|Em Andamento|
O Ômega Lúpus Park Jimin vive a 5 anos em um relacionamento abusivo com o Alfa que jurou lhe amar.
Estando grávido contra sua vontade depois de um cio indesejado de Wong, tudo o que ele quer é paz.
Wong aparece em casa com pilhas e...
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Já fazia sete dias que Jungkook estava em coma.
Sete dias que eu abraço meu filho pra dormir e não tenho o calor do corpo dele ao meu lado pra nos aquecer em uma noite escura e fria.
Sete dias que eu acordo sempre as cinco da manhã e vou pro hospital, observando-o dormir e respirar, implorando pra que ele abra os olhos outra vez.
Não posso mentir, houve vezes que pensei que ele nunca acordaria, e que seria melhor acabar com nosso sofrimento e me juntar a ele, quem sabe bater o carro em uma árvore e parecer com que seja acidente... mas não posso, tenho meu Surang e não posso me permitir deixá-lo.
E mais uma vez, depois de mais uma das inúmeras crises de pânico que tenho escondidas, eu me levanto do chão do banheiro de madrugada, lavo o rosto vermelho e marcado por lágrimas, e saio do quarto, fingindo estar neutro a cada dia.
- Bom dia, querido. - Meus sogros estão dormindo na minha casa enquanto meu alfa não acorda. Todos os dias eles acordam antes de mim, preparam o café e me esperam para comermos todos juntos. Mas Jungkook não está aqui. - Onde está meu netinho?
- Bom dia, Maya. Surang ainda está dormindo, acordou de madrugada e eu tive que alimentá-lo. - Meu bebê acordou em uma das minhas crises de pânico, morrendo de medo pensando que eu ia derrubá-lo com a minha tremedeira constante, dei leite pro meu filho enquanto chorava copiosamente, deixando lágrimas caírem em seu rostinho sereno.
- Sei que você não está bem, Jimin. Eu não nasci ontem. - Meu sogro, como sempre, delicado.
- Como assim, senhor Jeon?
- Já estive nessa situação. Os pensamentos constantes, a tristeza profunda... menino, você precisa de ajuda. - O Alfa Jeon se levantou de sua cadeira e parou em frente a mim. - As vezes, tudo o que mais precisamos, é nos permitir sentir o que guardamos no fundo de nós mesmos.
Então, mais uma vez, eu desabei.
Sem qualquer força nas pernas, eu me ajoelhei sobre o chão e solucei o mais alto que consegui. Chorei e me esperniei enquanto sentia as carícias de meus sogros em meu cabelo, sussurrando palavras de conforto que não conseguiam me acalmar.
- F-Faz parar a dor... f-faz parar...
- As melhores pessoas são as que mais sofrem, Jimin. Um anjo sofre longe de seu paraíso.
