- Oi.... - Taís falou do outro lado da linha.
- Oi...
- Como ela está?! - Taís perguntou preocupada
- Está aparentemente bem, não tomou nenhum ponto. Internou apenas para ficar em observação...- Bruna respondeu aliviada e cansada, no fundo se sentia culpada pelo que aconteceu com a filha.
- Que bom! - Tais suspirou aliviada. - Tentei falar com você, mas não consegui... Imaginei que seu celular tinha ficado no hotel. Estava aflita por notícias.
- Sim, estou só com a roupa do corpo, Ricardo acabou de sair para buscar nossas coisas... - Bruna deu uma pausa e continuou: - Obrigada por se preocupar... - Bruna estava preocupada com a filha, apesar de tudo que havia acontecido, mudou com a Taís.
- Tudo bem, vou deixar você cuidar da Nandinha. Eu vim para tentar te ver ou conseguir notícias. Se precisar de algo, pode me falar. - Taís se prontificou, mas sentiu na alma a mudança da Bruna. Sentiu medo contudo podia entender que precisava de tempo para as coisas se resolverem.
- Obrigada Taís... Desculpa, é que minha cabeça não está muito legal agora.
- Claro, eu entendo. Tome o tempo que precisar e se puder me mantenha atualizada. - Taís pediu.
- Obrigada...- Bruna suspirou e queria muito um abraço dela agora, fez menção de falar algo, mas seu corpo travou, sua voz também. Taís também fez menção de falar algo, mas se sentiu travada. Elas ficaram segurando o telefone em silêncio, até que Bruna viu a filha se mexer na cama e falou:
- Preciso desligar, ok?
- Certo.... Tchau... Fica bem. - Taís desligou o telefone com uma lágrima nos olhos, Taís também desligou o aparelho e desabou a chorar.
Algum tempo passou, Ricardo já tinha retornado, era madrugada. Bruna estava sentada em uma cadeira encostada a cama, deitou seu tronco sob a cama da criança para descansar e Ricardo estava escorado no banco de acompanhante no canto no quarto.
Bruna sentiu que a menina acordou e falou com ela:
- Tudo bem Nandinha? - Bruna franziu a testa, pois a menina não estava com uma expressão muito normal, seus olhos estavam meio vidrados. Ricardo acordou. - Filha? Tudo bem?
- no que Bruna tocou no braço da menina, ela começou a convulsionar. Bruna arregalou os olhos assustada e gritou para o Ricardo:
- Vai chamar ajuda, pelo amor de Deus!!! - Bruna tentou apoiar a cabeça da criança e Ricardo saiu aloprado pelo quarto. Logo a equipe médica chegou e começaram os cuidados com a menina. Tiraram Bruna e Ricardo do quarto, pois eles estavam interferindo.
Algum tempo depois, o médico de plantão foi falar com Ricardo e Bruna que esperavam aflitos fora do quarto.
- Ela está estável, conseguimos reverter.
-Graças a Deus! - Bruna que chorava colocou a mão na cabeça aliviada.
- Mas vamos ter que tumografar ela, pode ser que tenha algo na cabecinha que causou a convulsão.
- Tudo bem, o que for preciso dr. - Bruna concordou aflita.
Passou algum tempo, eles ficaram aguardando a Nandinha no quarto, aflitos. Ela chegou ainda sonolenta, Bruna estranhou e perguntou ao médico que a acompanhava:
- Porque ela está assim? Meio sonolenta...
- Nós tivemos que aplicar um sedativo para conseguir tumografar... - O médico não parecia portar boas notícias. Bruna e Ricardo estavam aflitos.
- E então doutor?! - Bruna indagou.
- Realmente vamos ter que operar ela... Com a queda, juntou uma coleção de líquido na região temporal, isso causou a convulsão. É como se fosse um hematoma dentro na região intractaniana. Nós precisaremos abrir e drenar esse líquido. A boa notícia é que depois disso, ela vai ficar bem. Não parece haver outro comprometimento.
- Minha nossa! Não posso acreditar... - Bruna falou andando de um lado ao outro. Estava desesperada. Ricardo estava em choque.
- Preciso que vocês autorizem a cirurgia, já acionamos a equipe da neuro cirurgia e eles estão se preparando.
- Essa cirurgia, tem riscos dr? - Ricardo se recompôs e perguntou.
- Todas cirurgias neurológicas são arriscadas, delicadas. Mas ela estará entregue a melhor equipe que conheço. - o médico falou e continuou: - Bom, vou deixar vocês e retorno para buscar ela para cirurgia.
- Obrigada dr... - Bruna agradeceu perdida. Olhou para a filha dormindo na maca e em seguida olhou para o Ricardo. Eles se abraçaram assustados, preocupados.
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A Previsão do Amor
RomanceBruna é jornalista, mãe de uma serelepe menina de 3 anos, casada com Ricardo, professor do ensino médio. Bruna e Ricardo estão casados há 12 anos, a pequena Fernanda chegou após 9 anos de casados, sendo assim eles aproveitaram bastante o casamento a...