Orelha 🦅
Gaspar: Vou descer pra casa, as meninas tão lá, podem ter ido atrás delas também.- Falou tirando a pistola da cintura.
Goiaba: Acho que a Ana ainda tá dormindo, vou descer contigo.- Eu olhei pro Coronel.
Coronel: Os menor tá na atividade, tá suave descer geral. Andressa nem me respondendo tá.- Dei os ombros, passando a mão da na cabeça.
Orelha: Eu vou dar um rolê por aí, vê se a Vanessa tá aí.- Falei fazendo sinal e eles me olharam.- Depois desço lá.
Gaspar: Melhor ir geral junto.- Falou rondando o dedo e eu dei os ombros.
Geral saiu junto e a gente foi andando pelos becos, viu até uns malucos da mangueira só tirando a dúvida que eram eles mesmo. A gente tava perto do Coronel quando escutou um tiro, Coronel andou na frente vendo que tinha dois homens e uma mulher ali.
Geral tirou a pistola da cintura mas quem atirou foi o Coronel, os malucos caíram e a mulher correu, puxando o cabelo da outra a colocando na frente, quando eu vi que era a Andressa eu abri maior olhão.
Coronel: Solta ela.- Gritou bolado e eu olhei pra mulher que tava no chão, vendo a Vanessa.
Orelha: Caralho, caralho não...- Ignorei os bagulhos tudo me aproximando e agachei do lado dela.
Vânia: Se afasta.- Gritou comigo distratando a arma e eu ignorei.
Vanessa: Miguel...- Sussurrou revirando os olhos.
Orelha: Não cara, fica comigo. Papo reto, faz isso não...- Segurei o rosto dela, colocando a mão no tiro e ela negou.
Escutei um barulho vendo a arma da Vânia caindo no chão e ela também, Gaspar atirou nela e a Andressa foi arrastada pelo Coronel, que abraçou ela.
Goiaba: Calma cara, calma...- Tocou no meu ombro e eu encarei ela que nem respirando tava mais.
Orelha: Não mano, ele não era envolvida nisso.- Falei bolado sentindo meu peito apertar, tirei minha mão da barriga dela vendo sujo e sangue e neguei.
Andressa: Desculpa Orelha, foi culpa minha... A Vânia ia atirar em mim e ela entrou na frente, eu...- Falou nervosa chorando.- Desculpa.
Ana: Se eu não tivesse pedido pra você vim, nada disso teria acontecido.- A outra falou e o Goiaba encarou ela, mas me abraçou de lado.
Orelha: O Miguel mano, o filho dela...- Falei negando e Goiaba passou a mão na minha cabeça.
Gaspar: A gente tá aqui contigo cara.- Falou apertando meu ombro.
Me levantei limpando o sangue na bermuda e olhei pra mãe da Luana, atirando na cabeça dela e olhei pro céu passando a mão na cabeça. Andressa tava chorando igual uma criança nos braços do Coronel e Ana tava chorando quietinha, abracei ela de lado beijando a cabeça dela e ela deitou a cabeça no meu peito.
Orelha: Relaxa, relaxa...- Fiz carinho na cabelo dela.
Goiaba: O que tu tava fazendo fora de casa, cara?! - Falou bolado e eu soltei ela, olhando pra Andressa.
Ana: Fui comprar comida, ninguém merece aquela casa que só tem maconha e refrigerante.- Falou brava e eu soltei uma risada fraca, vendo ele abraçar ela.
Orelha: Meu afilhado tá bem?! - Coloquei a mão na nuca da Andressa, que me encarou.
Ela confirmou com a cabeça me abraçando e eu soltei uma risada fraca limpando o rosto dela. Respirei fundo antes de saí dali e encarei o corpo da Vanessa, enquanto os moleques pediam pros mano tirar os corpos daqui, mas minha mente só passava no que eu ia falar pra um moleque de cinco anos.
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Estilo vagabundo.
Teen FictionHistória do Orelha. Quarta e última temporada de "lance criminoso." Desde novinho cresceu vendo coisas erradas, vivendo num mundo torto, cheio de ideias tortas. Aprendeu ter o coração grande, talvez grande demais ao ponto de ser incapaz de amar só...