As portas da alma estão trancafiadas em um sono absoluto,
As janelas estão fechadas porque lá fora está frio. A menina que habita nessa alma põe suas pequenas mãos sobre ela, mas não se atreve a abrir.
O recipiente dessa alma se opõe ao astro rei, disse que não é brilhante o suficiente para que a desperte.
Há vulnerabilidade, mas também há mistério em meio ao sono. Confia ao seu corpo a vida. E o resto, é apenas resto.
Não há outras almas, somente a sua, trancafiada, reclusa em um museu de apenas um vistante. A menina de seus olhos, a porta, a janela que transpassa a alma.01/04/2022