𝚉𝚄𝚉𝙰

4 5 0
                                    

ღ꧁ღ╭⊱ꕥ Haviam se passado duas semanas desde o acidente da Rebeca

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

ღ꧁ღ╭⊱ꕥ Haviam se passado duas semanas desde o acidente da Rebeca. O trabalho havia tomado a maior parte do meu tempo. Soube pelo Rodrigo que ele havia pedido gentilmente para que ela voltasse para o Sul. Ela concordou, mas teve a audácia de dizer que só havia inventado a gravidez porque o amava muito. Dá para acreditar naquela garota? E assim ela se foi, da mesma forma que chegou. Do nada!

Estávamos jantando na casa da Tia Vera; ela havia preparado sua famosa Lasanha à bolonhesa. Parecia que enfim tudo iria se acalmar. Antes eu não tivesse pensado nisso; você conhece a lei de Murphy? Pois é!

Zuza entrou em um rompante na sala de jantar. Assim que a vi, assustei-me, não só por vê-la ali, mas pelo seu estado: ela estava totalmente desnorteada e assustada.

― Zuza? ― Rodrigo se levantou, indo ao seu encontro. ― O que está fazendo aqui? Aconteceu alguma coisa? Minha mãe? Ela está bem? ― Questionou em desespero.

Hamilton entrou em seguida. ― Desculpe, Dona Vera, mas não pude segurá-la. ― Disse afobado.

― Tudo bem, Hamilton! ― Ela respondeu, levantando-se também.

Eu me levantei e fui ao seu encontro.

― Zuza, você está bem? ― Perguntei, mas ela pareceu não me ouvir.

― Rodrigo, você precisa sair desta casa. Aqui não é seguro, meu filho! ― Ela dizia, repetindo sem parar, visivelmente agitada.

― Helena, por favor, traga um copo de água com açúcar. ― Pedi, ao notar seu estado aflito.

Ela assentiu, parecendo assustada.

― O que está acontecendo? ― Tia Vera perguntou, preocupada.

Ao vê-la, Zuza começou a chorar copiosamente.

― Tome, Zuza! ― Entreguei-lhe o copo de água assim que Helena voltou. ― O que houve? Você está bem?

― Ele precisa sair daqui. Ele tem que sair daqui! ― Ela repetia, claramente angustiada.

― Zuza, pelo amor de Deus, o que houve? ― Perguntou Rodrigo novamente, sua expressão refletindo preocupação. ― Do que você está falando?

― Aquela foto, a foto que enviou para sua mãe, ela está na foto, Rodrigo, aquela mulher!

― Zuza, você não quer se sentar? ― Ofereci, tentando acalmar a situação.

― Não! Não, vocês não entendem! ― Respondeu, ainda chorando.

Zuza tremia, sua palidez e agitação eram evidentes. Olhei para Rodrigo em busca de apoio. Ele assentiu, compreendendo a gravidade da situação.

― Zuza, me explica! De que mulher você está falando? ― Rodrigo perguntou, sua voz carregada de preocupação e confusão.

Zuza retirou o celular da bolsa e me entregou. ― Desta!

Nele havia três fotos, eram da festa do restaurante do meu pai, a mesma festa em que apresentamos o Rodrigo à família. Estávamos todos nas fotos, junto com uma mensagem do Rodrigo enviada via WhatsApp para Ângela.

― Que mulher, Zuza? ― Perguntei.

― Essa! ― Disse ela, apontando para a Débora.

― Não estou entendendo, o que tem a Débora? ― Perguntei, aflita.

Zuza voltou a chorar e a conduzi até o sofá para que se sentasse.

― Zuza, acalme-se, por favor. ― Pedi, antes de tentar novamente. ― Você a conhece? É isso?

― Vocês não entendem! Não entendem!

― Acho melhor levá-la para o quarto. ― Sugeriu minha tia. ― Lá ela ficará mais confortável.

― Não! ― Gritou exaltada. ― Rodrigo, eu vou te contar tudo, mas antes, eu quero que saiba que tudo que fiz foi para te proteger.

Rodrigo assentiu.

― Eu trabalhava no Hospital Cristo Rei, cuidava da manutenção e da limpeza na época, ― ela começou, reconheci o nome do hospital. Era o hospital onde o Rodrigo havia nascido. Ela continuou, ― era um dia normal, como qualquer outro. Eu não poderia imaginar como aquele dia acabaria. ― Disse ela, com um tom de melancolia e tristeza na voz.

― Continue, Zuza! ― Rodrigo pediu.

Ela assentiu.

― Naquele dia, meu turno havia mudado, pediram para eu ficar no período da noite. Estava terminando meu último andar quando eu a vi. No início, não dei importância, pensei que eram as enfermeiras conversando, mas então a conversa chamou a minha atenção. Eles discutiam, pareciam exaltados, e me aproximei deles. ― Ela suspirou. ― Eu não podia acreditar no que ouvia. Foi horrível, era horrível demais.

Ela voltou a chorar, e Rodrigo a abraçou, tentando consolá-la. ― Está tudo bem, Zuza, acalme-se, por favor. ― Pediu.

Ela respirou fundo e recomeçou. ― Eles discutiam sobre algo que não havia dado certo.

E foi então que tudo aconteceu...

𝙰𝙺𝙰𝙸 𝙸𝚃𝙾 - 𝙵𝚒𝚘 𝚟𝚎𝚛𝚖𝚎𝚕𝚑𝚘 𝚍𝚘 𝚍𝚎𝚜𝚝𝚒𝚗𝚘Onde histórias criam vida. Descubra agora