Countryhumans - O Reformatório

Querida Desesperança... Vai se foder

Esse capítulo contém citações de temas pesados como abuso psicológico e físico mas nada vai ser descrito, caso você tenha problemas com esse tipo de coisa aconcelho que não veja essa fic já q eu falo sobre temas pesados o tempo todo

Nar.Russia

Urss- Parece que você não é tão esforçado quanto eu pensava Vietnã - Entrou logo após ele falar comigo

Vietnã abaixou a cabeça sem tentar se justificar nem nada, acho q ele não tem mais muita esperança de q pedir desculpas vá fazer meu pai ter piedade de si ou q vá adiantar em qualquer coisa

Urss- Você já tinha quebrado essa regra antes? - Ele negou - se mentir pra mim eu juro q vai se arrepender - ele negou novamente - Essa é a primeira vez q vc fala em oito anos? - fez q "sim", vale falar q ele só estava negando e confirmando com movimentos da cabeça

No minuto seguinte meu pai deu um tapa tão forte em seu rosto q Vietnã caiu no chão

Urss- Eu falei q vc não deveria falar NUNCA MAIS, eu simplesmente não posso confiar em vc, prefere q eu tome uma ação mais permanente como te deixar mudo?!

Ele estava prestes a negar mas logo o brilho dos seus olhos sumiu completamente, era como se ele tivesse morrido ali mesmo, fiquei chocado ao ver ele acenando q "sim" com a cabeça enquanto colocava a mão no local onde Urss tinha batido...

Aquilo poderia ser traduzido em: ele ia negar mas por pensar que seria mais fácil se manter quieto se simplesmente não pudesse falar, ele aceitou... Afinal... Ele não tem qualquer esperança de um dia se livrar do Urss e ter paz... Sei como é... Mas a realidade não é assim! Existe esperança! Ele só... Não consegue vê-la

O brilho que sumiu de Vietnã apareceu no meu pai, ele ficou diabolicamente feliz em seu "escravo pessoal" aceitar até mesmo perder permanentemente a voz se for para o agradar, era uma prova de que ele aceitaria perder tudo que ama só por mero capricho de meu pai... Falando no diabo... Ele adorou aquilo... Psicopata de merda...

Urss- Certo, se você quer que seja assim eu não vou impedir - Não vejo esse demônio tão feliz dez de q eu virei um assassino em série ou quando ele viu o Brasil na arquibancada

Saí de lá furioso com o que tinha acabado de presenciar, tudo por causa do merdinha do EUA! Mas eu vou achar esse desgraçado e vou espancar ele!

Eu- Alemanha!! - Falei batendo na porta do dormitório dos dois

Alemanha- Oi..? - Abriu a porta de cara feia, ela não gosta muito de mim mas também tinha algo a mais

Eu- Cadê o EUA?!

Ela tentou bater a porta na minha cara mas eu segurei

Alemanha- SENDO TORTURADO PELO SEU PAI PSICOPATA! DENOVO! AGORA ME DEIXA EM PAZ! - estava chorando, ela bateu a porta e dessa vez eu não segurei... Como assim denovo? Com quanta frequência isso acontece afinal?

Procurei ele por aí mais uma vez até lembrar de um comentário meio doentio de Cuba a um tempo atrás... Merda... Eu não... Não imaginava que ele fosse capaz de coisas ASSIM...

Fui até o quarto de meu pai, cheirava a Vodka como sempre, o que me deixou assustado foi ter a minha hipótese confirmada, EUA estava em um canto costurando um machucado em sua perna, parecia tão sem vida quanto Vietnã

Quando me viu deu um pulo e começou a atuar de um jeito que eu quase achei que realmente fosse verdade

EUA- E-Ei só não conta pro seu pai q eu estou aqui! Esse é o último lugar que vão me procurar quando descobrirem que eu estou fugindo do trabalho haha

Eu- Ele... Ele já sabe - falei ainda assustado com o que eu sei que aconteceu e com sua habilidade incrível em mentir pra mim também

EUA- Caralho! Falasse antes né! Eu vou dar no pé!

O abracei forte... Me desculpa... Eu nunca percebi, como fui tão idiota?

Eu- Não precisa mentir okay? Eu já sei de tudo, tá tudo bem... Ta tudo bem... - falei com a voz trêmula

De uma hora pra outra era como se ele tivesse mudado de personalidade, a máscara simplesmente caiu e ele começou a chorar

EUA- E-E-Ele não me deixava contar pra ninguém!

Eu- Eu não estou bravo por isso, não se preocupa

Ele ficou chorando por vários minutos até que ficou sério, do mesmo jeito morto e mórbido de Vietnã

EUA- Por quê...? Por quê? Por que, por que, por que, por que vc não me mata? Eu só te pedi uma coisa em todo esse tempo em que a gente se conhece, POR QUE VOCÊ NÃO ME MATA?! Eu não quero passar por isso denovo, denovo não, por favor... Eu só não quero que meu irmão saiba que o pedido foi meu, você pode arranjar qualquer motivo mas não me deixa aqui pra passar por isso denovo... Por favor...

Odeio isso, odeio como meu pai suga toda a esperança, felicidade e vontade de viver de todos ao seu redor, primeiro fez isso com nossa família... depois com seu relacionamento... Agora está fazendo isso aqui também, está destruindo tudo de bom que há como sempre... Eu odeio isso, odeio TUDO isso

Aquilo doía... Doía pq eu não queria acabar com a dor dele desse jeito, não o matando... Existem outras formas... Eu sei que existem... Ele... Estava sem os óculos... Seus olhos tinham uma cor vibrante de azul claro... Éhh... Eu também me odiaria se estivesse em seu lugar... Ele se culpa... Culpa sua aparência um pouco mais afeminada, culpa o jeito de falar, transfere toda a culpa do verdadeiro culpado pra si mesmo... Por isso ele quer morrer ao invés de matar o culpado, por isso ele mudou seu jeito de falar, agir e usou o estilo mais bruto que achou... A genética simplesmente o deixou mais parecido com sua mãe, nada demais se ele estivesse em uma sociedade comum, mas o destino foi cruel o bastante pra o deixar com as piores pessoas e fazer da genética uma maldição...

Peguei uma faca que guardo no meu cinto e comecei a cortar seu cabelo, deixar um pouco mais curto, já era um início, lembro de quando Ucrânia fez isso por mim

EUA- E-Ei!

Eu- Sei que ele não quer que você corte, ele não me deixava cortar o meu também, ele adora pegar os outros pelos cabelos e arrastar pelos corredores... Claro que... E-Ele nunca tocou com malícia nem em mim nem em meus irmãos mas... É-É uma lógica parecida... Minha irmã cortou os meus cabelos pra mim... E me libertou disso... Vou fazer o mesmo favor por você, sabe... Existem outros jeito de se livrar de tudo isso... Não precisa... Morrer...

EUA- Deu um sorriso pequeno - Valeu...

Eu- De boas, e não se preocupe, estou acostumado a cortar cabelos com facas, não com tesoura mas com faca eu sei heh não vai ficar ruim

EUA- Não estou preocupado com isso

Terminei de cortar seu cabelo e Tadã, ficou legal, seus olhos parecem ter voltado a brilhar depois disso, ele tinha um pouco de esperança ainda... É bom saber que alguém ainda tem tanta esperança quanto eu...