24ª Passarinho Bem-Ti-Ví

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Patrick Toker

Me aproximo de Gab que estava na janela de nosso quarto vendo as estrelas e o abraço por trás o beijando docemente o escutando rir.

- Alguns temem o seu silêncio, mais eu acho que você está apenas imaginando coisas.

- Quem teme o meu silêncio? - Ele riu começando a me fazer cafuné e sorri.

- Nossa tia... e também meu pai as vezes. - Falo e ele suspira.

- As pessoas tem mais medo dos mortos do que dos vivos, imagino que não deve ser fácil "se curvar" para um ex-morto. - Ele se virou para mim e me encarando. Gabriel estava confuso seu olhar o entregava, ele suspirou colocando a cabeça em meu peito e me abraçando escutando meu coração.

- Eu devo ficar preocupado com o seu silêncio, geralmente você é bastante falante mais hoje está calado desde o almoço.

- Não... só estou pensando, Baltazar mandou cartas comprando mais comidas e água...

- Isso não é bom? - Ele me encarou e assentiu!

- Sim é bom, mostra que ele ainda depende muito de outros para cumprir seus próprios deveres... - Ele bufou saindo de meu abraço e indo até sua penteadeira e abrindo a caixinha preta que tinha lá, me aproximo dele vendo o medalhão de sua mão que o dará quando ainda morava no castelo.

- Sei que está indeciso quando sua vingança querido. - Arrumo seus cabelos o beijando. - Mais eu estou com você, seja aonde for eu irei lhe acompanhar certo? - Seguro sua mão rindo e a beijando delicadamente.

- Certo! - Ele riu me olhando docemente. O levo para nossa cama o abraçando por trás e entrelaçando nossas mãos com ele fechando os olhos diminuindo o ritmo de sua respiração e ficando mais quieto, pouco tempo ele dormiu entre minhas pernas e beijo sua cabeça sentindo seu calor e o colocando em seu lado da cama e o cobrindo! Saio da cama me vestindo abrindo a janela e pulando rapidamente dele saltando do parapeito e pulando os telhados das casas um por um rapidamente, sinto aquelas presenças e vendo nossos primos me seguirem e pulo a muralha rapidamente saltando no chão e ele param perto de mim.

- O que fazem aqui? Deveriam estar dormindo. - Digo sério.

- Vimos você, então começamos a te seguir... - Falou Imop.

- Indo caçar? - Questionou o outro curioso.

- Não! Quero ver alguém.

- Hmmm já está pulando a cerca, Gabriel vai matar quem for. - Disse o mesmo rindo e também sorri mostrando minhas unhas.

- Não e algum... mais sim apenas uma peça nesse jogo de xadrez, o padrinho dele quero vê-lo. - Digo sério e eles se entreolham.

- Vai ver o Baltazar! - Avanço sobre Imop tampando sua boca e olhando para o reino com minha visão vendo Gabriel ainda dormindo.

- Fala baixo... Gabriel tem super audição esqueceu? - Digo irritado e ele assenti.

- Então... nos vamos ver aquela pessoa?

- Nos não cara pálida, somente eu. - Falo sério e eles sorriem.

- Claro... pode ir nos vamos ficar aqui, sabe a gente deve saber como acordar um bruxo. - Disse já começando a chantagem.

- Sim sim... podemos acordar ele rindo ou quem sabe com uma festa, Patrick foi ver "ele"

- Francamente vocês em... - Digo irritado os olhando. - Vamos logo. - Marcamos de correr e assim fizemos trazendo o vento com a gente floresta a dentro até chegar perto do reino dele e vendo de longe o castelo, entramos na cidade pulando os muros até chegar no jardim do castelo entramos no castelo pela porta da frente estranhando não ter guardas ou sentinelas. Subimos a escada do altas vendo a passagem para a escadaria que nos levaria até ele é sem querer esbarro em um garoto.

