APOCALYPSE IN OBLIVION.

troca de realidade.

Isso é algum tipo de apocalipse?? Houve um tipo de explosão agora no cantar da madrugada. Começaram a surgir sombras enormes no céu e quando me dei conta eram 8 criaturas gigantes passando por um tipo de barreira. Não sei nada sobre misticismo, magia negra ou pactos então apenas vi aquilo desesperada.
Era o verdadeiro apocalipse instalado pelo Japão e que provavelmente se espalharia pelo mundo inteiro.

dia 1, Hiroshima, Japão/ 1:33pm

Uma única batida é necessária para fazer meu despertador parar de estrapolar meus tímpanos para me avisar que está na hora de trabalhar.
Eu me levanto coçando meus olhos, desnorteada demais para se quer raciocinar. Me levanto e vou diretamente para o banheiro, tentar raciocinar e ver se estou aceitável ou deplorável.

Me encarei, analisando o meu rosto e meu cabelo.

- Pff... 'tô precisando de um banho. - Digo apoiando meus braços e sustentando meu corpo na pia, enquanto me encaro no espelho. Espelhos, sempre foram meus inimigos.
Quando entro no banho, imediatamente ligo o chuveiro e sinto a água gelada percorrer minha pele, dando como se fossem choques.
Inicio o banho, lavando meu cabelo mas sem muita enrolação.
Assim que finalizei tudo, botei meu uniforme do trabalho e tomo café.
Sou interrompida de minha refeição com meu gatinho pedindo colo. Dei um sorriso e botei ele no meu colo enquanto dava um gole de café.

- Bom dia, Raio. - Sim, Raio. Meu gato se chama raio pois na noite que o adotei, estava chovendo muito e estava trovejando. Tirei ele da chuva e acabei me apegando. - Você me desculpa mas a mamãe tem que sair pra trabalhar. Volto mais tarde.

Botei o bichinho no chão e despejei comida em sua vasilha. Há uma senhora daqui do prédio onde moro que vem aqui todo dia para ver se ele precisa de algo.

Peguei minha bolsa, me despedi de Raio e saí de casa.

Há muitos barulhos na rua, evito muito falar então sempre estou ouvindo música em meus fones.
Meu trabalho não é longe da minha casa, é em um shopping center e são apenas alguns minutos de caminhada.

Q.D.T

- Oh! Bom dia, coffee-chan! - Aoi exclamou acenando para mim. Eu aceno para ela e guardo minhas coisas. Coffee é meu apelido no trabalho, todos temos. O meu surgiu com meu primeiro dia de trabalho quando derramei café na Aoi.

Eu trabalho em um centro geriátrico e cuido dos idosos durante o período da tarde todo. Meus dias normalmente são bem cheios.
Eu cuido de uma senhora específica, a senhora Yukio que, quando não está completamente muda, está recitando poemas aleatórios. Aoi me disse que são os poemas do neto dela e que ele vem às vezes pra buscá-la, já que é muito ocupado.
Ela é bem velhinha, deve ter seus oitenta ou noventa anos e se esquece de praticamente tudo. Não fico irritada com isso.

- Bom dia senhora Yukio. - Digo enquanto ela me dá um sorriso tranquilo.

- Olá, Alice. - Ela disse. Eu dou um suspiro pesado, ela errou meu nome de novo. Dou um sorriso tímido.

- Não é mais fácil a senhora me chamar de Coffee? - Ela me ignorou e começou a andar normalmente e me puxava junto com ela. - Ei, ei!!

Passar a tarde com a senhora Yukio era um tanto quanto entediante mas tinham vezes que ela recitava poemas lindos e que enchiam meu coração.