Onde tudo começou

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Eu tinha acabado de chegar na cidade da minha avó, sempre fui muito nova para sair e essa seria a minha primeira festa, meu padrinho fez uma social e chamou alguns amigos, meu primo também chamou umas pessoas e quando eu vi já estava lotado.
Encostei no balcão próximo a minha prima e comecei a mexer no celular, não conhecia ninguém, estava meio tímida, todo mundo parecia tão solto e alegre.

Maria: ei Alice, vc está bem ?
Alice: sim, só estou um pouco distraída.
Maria: está tão quieta aí, vem vamos chamar o Pedro.

Maria me puxa para perto do meu primo Pedro e tenta me socializar com alguns amigos dele, sinto os olhares deles sobre mim, isso me incomoda um pouco, me sinto sendo analisada por cada um deles, um deles fala algo no ouvido do Pedro e ele se irrita.

Pedro: Não, tá maluco ? fica longe da minha prima, isso serve pra vocês todos, ouviram ?
XXX: Ah vai me dizer que tem ciúmes, logo eu que sou tão seu parceiro.
Pedro: Não tem dessa não, fica longe dela.

Pedro me puxa pela mão e me leva até meu padrinho.

Pedro: pai olha os pia dando encima da Alice, cuida dela.
Padrinho: Ué claro que eles iam dar encima, você queria o que ?
Pedro: Não, não tem dessa, não quero eles perto dela.

Pedro volta pra rodinha deles e meu padrinho me abraça rindo, minha prima Maria conversou um pouco com eles e logo voltou pra ficar comigo.
Até que vejo mais um desconhecido chegar na festa, esse pelo visto era bem amigo do Pedro, veio logo abraçando ele e chamando de irmão.
Não demorou muito e ele já estava cumprimentando eu e o meu padrinho, ele também me analisou de cima a baixo e logo veio puxar assunto.

Vitor: nunca te vi aquí.
Alice: ah eu não moro aqui, vim passar o final de semana na minha avó.
Vitor: ah entendí, conhece o Pedro da onde ?
Ele abre um sorriso malicioso e Pedro entra na conversa.
Pedro: oh essa é minha prima, nem vem ficar de papo com ela.
Vitor: só estou conversando, nunca vi ela aqui.
Pedro: claro, ela não mora aqui.
Padrinho: Pedro deixa a Alice em paz, ela só está conversando.
Pedro: eu conheço o Vitor pai, ele tá dando ideia nela.
Um dos meninos grita o Pedro, avisando que chegou outro amigo deles, Pedro sai lá fora receber seu amigo e o meu padrinho senta do meu lado e começa a conversar comigo e o Vitor.

Padrinho: esse mlk é ciumento em
Alice: nunca vi ele assim
Padrinho: é que vc tá começando a sair agora, ele não quer ninguém dando ideia na prima dele
Vitor: alguém vai dar.
Padrinho: é e esse alguém não é você
Vitor sorri e sai atrás do Pedro.

Mais tarde naquela noite :

Maria rebola até o chão e me chama para dançar junto, faço que não com a cabeça e continuo encostada na ilha vendo todos dançarem, acho tão legal como as pessoas se envolvem com a música. Estava distraída vendo eles, até que sinto duas mãos na minha cintura, viro e me deparo com o Vitor me encarando sorrindo.

Vitor: acho que não terminamos nossa conversa.

Até que sinto sua mão ser arrancada com força e eu sou puxada para trás.
Pedro: já avisei pra ficar longe dela, minha prima não é pro seu bico.
Vítor da risada e fala : Mas você já me considera seu primo, que problema tem eu entrar pra família de verdade ?
Pedro : não quero vc beirando a Alice
Vitor estende as mãos em forma de redenção e encosta no balcão atrás dele,
Pedro: já avisei, essa foi a última vez.
Pedro sai completamente nervoso e eu me admiro com a atitude enciumada dele.
Alice: nossa.
Vítor: nem me fale, você mora onde ?
Alice: Río de Janeiro
Vítor: veio por obrigação ou gosta mesmo do interior do Rio Grande do Sul ?
Alice: eu gosto daqui, inclusive nasci aqui perto, minha família tá aqui, não tem como não me sentir em casa.
Vítor: é uma segunda casa né, eu tenho parentes no Rio, minha tia mora lá, acabo indo direto.
Alice: ah sim, eu gosto bastante de lá.
Vítor pega um copo e coloca gin com energético
Vítor: quer um ?
Alice: não posso beber, minha família não deixa
Vítor: ah que isso, você tá com a sua família aqui não tem problema
Alice: tem sim, não posso
Vítor: tudo bem então
Ele se encosta do meu lado e continua a conversa, Pedro está distraído de mais com os meninos para vir brigar comigo e Vítor era gente boa, eu estava completamente sozinha naquela festa, não fazia mal nenhum ter um amigo.

Algumas horas se passam e eu já estou com muito sono, o Vítor acabou se tornando um amigo, claro que se eu der mole ele vem mas isso não vai acontecer nunca.
Dou tchau parar todos e vou dormir, Vítor diz que vai embora logo e realmente foi, assim que eu fui para o quarto eu escutei ele se despedir do povo.

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