- Aaaahhh você? Mais mais... o que fazem aqui? Lord Patrick não poderia está aqui, e nem vocês. - Ele começou a tagarelar rapidamente suspirando nervoso e o seguro.

- Em primeiro lugar, de onde nos conhecemos. - Ele me mostrou o anel o mesmo anel do brasão com uma rosa é uma cobra em volta dela.

- Vocês não deveriam está aqui... é perigoso. - Ele olhou para trás e sorriu. - Gabriel precisa saber disso! - Um dos espiões de Gabriel, aquele garoto me era mais familiar e o encaro.

- Você... você é o aprendiz do Nicolas. - Digo sério e ele rir.

- Sou o mestre de financias daqui e também amigo de Gabriel. - Disse ele.

- Mais nunca vi você no castelo. - Ele pulou se transformando em um passarinho e ficando em meu ombro e depois voltando.

- Eu sempre quis voar... e quando me apresentei a Gabriel ele viu meu desejo é assim fez, eu sirvo a ele como mais um espião... mais tenho sua proteção e total lealdade pelo anel. - Ele explicou me olhando.

- Gabriel não é mal, ele só está...

- Irritado. - Falo o olhando.

- Não digo que ele está errado em fazer essas pessoas pagarem, a Senhora Eva era uma mulher gentil que curou várias enfermidades minhas... ela também ajudou várias pessoas daqui com seus poderes!

- Você sabia que ela era uma bruxa?

- Sem querer... eu nunca tive uma prova fixa mais no dia do julgamento viram ela curando o jardim e dando vida as plantas, assim me contaram. - Ele olhou para o chão e deixou uma lágrima cair. - Eu ia deixar uma rosa no túmulo do Gabriel naquela noite que o rei saiu... mais tive que ficar estudando então não pude ir mais depois que terminei todo meu trabalho eu fui, mais chegando lá, há.

- Um reino prosperava. - Indagou Une na conversa.

- Sim... eu fui até o reino e vi aquela alegria, um povo receptivo e feliz, aquelas casas bem arrumadas e flores por todos os lados com árvores e então, um vendo dourado atingiu a mim e a todos ali minhas roupas estavam brancas diferentes das que eu tinha saído.

- ...

- Foi então que eu ouvi a sua voz, lá longe andando com um outro senhor ao seu lado eu corri mais os guardas me pegaram e então quando gritei seu nome tudo parou! O mundo tinha congelado e ele apareceu na minha frente... me olhando e sem acreditar.

- Ele entrou na sua cabeça?

- Bem eu acho que sim... mais era tudo lindo e arrumado era um jardim, talvez a mente dele. - Disse ele rindo. - eu dei a flor em sua mão e no mesmo instante ele caiu em lágrimas, ele suspirou dizendo que eu tinha sido o segundo a ir vê-lo.

- Quem foi o primeiro? - Lançou Imop.

- O Cerberus, ele chegou em primeiro e eu em segundo. - O olho suspirando mantenho meus ouvidos atentos. - Nos conversamos mais e mais e ele me ofereceu uma nova vida, então como justiça eu pus a ideia de ser seus olhos e ouvidos nesse reino. No fim tudo que o conselho faz ou deixa de fazer eu conto a ele. - Ele me olhou e olhou para os rapazes.

- E parece que o Gabriel é realmente neto de quem é. - Imop lançou fazendo referência a rende extensa de informantes que nosso avô tem.

- Vocês precisam ir embora daqui... eu não contarei isso ao Gabriel eu juro. - Ele me olhou e pude ver que era verdade em seu olhar, olho para aqueles dois que sorriram e nós pulamos a janela voltando para a nossa casa rapidamente, assim que volto para o quarto Gabriel já tinha mudado de posição então apenas tiro minha roupa com cuidado e me deito ao seu lado o abraçando e beijando sua nuca o vendo suspirar e se aconchegar mais.

Meu Rei: A Vingança de um Traído Onde histórias criam vida. Descubra agora