Cap 8

329 21 19
                                    

Pelo susto, viro subitamente. Só consegui ver a sombra do homem rente á porta.

Era assustador.

— Então quer dizer que o "poderoso chefão" não pode cobrar mais nada à madame, que ela já fica estressadinha? — ele fala irônico.

— A questão é que eu podia fazer isso amanhã. Eu tava cheia de coisa o dia todo.

— E você acha que eu não? — porquê ele parecia tão aborrecido? Sua voz comprovava isso.

— Olha, eu não tô aqui pra te interrogar ou ficar questionando o porquê de não largar na hora. Se tô aqui é porque a empresa precisa de mim e você paga hora extra então... O que deseja?

— Terminou?

— Ainda não. Faltam 4.

— Você prestou atenção naquela papelada toda em cima da sua mesa? — ouço seus passos se aproximando de mim.

— Sim... — aquilo estava me deixando levemente desesperada. Ainda estamos com as luzes apagadas.

— Pois bem... — Sinto sua respiração em contato com meu rosto. Ele estava parado na minha frente. — Aquela papelada toda foi só um pretexto pra te segurar aqui até essa hora... Tava com saudade. — fala suavemente.

Suspiro fundo relaxando os ombros.

— Sua bipolaridade me mata, sabia? Você passou o dia todo me ignorando. Nem bom dia direito você deu. O dia inteiro de cara fechada, de mal humor. E agora quer minha atenção?! — estava furiosa. — Vou voltar lá pra terminar meu serviço e ir embora logo, tô cansada! — sigo até a porta, porém, o mesmo me puxa pelo braço. — Jeon por favor me solta... Eu não tô aqui pra levar patada e depois satisfazer você.

— Eu posso falar? — ele diz segurando meu braço.

— Primeiro liga essa luz!

— Não posso. — puxo meu braço bruscamente e vou até o interruptor acendendo-a. — Nielly NÃO!!!

A vista dói, com a claridade instantânea. Passo a vista pela sala e algo me chama a atenção. No canto, em cima do sofá, tinha um buquê e uma caixa de bombom no formato de coração.

— Eu queria te fazer uma surpresa. — ele fala com a voz triste. — A minha frieza Durante o dia foi proposital. Queria te deixar com raiva. E consegui. — riu.

— Não acredito... — sussurro comigo mesma. Ainda estava no mesmo lugar, parada com a mão no interruptor. Ele vai até o sofá pegando o buquê e a caixa, me entregando. — Rosas! Minhas preferidas. — cheiro as flores.

— Elas chegaram na hora do seu almoço. Aproveitei que você tava fora. Por isso evitei de você vir aqui pela tarde. Só me comunicava por telefone. Pra você não ver.

— E qual o motivo desse presente?

— O motivo é você... — ele roça o nariz no meu, de olhos fechados. — O dia foi torturante sem falar com você direito. — o moreno me beija. — Desculpa a brincadeira.

— Tudo bem. Nossa tô até sem jeito agora... Você todo romântico e eu estressada. — Deus que vergonha.

Ele ri e me beija de novo.

— Quer jantar comigo?

— Adoraria. Mas eu realmente tô bem cansada. Só necessito tomar um banho e me deitar. Desculpa...

— Tudo bem... Então vamos. Vou te levar em casa.

— Mas e os relatórios??

— Deixa essa porcaria pra lá. Amanhã você termina.

My Dear Boss |•Jungkook•| (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora