Qᴜᴀɴᴅᴏ (Nãᴏ) Cᴏɴᴛʀᴀᴛᴀʀ Uᴍ Nᴀᴍᴏʀᴀᴅᴏ ᴅᴇ Aʟᴜɢᴜᴇʟ, NᴇᴊɪSᴀᴋᴜ

Sakura Ama Neji

Eram pouco mais de meio dia e quarenta quando Sakura resolveu se levantar.

Neji ainda dormia, por isso ela fez um esforço hercúleo para se desvencilhar do abraço sem assustá-lo, lavou o rosto, escovou os dentes, saiu da suíte e se deparou com o longo corredor. Pé ante pé, desceu até a cozinha e se permitiu sentir o frescor que a enorme janela aberta propiciava.

Observou que o Hyuuga deveria ter esquecido de fechá-la quando desceu para fazer o fondue quando viu a bandeja na bancada de mármore, praticamente intocada. Quando ele havia descido o objeto ela não sabia dizer, sua mente estava focada no fato de que havia se entregado para Neji e fora a melhor coisa que acontecera em sua vida.

A Haruno respirou fundo, tirando o fondue da bandeja e se preparando para limpá-la, pensando sobre como estava feliz. Abriu a geladeira e pegou o suficiente para um café com uvas, as preferidas de Neji, alguns morangos, iogurte e decidiu fazer um suco de laranja ao lembrar que o Hyuuga se entregava ao café mais vezes do que deveria. Manteiga e peito de peru foram parar em cima da bancada enquanto ela procurava os pães e refletia sobre fazer ovos mexidos e bacon, para repor as energias.

Cantarolava, perdida em seu mundo, em seu conto de fadas que se tornara tão real e sentiu seu estômago protestando quando o cheiro de bacon tomou conta da cozinha. Experimentou temperos, sucos, reuniu tudo o que queria e decidiu que faria outro fondue mais tarde, carregando a bandeja com certa dificuldade para a sala.

Sakura sentiu suas pernas queimarem, os músculos de sua coxa se contraindo quando subiu a escada, mas sorriu por cima da dor. Achava ridículo o pensamento, mas não se importaria de estressar seus músculos daquela maneira todos os dias, Neji era um personal excelente. Deus, o que ela estava pensando... o Hyuuga definitivamente estava virando sua cabeça.

Agradeceu por ter deixado a porta aberta e entrou silenciosamente no quarto, posando a bandeja ao lado do moreno, que ainda dormia tranquilamente, tão calmo e sereno que a rosada sentiu-se obrigada a observá-lo por mais alguns minutos.

Neji Hyuuga era tudo o que ela queria, tudo o que jamais imaginou pedir e se sentia tão grata por tê-lo que não sabia explicar. Não conseguia entender como tudo mudara dentro dela em menos de um mês, apenas a encantava a forma como ele era tão natural, intenso e bondoso acima de tudo.

Neji Hyuuga parecia perfeito para Sakura, como se nada tivesse existido antes dele, e a garota sentia aquilo tão forte dentro de si que deixou um suspiro escapar, agradecendo por tudo o que lhe acontecera até ali. Era verdade, houve tanta dor que ela mal pôde suportar, mas passaria por tudo de novo se tivesse certeza de que acabaria ali, naquele momento.

Porque não era apenas sobre o Hyuuga, Sakura estava tão melhor. Ela via tudo claro agora, até em seus piores dias, e não trocaria por isso.

— Bom dia, mi amore. — Falou baixo em seu ouvido, acariciando os fios castanhos e observando os vincos surgirem entre as sobrancelhas do maior, sinal de que estava acordando. Ela beijou o local, depois sua testa, seus olhos, bochecha e depois de ter distribuído vários selares pelo rosto do moreno, ouviu sua risada e percebeu que sorria.

— Que bela forma de ser acordado. Bom dia, mi amore. — Quando as orbes prateadas encontraram as suas, Sakura sentiu seu coração acelerar. Ela sorriu de volta, dando um último selar em seus lábios. — Dormiu bem?

— Como um bebê, e você? — A rosada respondeu, esticando-se por cima do moreno e arrastando a bandeja com cuidado para eles. Quase se desconcentrou quando o namorado fez-lhe cócegas na barriga, mas não durou dez segundos. — Neji, eu vou derramar tudo.

— Hm, café na cama? Você está me deixando mal acostumado. — Ele se sentou, dando outro selar e friccionando suas mãos. — Dormi muito bem, obrigado.