Dou um gole no meu café antes de responder. ― Não foi nada! Apenas um rapaz um pouco rude comigo.

Ela me olha espantada, como se não acreditasse no que estava ouvindo. ― Aqui? Em Gramado? Impossível! Deve ter sido algum turista!

Acabo sorrindo, decidindo não contar a ela a verdade. ― Dona Graça, me diz uma coisa... ― Tento mudar de assunto. ― A senhora mora há muito tempo aqui na cidade?

Talvez ela pudesse me ajudar; eu não tinha a menor ideia de por onde começar.

― Sim, minha vida inteira. Por que a pergunta?

― Como eu disse, estou em Gramado a trabalho. Sou jornalista e estou aqui para investigar um caso.

― Um caso? Sério? ― Pergunto, animada. ― Adoro histórias de investigação; sou fã dos livros de Sherlock Holmes. Me conte, do que se trata?

Solto uma risada, contagiada por sua animação.

― Estou procurando uma pessoa.

― Uma pessoa, entendi. ― Ela responde, os olhos brilhando.

― Você conhece alguém que tenha vindo para a cidade com um bebê recém-nascido, há cerca de vinte e oito anos? ― Pergunto, mordendo os lábios enquanto espero sua resposta.

𝙰𝙺𝙰𝙸 𝙸𝚃𝙾 - 𝙵𝚒𝚘 𝚟𝚎𝚛𝚖𝚎𝚕𝚑𝚘 𝚍𝚘 𝚍𝚎𝚜𝚝𝚒𝚗𝚘Onde histórias criam vida. Descubra agora