Prólogo

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Tipo, é minha primeira história, desculpem os erros e espero q gostem o/

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"A muito tempo, em uma pequena vila próxima a uma densa floresta, vivia uma doce menina chamava Elisa, realmente ela não tinha nada de especial, era até normal demais.
Como todas as crianças de sua idade, apenas 11 anos, gostava de brincar de pegar e esconder pelas redondezas da vila, muitas vezes dando dor de cabeça a sua mãe por sempre se meter onde não devia. Atiçava os animais do celeiro do vizinho e roubava frutas e legumes das plantações junto de seus amigos. Talvez fosse um pouco levada, isso é fato, mas ainda era muito amada por todos que a conheciam.
Sua mãe, Sarah Silver era viúva e vivia de lavar roupa de outras pessoas, não era muito, mas dava pra sobreviver. Uma mãe amorosa e gentil, mas também severa e sabia como punir sua Elisa.
Neste dia em questão fazia muito frio, havia acabado de nevar e uma camada branca e espessa cobria as casas precárias, melhorando até sua aparência, a madeira estalava sob o fogo que ardia na lareira e aquecia a pequena cabana que chamavam de lar.
Elisa não estava em casa.
O pânico se instalava no peito da mãe aflita, o lençol branco que cobria tudo só aumentava seu medo.
Sua amada filha havia saido cedo, antes de nevar, para brincar de pega-pega com as outras crianças, mas já se passará 4 horas, o sol já havia se posto e todas as crianças aproveitavam o conforto de casa, menos sua Elisa.
Onde ela estaria? Claro que devia estar com frio, afinal quando sairá de manhã trajava apenas um vestidinho de pano grosso, luvas e um cachecol. Também devia estar com fome, já passará em muito a hora do almoço.
Sem conseguir mais esperar lançou-se as ruas com o coração na mão.
Procurou em tudo que era canto da vila, foi até a casa dos meninos com quem sua filha brincava para saber onde ela poderia estar e o que ouviu não lhe agradou. Descobriu que brincavam aos arredores da floresta mais cedo, o menino chamado Lucas lhe disse que estavam brincando de esconde-esconde por entre as árvores, mas quando começou a nevar começaram a ir embora. Ele não havia visto se Elisa também foi pra casa.
A pequena vila que não poderia ignorar o desespero de uma mãe organizou um mutirão para as buscas da menina, com o frio que fazia 1 dia naquela floresta poderia matá-la. Claro que Sarah foi junto.
Após muito andarem já era madrugada, a lua se encontrava alta no céu, mas nem ela nem as estrelas podiam iluminar o solo daquela densa floresta, ao se erguer a cabeça e olhar para cima só se via os galhos ressecados pelo frio das árvores, era um completo breu, a luz da lamparina que carregava iluminava apenas poucos passos a sua frente. Onde estava sua menina?
Á muito se separara do grupo de buscas, nem um ruido poderia ser ouvido além dos seus passos apressados que tropeçavam na neve recente.
Sabia onde estava, aquele era o caminho que fazia para ir ao lago, era onde lavava as roupas e muitas vezes levará Elisa junto por aquele caminho.
Graças ao clima frio e a neve a aparência do lugar estava muito diferente e a pequena trilha de suas andanças sumiu sob a neve, mas tinha esperanças que a menina poderia ter seguido esse mesmo caminho tentando encontrar um lugar conhecido para então poder retornar para casa.
A água cristalina do lago ainda não estava congelada, a terra fofa ao seu redor estava coberta de neve, mas algumas áreas verdes ainda podiam ser vistas. Como sempre aquele lugar era lindo e possuía uma energia positiva e encantadora, mas os olhos de Sarah não estavam ligando para isso. Esquadrinhava cada canto procurando por sua filha.
Nada de Elisa por aqui.
Triste e desesperada olhou para os céus e rogou em voz baixa.
-Oh estrelas, tão brilhantes e esplendorosas, por favor, guiem meu bem mais precioso de volta para meus braços!
O choro baixo de uma mãe desolada ecoava pelo pequeno lago enquando uma grande tristeza lhe atingia em cheio.
Não poderia mais ver sua amada filha?
Luzes fracas começaram a brilhar por entre as árvores e ela entendeu que eram as pessoas da vila aproximando-se com seus lampiões, gritos puderam ser ouvidos e eles chamavam seu nome. Sabia que não devia ter se afastado tanto, agora ao invés de procurarem sua filha, procuravam por ela. Não gritou de volta, não estava perdida... bem, talvez estivesse, mas ela se perdia em seus próprios lamentos e pesares. Esperaria até que as luzes se aproximassem mais para juntar-se a eles.
Foi então que um brilho mais forte ofuscou a todos os outros, um brilho com uma coloração levemente azulada chamava sua atenção de bem do centro do extenso lago.
Assustou-se, claro, mas não teve medo, enquanto apertava os olhos tentando distinguir um formato em meio a luz uma calma sem igual preencheu seu peito.
A luz caminhava sobre as águas e se aproximava de Sarah e quanto mais próxima, mais sólida se tornou a pequena silhueta em seu centro.
Um corpo magro coberto com vestidinho cinzento aparecia, o rostinho arredondado de criança adornado por fios ruivos foi facilmente reconhecido pela mãe.
Sua Elisa estava de volta!
Antes mesmo que todo o percurso do lago fosse percorrido a mãe correu para a água ficando submersa até a cintura e adentrando o calor da luz abraçou sua filha com toda a força que tinha até ouvir, aliviada, os murmúrios de dor da menina enquanto era esmagada pelos braços maternos.
Nem reparou quando a luz enfraqueceu-se até sumir, e muito menos nos sons espantados daqueles que se aproximavam. Nem a água congelante a poucos graus do completo congelamento lhe abalavam naquele momento.
Naquela noite, Elisa teve tratamento especial, tomou um banho quente e uma sopa bem reforçada lhe foi enfiada garganta a baixo, dormiu nos braços de sua mãe de onde não tornou a sair. E claro, nunca voltou a brincar naquela floresta."

Um par de olhinhos claros observavam sorridentes o céu noturno de sua janela, ria feliz consigo mesmo ainda com a história que seu avô lhe contou, fresca em sua memória.
Apenas uma criança, assim como Elisa, com nada de realmente especial, Joshua tinha apenas 9 anos e um coração sonhador.
Em todo final de ano em meio as festas e comemorações de Natal e Ano Novo seu avô Thomas lhe contava várias histórias lindas, mas as que mais lhe cativavam era as que envolviam seu assunto favorito, estrelas!
Com sua mente infantil dava a cada estrela uma característica especial e nomes que só ele conhecia. Ele gostava de dizer que eram todas ideias suas, mas eram sempre baseadas em histórias que o velho Thomas lhe contava.
Sua nova favorita era nada mais nada menos que a estrela Elisa. Sua luz e brilho azulado eram realmente encantadores então Joshua lhe deu o poder de acalmar quem estivesse aflito... nada semelhante a história de seu avô...
Um céu composto de sonhos...
Será que são realmente apenas sonhos?

Onde moram as estrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora