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E lá estava ele, zoando com seus amigos, e a única coisa que eu conseguia reparar era na sua beleza.
— Se ficar encarando demais ele vai reparar. — Nam-ra diz ao meu lado.
— O que? — Pergunto tentando disfarçar. — Não estou olhando pra ninguém.
— Para de tentar se enganar s/n, eu sei que você ama o Cheong-san mas nem consegue se declarar pra ele. — Nam-ra diz e eu arregalo os olhos.
— Eu não tenho coragem. — Digo abaixando minha cabeça. — Ele gosta da On-jo.
— Você só vai ter sua resposta se você perguntar. — Nam-ra diz.
Dou um suspiro chateada, olho para o mesmo novamente que me encara por uns segundos e me dá um sorriso e retribuo na mesma hora.
[...]
Depois de toda essa merda de apocalipse zumbi acontecer, estava tudo um caos.
Eu e Cheong-san fomos para a sala dos professores tentar pegar um celular para ligarmos para a emergência mas deu tudo errado e tivemos que nos separar do grupo, fomos correndo e entramos em uma sala vazia.
Meu coração estava muito acelerado, me sento no chão cansada e Cheong-san fica na porta de olho em Gwi-nam que estava atrás da gente.
Estávamos sozinhos e isso me deixava mais nervosa ainda.
— Você tá bem S/n? — Cheong-san pergunta tocando meu rosto e meus braços para ver se eu havia sido mordida.
Esses toques me deixavam cada vez mais apaixonada por ele.
— Eu to. — Digo triste.
— Eu to aqui, ok? — Cheong-san senta ao meu lado e entrelaça nossas mãos.
— Para com isso. — Me solto de suas mãos e levanto nervosa.
— O que? — Cheong-san pergunta confuso. — O que eu fiz?
— É muito difícil pra mim você me tocar desse jeito, de um jeito carinhoso e saber que você não me ama como ama a On-jo. — Digo pondo tudo para fora. — Não me tocaria do mesmo jeito que tocaria ela.
Cheong-san fica com o rosto chocado e com a boca um pouco aberta.
— Eu não sabia que você gostava de mim S/n. — Cheong-san diz.
Passo as mãos no rosto e me sento no chão novamente.
— É claro que você não sabia, eu nunca iria te contar, você gosta da On-jo, você acha que eu iria gostar de levar um fora? — Pergunto chorando.
— Me desculpa. — Cheong-san diz triste.
— Você não sabe o quanto eu sou apaixonada por você. — Digo baixinho.
— Eu amo a On-jo S/n.— Cheong-san diz e mais uma vez levo uma facada no peito. — Me desculpa te magoar mas é melhor eu ser sincero mas eu também...
Não deixo Cheong-san terminar a frase. Enxugo minhas lágrimas e me levanto.
— Precisamos arrumar um jeito de sair daqui. — Digo fria.
— S/n... — Cheong-san diz. — Eu também...
— Só cala a boca e me ajuda a arrumar um jeito de sair daqui Cheong-san. — Não deixo ele terminar a frase novamente.
E essa foi a nossa última conversa.
4 meses depois...
Pego o crachá do meu uniforme antigo e coloco na árvore junto com os outros pertences dos nossos amigos que infelizmente falecerem ao apocalipse.
— Fazem 4 meses que você se foi. — Digo para mim mesma olhando para árvore.
Eu vim sozinha e escondida, sempre vim com os nossos amigos mas dessa vez eu precisava ir sozinha.
— 4 meses e a nossa última conversa foi eu te desprezando e eu me arrependo tanto por isso, eu me despedi da pior forma possível e nem sabia que estava me despedindo. — Digo já chorando.
— S/n? — Ouço a voz de On-jo atrás de mim e limpo as lágrimas rapidamente.
— On-jo, o que está fazendo aqui? — Pergunto.
— Vim ver a árvore e eu ouvi tudo o que você disse. — On-jo diz vindo até o meu lado.
— Me desculpa. — Digo.
— Não precisa pedir desculpas, aliás, o seu amor foi correspondido. — On-jo diz e eu a olho confusa.
— O que? — Pergunto.
— Ele te amou cedo demais, e me amou tarde demais. — On-jo diz entrelaçando nossas mãos.
— Como assim? — Pergunto.
— Ele também te amava S/n, do mesmo jeito que me amava, ele amou nós duas em tempos diferentes, ele sempre olhava e te notava a tempos mas você nunca reparou, depois reparou que você nunca o notaria e desistiu.
A olho com os olhos arregalados e as lágrimas desciam mais ainda.
— Eu sempre fiz com que ele me notasse. — Digo. — Acho que fiz do jeito errado.
Me sento no chão e começo a chorar mais ainda, On-jo senta ao meu lado com lágrimas nos olhos.
— Ele amou nós duas e tenho certeza que vai continuar amando lá de cima. — On-jo diz.
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